LAGOA DE MONTANHAS

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sábado, 26 de abril de 2014

PERIGO: LIDER COREANO CONVOCA SOLDADOS PARA GUERRA COM OS EUA

Da France Presse
Líder da Coreia do Norte inspeciona lançamento de foguetes em local não revelado pelo governo. (Foto: KCNA / via AFP Photo)Líder da Coreia do Norte inspeciona lançamento de foguetes em local não revelado pelo governo. (Foto: KCNA / via AFP Photo)
O líder norte-coreano, o jovem Kim Jong-un, convocou seus soldados para um 'conflito iminente com os Estados Unidos', informa neste sábado (26) a imprensa estatal em Pyongyang, em meio à visita do presidente americano, Barak Obama, à Coreia do Sul.
Kim, comandante supremo de um Exército de 1,2 milhão de homens, visita com frequência as unidades militares para 'orientá-las' sobre sua preparação.
A mensagem foi passada na sexta-feira (25), durante a visita de Kim a uma unidade de artilharia, revelou a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA). "Nosso querido comandante supremo Kim Jong-un disse que, atualmente, nada é mais importante que a preparação para o iminente conflito com os Estados Unidos", segundo a KCNA.
Kim Jong-un posa com unidade feminina do Exército norte-coreano. Mulheres são vistas chorando. (Foto: KCNA / via AFP Photo)Kim Jong-un posa com unidade feminina do Exército norte-coreano. Mulheres são vistas chorando. (Foto: KCNA / via AFP Photo)
Em visita a Seul, Obama chamou neste sábado a Coreia do Norte de "Estado pária" e fraco, cuja fronteira fortemente militarizada com o Sul 'marca o limite da liberdade'. "O que define a diferença entre os dois países é uma fratura entre a democracia que cresce e um Estado pária cujo povo tem fome", disse Obama para tropas americanas.

Segundo um centro americano de estudos especializado na Coreia do Norte, o governo de Pyongyang parece concluir os preparativos para um quarto teste nuclear.
Imagens obtidas por satélites mostram um aumento das atividades em Punggye-ri, onde o regime norte-coreano realiza seus testes nucleares, que estariam vinculadas 'à preparação de uma nova detonação' atômica, revelou o instituto EUA-Coreia do Sul da Universidade John Hopkins na quinta-feira (24).
A Coreia do Norte já executou três testes nucleares: em outubro de 2006, em maio de 2009 e em fevereiro de 2013, ações proibidas pela ONU e que, em cada uma dessas ocasiões, provocou um aumento das sanções internacionais contra o país asiático.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

VIOLENCIA EM ESCOLA: ESTUDANTE MATA COLEGA A TIROS

  • Uma conversa entre amigos terminou na morte de um estudante de 16 anos no estacionamento da Escola Estadual Raimundo Soares, em Cidade da Esperança, zona Oeste, na tarde de ontem. Erick Bruno Pontes chegou a ser socorrido, mas não resistiu ao ferimento no tórax. De acordo com o vice-diretor da escola, Tassio Paulo, a vítima e o suposto autor do disparo, da mesma idade, eram amigos.

A história começou quando um dos alunos mostrou uma arma aos demais e Erick Bruno pensou que fosse de brinquedo e desafiou o amigo: “atire em mim que eu quero ver”. O vice-diretor conta que, nesse momento, o dono da arma disparou acidentalmente e atingiu o tórax do colega.

Logo após ser ferido, um professor levou o aluno à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cidade da Esperança, próximo à escola, e em seguida o garoto foi encaminhado ao pronto-socorro Clóvis Sarinho.

Erick Pontes deu entrada ainda com vida, segundo o hospital, por volta das 18h, mas morreu momentos depois. Policiais militares da Ronda Escolar foram à escola, após o incidente, à procura do jovem que efetuou os disparos, mas até o fechamento da edição ele não havia sido localizado.

A direção da escola não tem informações sobre o velório de Erick Bruno Pontes, mas informou que a Secretaria de Educação “está à disposição para dar apoio à família do estudante”. Devido ao ocorrido a Escola Estadual Raimundo Saores não funcionará hoje.

O Rio Grande do Norte registrou pelo menos cinco crimes como homicídio ou pelo menos tentativa de assassinato, durante o ano passado, dentro ou nos arredores de escolas, envolvendo alunos e até professores.

Nas escolas, não é difícil entrar com uma arma. “Eu sou porteiro. Não tenho autoridade de revista bolsa de nenhum aluno. Se trazem arma ou droga, não posso saber”, relatou um dos servidores ouvidos pela reportagem  publicada no domingo, 13 de abril. Nessa mesma reportagem, a Secretaria Estadual de Educação afirmou que não tem números da violência nas escolas, mas que “são poucos os casos que chegam até a secretaria. Apenas os casos mais graves”.

A SEEC trabalha  em parceria com o Proerd e com a Ronda Escolar, da Polícia Militar, e com o Núcleo de Educação Para a Paz, que vai até a escola para conversar com os alunos.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

RELIGIÕES SEGUEM A LÓGICA CAPITALISTA DO LUCRO



"Agentes da religião não passam de agentes econômicos,
e as igrejas, de empresas", escreveu o sociólogo Pierucci
por Antônio Flávio Pierucci

O sociólogo da religião não pode continuar pensando que se pode fazer sociologia propriamente dita sem a crítica da "cultura capitalista", que passa pela crítica da economia capitalista.

Quando uma igreja visa à maximização dos lucros e ensina seus quadros a fazerem o mesmo por ela e também para si mesmos, e exorta os conversos e seguidores a fazerem o mesmo, é sinal de que a lógica da esfera econômica colonizou a lógica da esfera religiosa.

Com isso, a religião enfraquece sua principal conquista alcançada com a modernidade, que foi a autonomização das esferas da cultura, como ensinou Max Weber [1881-1961]. Volta atrás na história.

Muitos sociólogos de hoje veem acertadamente a religião como mercado — mercado de bens de salvação —, mas já é mais que isso: há outras metas a alcançar, inclusive as de conteúdo material. No mundo ocidental contemporâneo, isto é, na sociedade secularizada, há grande competição entre diferentes religiões, e o crescimento de umas e outras depende do declínio de pelo menos alguma outra, em número de seguidores, num jogo de soma zero, evidentemente.

A dinamização recente da concorrência entre os diferentes produtores e vendedores religiosos — diferentes religiões, igrejas e outros grupos de culto institucionalizados — pode ser entendida como consequência histórica e em linha direta da desregulação republicana da esfera religiosa. Sobretudo na América Latina, tal processo significa a perda pelo catolicismo de sua reserva de mercado. Acabou-se o monopólio católico.

Com a possibilidade assim aberta de ativação acrescida de seus agentes num mercado religioso desmonopolizado, foram sendo alcançados pouco a pouco níveis mais exigentes de pluralismo religioso, de demarcação mais nítida da diferença religiosa e, por que não, de conflitividade multidirecional, por conta dos níveis mais altos de envolvimento reflexivo dos próprios agentes religiosos com a ideia mesma de competição religiosa legítima, "natural".

Segue-se a crescente dinamização racionalizada da oferta dos bens de salvação que os profissionais da religião criam ou, cada vez mais, copiam uns dos outros, cuja distribuição reciclada administram sempre de olho na resposta dos muitos adversários.

Cresce mais quem faz melhores ofertas; criar novas necessidades religiosas é imperativo, regra do mercado. Nesse métier, vale apontar desde já, têm se esmerado os pentecostais e neopentecostais, mas não só. A febre é altamente contagiosa. É toda uma positividade de imagem proativa que termina por granjear mais prestígio e legitimidade social para as religiões ou religiosidades que melhor souberem vender seu peixe.

E, já que liberdade religiosa hoje em dia se pratica em chave de livre-concorrência, todos os profissionais religiosos responsáveis por esse burburinho são os primeiros a dizerem-se interessados (interessados por enquanto, é só o que por enquanto faz sentido) em mais e mais liberdade de crença, culto, expressão, propaganda e marketing. Assim como em mais isenção (quando não evasão) fiscal, "que ninguém é de ferro!".

Lá na frente, os agentes da religião não passam de agentes econômicos, e as igrejas, de empresas. São, agora, também políticos, uma vez que tudo isso acarreta uma crescente necessidade, por parte das igrejas competitivas, de se fazerem representar no Parlamento, às vezes com partido próprio, de onde podem defender seus interesses com a segurança jurídica e econômica costurada na lei, que ajudam a criar ou a rejeitar.

Como resultado da desregulação, o que se tem é essa abundância de profissionais religiosos, que vemos, em inaudito ativismo, a suprir o mercado de novidades religiosas, serviços espirituais, bens simbólicos e os mais variados artigos de consumo, gerando, em decorrência, teores mais altos de participação religiosa na população, que produzem um aquecimento de todo um campo religioso, que se estrutura em moldes análogos aos de um mercado concorrencial.

Resulta que esses empreendedores religiosos aparecem — assim eles se apresentam na vida cotidiana — como se mergulhados até o pescoço numa inadiável disputa por recursos e oportunidades, por mais eficácia e sucesso na atração de novos consumidores e na fidelização dos já atraídos. Precisam, pois, de mais fundos econômicos, mais dinheiro e mais lucro para investir no negócio da religião.

Do lado dos sociólogos, para falar agora das coisas do sagrado, é necessário passar pela economia da coisa, mergulhada com certeza na cultura capitalista de uma sociedade irremediavelmente secularizada.

Uma sociedade que não precisa mais de Deus para se legitimar, se manter coesa, se governar e dar sentido à vida social, mas que, no âmbito dos indivíduos, consome e paga bem pelos serviços prestados em nome dele.

Flávio PierucciDe modo tão descarado que o princípio de fidelidade dos homens, isto é, dos fiéis para com Deus, que sustentou a civilização judaico-cristã, e também a islâmica, desde as origens, agora tem sua direção invertida por essa nova cristandade que proclama que Deus é fiel, o fiel é Deus. Investimento seguro, vale dizer.

O sociólogo Flávio Pierucci (foto) morreu aos 67 anos de idade no dia 8 de junho de 2012 vítima de enfarto. Especialista em teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma (Itália), escreveu livros e artigos sobre religião e política. Era o secretário-geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. O texto acima foi cedido à Folha de S.Paulo pelo sociólogo Reginaldo Prandi, coautor, com Pierucci, em alguns livros e projetos de pesquisa.

Leia mais em http://www.paulopes.com.br/2012/08/religioes-seguem-a-logica-do-lucro.html#ixzz2zkPci4iv
Paulopes informa que reprodução deste texto só poderá ser feita com o CRÉDITO e LINK da origem.

domingo, 20 de abril de 2014

POPULAÇÃO DIMINUI EM 20% DAS CIDADAES BRASILEIRAS

Das 5.570 cidades do Brasil, 1.178 viram suas populações encolherem entre 2000 e 2013, segundo levantamento feito pelo G1 com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número representa 21,1% do total, sendo que a maioria dos municípios (98,8%) tem menos de 50 mil habitantes.
VEJA MAPA COM A VARIAÇÃO POPULACIONAL DE TODAS AS CIDADES
Do total, 63 cidades cujos dados não constam no Censo Demográfico de 2000 não foram consideradas, pois suas fundações ocorreram após esse ano ou pouco tempo antes.
O município que mais perdeu proporcionalmente a população foi Maetinga, na Bahia, que fica a 609 quilômetros de Salvador. No censo de 2000, a cidade, que foi criada em 1985, aparece com 13,7 mil pessoas. Já em 2013, o número caiu para 5,9 mil - queda de 56,4%.
Maetinga é seguida por Brejo de Areia, no Maranhão (55,9%), Severiano Melo, no Rio Grande do Norte (55,8%) e Itaúba, no Mato Grosso (50,5%). Com exceção de Severino Melo, as cidades foram fundadas entre as décadas de 80 e 90.

A cidade de Cumaru, em Pernambuco, também apresenta um alto índice de queda segundo os dados do IBGE (48,2%). A população teria passado de 28.607 em 2000 para 14.815 em 2013.
Entretanto, para evitar a diminuição do repasse do Fundo de Participação Municipal (FPM), que cairia com a queda da população, o prefeito Eduardo Gonçalves Tabosa Júnior (PSD) contestou judicialmente o número do instituto, que foi derrubado através de uma liminar. Por esse documento, passou a valer a contagem de 2012, que indica 17.470 habitantes.
Cidades que encolheram por estado (Foto: Editoria de Arte/G1)
Taxa de fecundidade e migração
De acordo com Alisson Barbieri, professor do Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o alto percentual de cidades que encolheram pode ser explicado pela combinação de dois fatores: a redução da fecundidade no país e os processos migratórios internos.
Segundo dados do Censo Demográfico de 2010 divulgados em 2012 pelo IBGE, a taxa de fecundidade brasileira caiu de 6,16 filhos por casal em 1940 para 1,9 entre 2000 e 2010. Para a população continuar crescendo, o nível mínimo é de 2,1. Por isso, o ritmo de aumento da população no país passou de 3% ao ano na década de 50 para 1,17% na última década.
No país, apenas a região Norte está acima da média da taxa - 2,47. As mais baixas são a Sudeste (1,7) e a Sul (1,78), cujos estados se destacam com altas proporções de municípios que encolheram: Rio Grande do Sul (42,5%), Paraná (36,6%) e Santa Catarina (27,5%).
Ao mesmo tempo, as cidades pequenas ainda sofrem com o abandono de pessoas que buscam melhores condições de vida em outras cidades maiores. "Isso está ligado ao fato de que muitos municípios são criados no país sem qualquer estrutura econômica, então a sustentabilidade deles é questionável. [A queda de população] é uma consequência previsível", diz Barbieri.
Além disso, a migração causa um ciclo negativo. "Como tendem a perder suas populações ativas, esses municípios ficam com a estrutura etária envelhecida, o que requer estrutura médica melhor, entre outras coisas. Isso compromete ainda mais a sustentabilidade dessas cidades."
O que fazer para contornar o problema "é uma grande questão", segundo o professor. "Tem que pensar em programas de descentralização econômica regional, algum tipo de estratégia para dinamizar os municípios", afirma Barbieri.
Inchaço populacional
Na outra ponta, 4.329 cidades brasileiras cresceram entre 2000 e 2013 - 77,7%. Do total, 283 (6,5%) cresceram mais que 50%. O destaque é Balbinos, no interior de São Paulo, cuja população passou de 1,3 mil em 2000 para 4,4 mil em 2013 - elevação de 237,6%.
Balbinos tem duas penitenciárias masculinos  (Foto: Alan Schneider/G1)Instalação de penitenciárias aumentou a população
de Balbinos (Foto: Alan Schneider/G1)
O principal motivo do crescimento de Balbinos foi a instalação de duas penitenciárias masculinas em 2006. Por isso, dos 4,4 mil moradores da cidade, 3,2 mil são presos.
Outras três cidades tiveram mais que 200% de aumento: Rio das Ostras, no Rio de Janeiro (235,5%), Pedra Branca do Amapari, no Amapá (220%), e São Félix do Xingu, no Pará (208,9%). A maioria das cidades, porém, aumentou entre 0 e 20%. Foram 2.779 municípios, o que representa 63,2% do total.
Apesar do aumento generalizado, a expectativa é que o crescimento de população brasileira siga em ritmo de queda. "Entre 2030 e 2040, a tendência é que a população se estabilize e entre eventualmente em uma rota de declínio por causa da queda da fecundidade", diz Barbieri. "Claro que a questão migratória pode entrar aí como elemento de desequilíbrio, já que, se algum município começar a atrair muitas pessoas, reverte a tendência."