LAGOA DE MONTANHAS

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terça-feira, 19 de junho de 2012

DEPUTADOS DO RN FAZEM A FARRA

8 de junho de 2012

DINHEIRO PÚBLICO : Bancada do RN já gastou quase R$ 1 mi em menos de seis meses...





Aluguel de carro, divulgação da atividade parlamentar, combustíveis e lubrificantes e, ainda, a manutenção dos chamados "escritórios de apoio à atividade política...
 
O gasto da Câmara Federal com os deputados federais não se limita apenas ao subsídio de R$ 26.723,13 pago a cada um. Além dessa remuneração mensal, os deputados federais recebem ainda a chamada cota para apoio da atividade parlamentar e, só com isso, a bancada potiguar já gastou quase R$ 1 milhão.
Alias, mais precisamente R$ 923.865,43 mil. O deputado federal potiguar mais "gastador", assim como em 2011, foi novamente Fábio Faria, do PSD. Só ele gastou R$ 126,7 mil nos meses de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e parte de junho, visto que os valores usados pelos parlamentares ainda não foram totalmente divulgados. No ano passado, Fábio Faria usou R$ 336 mil da verba indenizatória.
Sem somar os, até o momento, R$ 208 divulgados no portal da Câmara Federal, Fábio Faria gastou aproximadamente R$ 126,5 mil. Ou seja: R$ 25.298,73 por mês, quase o valor do subsídio que recebe da "Casa Legislativa". Somando as duas quantias por mês, Fábio Faria tem um valor mensal de R$ 52.021,86, ou ainda: R$ 1,7 mil por dia, mesmo que esse dia seja de trabalho ou não.
Apesar de esses números serem de Fábio Faria, não estão muito diferentes dos apresentados pelos outros deputados federais do Rio Grande do Norte na Câmara Federal. O segundo maior gastador de verba indenizatória em 2012, o deputado federal e pré-candidato a prefeito de Natal Rogério Marinho, do PSDB, usou R$ 125,8 mil, cerca de R$ 900 menos que o parlamentar do PSD.
Com esse valor de cota para atividade parlamentar, Rogério Marinho, inclusive, "ultrapassou" Sandra Rosado, do PSB, na lista dos maiores gastadores potiguares. Sandra, por sinal, foi bem mais econômica neste ano: utilizou apenas R$ 109,7 mil e caiu para a sexta colocação, a frente apenas de Felipe Maia, do DEM, e Henrique Eduardo Alves, do PMDB, no grupo dos potiguares na Câmara.
Entre Sandra Rosado, com R$ 109,7 mil, e Felipe Maia (R$ 102,4 mil) e Henrique Alves (R$ 96,1 mil), estão João Maia, do PR, Paulo Wagner, do PV, e Fátima Bezerra, do PT. Maia gastou R$ 122,1 mil, quase o mesmo que Paulo Wagner, com R$ 121,7 mil. A petista aparece logo depois, com R$ 119,1 mil.
MESMO RITMO DE 2011
Neste ano, a contar, basicamente, os gastos de cinco meses de uso da cota indenizatória para a atividade parlamentar, os deputados federais do Rio Grande do Norte gastaram quase R$ 1 milhão. Por isso, alguém dúvida que em dezembro eles vão ter utilizado praticamente o mesmo do usado em 2011: 2.502.069,84? Isso porque a média de gastos mensais este ano está em R$ 184 mil - média feita considerando os cinco primeiros meses, visto que os gastos divulgados até agora para junho não superam nem mesmo os mil reais. O valor é bastante próximo da média de 2011, quando o valor mensal foi de, em média, R$ 200 mil.
FÁBIO FARIA
Até o momento, contando apenas os que foram gastos e divulgados no portal da Câmara Federal, Fábio Faria utilizou R$ 126.701,74 da verba para a atividade parlamentar. Gastou, sobretudo, com a manutenção do escritório de apoio, cerca de R$ 25,6 mil, e a locação de veículos, exatos R$ 22,5 mil. Com telefonia, os valores também foram altos: R$ 14.7 mil apenas com isso. No que diz respeito à presença em votações, o deputado também não é lá muito assídua: não foi a 11 (contando todo o mandato iniciado em 2011). Mais: das que esteve presente, não há registro de voto em 43 votações.
ROGÉRIO MARINHO
Há alguns motivos que justificam o fato de Rogério Marinho ter passado de João Maia e Sandra Rosado com o segundo maior “gastador” da verba indenizatória da Câmara. Além do fato dos colegas parlamentares terem reduzido os gastos, o tucano também “investiu” bastante em divulgação da atividade parlamentar (R$ 31,9 mil), locação de veículos (R$ 22 mil) e trabalhos de consultoria, pesquisas e trabalhos técnicos (R$ 24,9 mil). Com tudo isso e outros gastos, Rogério Marinho utilizou R$ 125.805,64 da verba. Apesar disso, durante o atual mandato na Câmara, não registrou voto em 45 votações, além de ter obstruído 17 vezes a pauta.
JOÃO MAIA
João Maia não foi o que mais gastou. Da cota dele foram apenas R$ 122.107,20 gastos. Contudo, ele foi o líder em outro aspecto dos parlamentares potiguares: número de vezes que não votou, apesar de presente na Câmara. Até porque João Maia faltou apenas 14 vezes, mas não registrou o voto em 61 votações durante o atual mandato. Alias, não votou mais do que votou, visto que fez isso só 52 vezes. Com relação aos gastos, se destaca os valores usados na compra de combustíveis e lubrificantes (R$ 17,5 mil) e para divulgação da atividade parlamentar (R$ 42,5 mil).
PAULO WAGNER
Paulo Wagner chegou à quarta colocação na bancada do RN na Câmara no que diz respeito aos gastos da verba indenizatória. Foram exatos R$ 121.742,05. Contudo, ninguém o superiou no que diz respeito a utilização do dinheiro público com “fornecimento de alimentação do parlamentar”. Em 2012, já gastou mais de R$ 7,3 mil. Além disso, usou os recursos também para cobrir gastos com locação e fretamento de veículos (R$ 41,5 mil) e divulgação da atividade parlamentar (R$ 39 mil). Durante o mandato, não esteve presente em 13 sessões na Câmara. Pelo menos, na maioria das vezes em que esteve, votou: não escolheu entre “sim”, “não” ou “obstrução” em apenas 11 vezes.
FÁTIMA BEZERRA
A petista da bancada potiguar gastou exatos R$ 119,1 mil. A manutenção do escritório de apoio a atividade parlamentar foi um dos que consumiram boa parte desses recursos: R$ 13,6 mil. Contudo, o maior gasto mesmo foi com telefonia. Só com da conta de telefone, a deputada pagou R$ 21,3 mil com a verba indenizatória da Câmara. Sobre o trabalho dela durante o mandato, Fátima ficou ausente em 10 sessões e não registrou voto em 39 votações.
SANDRA ROSADO
Se tem algo que Sandra Rosado investe bastante é em consultoria. Afinal, foi com isso que a deputada gastou R$ 43,2 mil do total de R$ 109.765,07 que utilizou da verba indenizatória. Com combustíveis e lubrificantes, foram mais R$ 21,5 mil gastos.
FELIPE MAIA
O destaque de Felipe Maia, nos números, não é nem os R$ 102.454,07 gastos da cota indenizatória. Também não são os R$ 26,4 mil com a locação de veículos ou os R$ 28,2 mil para divulgação da atividade parlamentar. O destaque do deputado federal democrata foram as 24 obstruções a votação, o número mais alto dentre os potiguares na Câmara. Além disso, também não votou 30 vezes, mesmo estando presente.
HENRIQUE ALVES
Mais “experiente” entre os deputados federais potiguares com mandato na Câmara, Henrique Eduardo Alves foi também o que menos gastou da cota indenizatória da Câmara. Foram apenas R$ 96.154,55 mil. Desse valor, um terço foi apenas para pagamento da locação de veículos: R$ 33,2 mil. Henrique, desde que assumiu o novo mandato em 2011, não esteve presente em 14 sessões e não registrou o voto em 49 votações.
Por / Túlio Lemos

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