Com 2.500 profissionais à espera de
convocação e alunos estudantes sem aulas em toda rede por falta de
professor, o descaso do Governo com a Educação é crescente e está cada
vez mais exposto. “A angústia da comunidade escolar não está sendo
percebida nem pelo Ministério Público, nem pela Secretaria de
Educação.”, avalia a coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso.
Esta situação merece que se destaquem
alguns pontos. Primeiro o governo anunciou que havia mais de 1,7 mil
professores fantasmas no quadro e decidiu procurá-los. Destes, foram
encontrados mais de 1,4 mil. Alguns estavam falecidos, outros
aposentados, outros haviam sido readaptados ou cedidos a convênios e
assim por diante. A convocação dos novos profissionais seria feita a
partir desse levantamento e da demanda que se constatasse. Mas não é
isso que se vê.
Em segundo lugar, há mais probabilidade
que a situação piore, se for considerada a lentidão e falta de
interesse do Governo e da Justiça. “O Ministério Público afirma que este
ano será pior que o de 2011. Mas ouvimos esta declaração de forma muito
serena, já que até agora não houve greve e a irregularidade das aulas
se mantém, revelando o desrespeito do Governo com a Educação. Ou seja,
não dá para o poder público dizer que a greve é a causa dos problemas da
educação.”, disse a sindicalista.
Para a dirigente, as medidas que a
Promotoria está tomando são insuficientes e a principal ação a ser
executada para se garantir a normalidade das aulas é a convocação
imediata dos aprovados no concurso. Vale lembrar que dos mil convocados,
cerca de 20% solicitou reclassificação e o Governo já deveria,
portanto, ter feito a reposição. A direção do SINTE vai continuar
cobrando ao Ministério Público e ao Governo uma solução para a
normalização das aulas.
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