LAGOA DE MONTANHAS

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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

DELÚBIO VAI SER PROCESSADO POR LAVAGEM DE DINHEIRO

O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta quarta-feira (1) que a denúncia criminal protocolada contra Delúbio Soares de Castro pelo crime de lavagem de dinheiro foi aceita pelo juiz Márcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

O advogado de Delúbio, Celso Vilardi, afirmou na tarde desta quarta ao G1 que ainda não tinha conhecimento sobre o fato de a denúncia ter sido aceita e informou que só se pronunciaria sobre a versão de seu cliente após ser notificado.
Delúbio é acusado de receber de duas agências de publicidade - SMP&B Comunicações Ltda e DNA Propaganda Ltda - R$ 450 mil, oriundos de atividades ilegais. Segundo o Ministério Público, o dinheiro chegava até Delúbio Soares através de um esquema fraudulento que envolvia o Banco Rural.
A ação é fruto de um desmembramento da investigação principal, que apura o mensalão.
Segundo o Ministério Público Federal, as empresas de publicidade obtinham recursos de forma fraudulenta por meio de dois esquemas. Um deles consistia em obter empréstimos fictícios do Banco Rural que nunca eram cobrados. O outro era conseguir recursos por meio de contratos com a administração direta e indireta, sem que o serviço fosse prestado.

"As agências de publicidade repassavam os recursos ilicitamente obtidos a representantes do Partido dos Trabalhadores, entre outros, seja para apropriação pessoal de seus membros, seja para repasse a membros congressistas da base aliada, a fim de obtenção de apoio ao poder executivo", aponta a denúncia principal.
Já o Banco Rural atuava de forma fraudulenta "a fim de verem atendidos seus interesses econômicos perante o governo, entre eles obter influência ilícita para aquisição do Banco Mercantil de Pernambuco", diz a denúncia.
As empresas de publicidade passariam aos funcionários do Banco Rural os nomes das pessoas que fariam o levantamento dos recursos ilícitos, que seriam entregues ao acusado. Em pelo menos dois casos há comprovação de que os nomes foram repassados ao banco através do correio eletrônico de uma gerente da SMP&B Comunicações Ltda, segundo o Ministério Público Federal.
Segundo a procuradora da República, Ana Cristina Bandeira Lins, o objetivo era ocultar a propriedade e a movimentação dos recursos. Segundo ela, documentos, testemunhos e perícias juntados aos autos comprovam a materialidade e a autoria do crime.

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