LAGOA DE MONTANHAS

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sexta-feira, 13 de julho de 2012

PARABÉNS PELOS 97 ANOS DO MECÃO

Mundialmente, o dia 14 de julho é conhecido como feriado da queda da bastilha, data épica e uma das páginas mais importantes para a história da humanidade. Para nós potiguares, ela representa o nascimento de um dos nossos maiores orgulhos, o América Futebol Clube.
Ah América, como és glorioso! Assim como os heróis que lutaram na Bastilha e que são vivos em teu espírito, tu resistes com bravura ao poder arbitrário do tempo. Passaste por gerações e gerações cravando teu nome e firmando tua tradição na história do nosso estado.
América da sede babilônica da Rodrigues Alves, América de Natal, e religião para uma nação inteira de aficionados. Somos fiéis ao teu escudo. Suas derrotas são nossas, compartilhamos das tuas conquistas, e para sempre te honraremos. Mecão até morrer!
Por muito tempo foste vitimado e hibernou na sina de tragédias e má sorte. Subjugado e maltratado pela ditadura e monopólio do malévolo eixo do país. No entanto, destemido e intrépido como um guerreiro, sobreviveu aos infortúnios e as intempéries casuais do destino. Grandes times são eternos!
O pioneirismo é tua marca registrada. Senhor do nordeste em duas ocasiões, fato inédito em nosso futebol. Vitórias, conquistas e soberania são tuas proposições. Forte, altaneiro e rival para ninguém botar defeito. O América é único!
Em sua maravilhosa história produziu ídolos aos borbotões. Souza, nosso grande maestro, mago da perna canhota. Moura, o príncipe negro, nos deixava inebriados com sua máxima eficiência nas cobranças de falta. Hélcio Jacaré, o maior na era Castelão. Ivan Silva, referência de sua época. Nomes que marcaram tua trajetória quase centenária, e que são lembrados com nostalgia.

Teu nome é pujante e majestoso, tal qual o dragão que carrega em tua bandeira. Forte e corajoso. Sobrevoa o céu com suas grandes asas e trucida os adversários com suas garras. Estamos presos a ti, um dragão e um coração. Domínio sem razão, eterna ilusão.
Tua cor é vermelha, assim como a do meu coração. Cor da paixão e do amor. Tuas cores são as minhas. Traz-me alegria, me deixa mais forte, me faz mais feliz. Alvirrubro é a minha vida.
Em 1996, um turbilhão de emoções envolveu o Machadão. Um momento pintado com a rubrica da eternidade. Bola alçada na área, Carlos Mota sobe imponente entre os adversários. Cabeçada certeira, gol do acesso mais do que merecido. Naquela noite, a vibração dos torcedores entusiasmou até os mais indiferentes. O mais sisudo abriu um largo sorriso, o desalmado caiu na euforia e o mais ríspido dos homens percebeu uma gotinha de lágrima cair do seu olho. Gol do alivio e da luta. Gol de América!

Em 2007 foste da euforia ao desalento. A enorme massa alvirrubra sonhava com uma sorte maior no Campeonato Brasileiro daquele ano, afinal, após uma década o clube potiguar regressava a elite do futebol nacional.
Neste mesmo ano, um antigo sonho começou a se tornar realidade. O clube começou a avaliar a possibilidade de construir um estádio próprio. Posteriormente, viabilizou-se a criação não só de um estádio para a prática do futebol, mas de uma Arena Multi-uso capaz de receber shows e eventos, a fim de gerar lucros com outras atividades.
Tolos e desafortunados são aqueles que não dignificam o valor de suas raízes. Que riam da minha paixão, que menosprezem o meu amor. Não me importo! Só quero poder gritar alto e com todo o meu coração: eu sou Rio Grande do Norte, eu sou Mecão. Parabéns pelos seus 97 anos.

Fonte: JE na Geral

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