O assunto da hora, o bafafá do momento, é o apoio declarado de Paulo
Maluf à candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.
A foto
de ontem mostrando ambos e mais o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva fechando o acordo está em todos os jornais, em todos os blogs, em
todos os portais daqui e dali.
Escárnio, sem-vergonhice,
imoralidade - rosnam uns e outros, todos condenando a aliança eleitoral
que dizem espúria, ignóbil, danosa.
Concordo, porque Maluf é o que há de pior na política brasileira e a sua história se confunde com um prontuário policial.
Como Leonardo Attuch, jornalista do portal Brasil 247, também acho que não vale tudo na política para se chegar ao poder.
E como Luiz Nassif, blogueiro tido e havido como um petista juramentado, acredito que o pacto com Maluf mais subtrai do que adiciona para a campanha de Haddad.
O espetáculo, no entanto, está mal contado e tem outros protagonistas e outras histórias a se levar em conta.
Segundo revela hoje em sua coluna na Folha de S.Paulo
a jornalista Vera Magalhães, Luiza Erundina, a vice indicada pelo PSB
para a chapa de Haddad que ontem à noite rebelou-se diante do apoio de
Maluf e agora ameaça deixar o barco, já havia sido avisada da aliança
que ontem se consumou desde sexta-feira. Engoliu em seco a informação e
garantiu que "a despeito do desgaste" não desertaria.
Além do
mais, todos sabem que Maluf também é aliado do governador tucano de São
Paulo, Geraldo Alckmin, que não se constrangeu em ser fotografado na sua festa de 80 anos, e que a sua debandada pontual para as hostes petistas desagradou - e muito - o candidato do PSDB à prefeitura da capital, José Serra.
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