A Liga Norte-Rio-Grandense contra o Câncer está sendo diretamente
prejudicada com o impasse entre as cooperativas médica (Coopmed) e dos
anestesistas (Coopanest) com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Com a
paralisação dos serviços, os médicos que fazem cirurgias na Liga
deixaram de realizar os procedimentos. Os médicos do quadro próprio da
Liga continuam trabalhando normalmente, fazendo quimioterapia,
radioterapia e radiologia, mas o que depende das cooperativas está
parado, como as consultas de acompanhamento pós-curúrgico. Praticamente
todos os cirurgiões são das cooperativas.
O diretor da Liga,
Roberto Sales, lembrou que não há uma greve interna, dentro da própria
Liga, mas sim uma indefinição da prestação dos serviços. Durante a greve
dos médicos cooperados, apenas consultas ambulatoriais e de retorno,
além de cirurgias de urgência estão sendo feitas.
"A Liga
continua aberta, com ambulatório, internação e centro cirúrgico. Porém
não tem médico. Só não tem médicos para atender porque são todos da
cooperativa", afirmou ontem o diretor do Hospital Luiz Antônio, Luciano
Luiz. A situação é preocupante. "São pacientes com câncer e o câncer não
espera o fim da greve. Os tumores estão evoluindo. Enquanto houver o
impasse dos gestores com as cooperativas, os pacientes estão em casa com
seus tumores crescendo", lamenta ele.
Todas as unidades de
saúde do município estão com as atividades prejudicadas. A SMS havia
determinado a concentração de todos os serviços no Hospital dos
Pescadores (Rocas) e na UPA Pajuçara. Contudo, ontem apenas a UPA estava
funcionando normalmente. Uma funcionária do Hospital dos Pescadores
informava aos pacientes que chegavam que os médicos estavam em greve.
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