BAIA FORMOSA: UM CONVITE AO TURISTA

A temporada de ventos está a todo vapor, mudando a paisagem encravada de pedras de Baía Formosa para um visual mais propício ao banho de sol ou aos jogos na areia. A cidade litorânea, colada na Paraíba, a 90km de Natal, agrega natureza espetacular, com ondulação perfeita para a prática de surf, diversas opções de passeios ao ar livre, além de um roteiro gastronômico de dar água na boca.

Alex RégisNa baixa temporada, Baía Formosa é um paraíso para práticas esportivas e passeios ao sol

Nessa época, que é considerada baixa temporada, o sol ainda não está escaldante e o ambiente intimista de BF justifica uma fugida para esse verdadeiro paraíso.

Quem preferir aportar na cidade na sexta-feira, pode desfrutar da música ao vivo no Castelobaía, um misto de bar, lanchonete, pizzaria e restaurante que funciona durante o dia e a noite. Para acompanhar a cerveja gelada, ou matar aquele fome de última hora, espetinhos a preços justos, além das tigelas de açaí e pizzas ótimas.

O sábado é um convite ao sol, com opções de surf nos picos variados, caminhadas à beira-mar, subida do morro do careca para tonificar as pernas, voley, futevoley, ou simplesmente lagartixar ao sol, na areia ou nas piscinas naturais. Para quem gosta e tem mais disposição, Mata da Estrela, a pé ou de bike. No melhor point de surf, o Pontal, destaque para a Barraca do Zé. O proprietário Zé Pretinho abre o bar quando quer, mas recebe amigos para reuniões intimistas. Ele e seu espaço são verdadeiras atrações turísticas.

Tanto esforço físico vale um almoço bem regional, de preferência, com o pé na areia. A parada obrigatória é no Bar do Cocota (na praia principal, ou rua da Cacimba), que se diferencia pelo excelente nível da comida litorânea (destaque para a peixada e o peixe grelhado), cerveja "mofada", caranguejo, caldos etc. O atendimento exclusivo também faz o cliente querer voltar mais vezes ao local. Funciona de terça a domingo, da baixa à alta estação. Na praia, existem outras opções para refeições à base de frutos do mar, como o Bar Gaivota, o restaurante da Vandete e a barraca da Dona Raimunda.

 TRIBUNA DO NORTE
Fim de tarde, início da noite, hora de dar uma volta na cidade. O Açaí do Júlio, um dos muitos surfistas de Baía Formosa, congrega a galera do surf para saborear a melhor tigela da cidade. Pessoas ilustres do esporte estão sempre na área, como o big rider Calunga. Na mesma esquina, a tradicional sopa, iguaria que também encontra lugar na lanchonete da Divina (rua Manoel Rodrigues de Melo), onde também é servido um suco de uva no leite, famoso desde o tempo que o surfista Fábio Gouveia (único brasileiro a faturar um título mundial) frequentava a cidade, há uns bons 20 anos.

Para quem não abre mão da boa cozinha italiana, o  bistrô Casa Velha, situado no alto do Bacopari,  tem o toque praiano conferido pelo proprietário Robinson Martins. No menu, destaque para o talharim à Casa Velha, com camarão, cogumelo seco porcini e rúcula. O tradicional filé à pamergiana também faz valer a subida da ladeira. A casa funciona às sextas e sábados, a partir das 18h, e aceita reservas para o fim de semana ou para dias excepcionais, pelo telefone (84) 9117- 4570.  

O giro pela cidade pode se estender para os crepes da Papillon Creperia. Ou ainda aos petiscos do Pôr do Sol (localização privilegiada, em frente à baía). E para quem não dispensa uma lanche simples, o caldo de cana do Cheiroso (na rua Adauto Dornelas Câmara) justifica uma pausa para reposição dos ânimos, à tarde, com direito a um pecado quase mortal: a coxinha de galinha, que é muito bom mesmo.

Quem não está cansado de tantos passeios, pode esticar no Clube Executivo. É onde rola a balada típica local. Cerveja em lata, muito forró nas caixas, isto é, sem muitas atrativos, mas é onde a moçada jovem da cidade se reúne.