LAGOA DE MONTANHAS

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terça-feira, 28 de agosto de 2012

BANDIDOS USAVAM NOMES DE MORTOS PARA CLONAR CARTÕES

oliciais civis da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap) prenderam sete pessoas na última sexta-feira (24) e sábado (25) em Natal e Recife/PE, acusados de usarem nomes de empresários e executivos mortos para realizar compras fraudulentas.

Segundo o delegado Ben-Hur Cirino, titular da Decap, a quadrilha já cometia os crimes há certo tempo e estima-se que tenha obtido cifras milionárias com os golpes, em Natal. “Eles conseguiam o cadastro de pessoas ricas em instituições financeiras e solicitavam a reposição de cartões de créditos, antes que familiares pudessem informar do falecimento do beneficiário. Depois realizavam compras, ou então financiavam carros de luxo se passando pela pessoa morta”.

O delegado ainda explicou que por vezes o grupo apenas simulou compras em estabelecimentos comerciais inidôneos para sacar o valor da suposta compra. “Eles chegaram a passar o valor de 25 mil reais em um salão de beleza”.

Ainda de acordo com o delegado, o grupo também usava os dados para abrir empresas de fachada e decretavam falência após compras volumosas. “Nas primeiras compras eles pagavam os fornecedores para ganhar a confiança deles e depois faziam compras faturadas que nunca pagavam”.

O grupo foi preso após denúncia de um funcionário de uma das instituições financeiras fraudadas, dando conta de que Tiago Soares da Cruz havia solicitado uma segunda via do cartão de crédito do executivo da Yoki, Marcos Matsunaga, esquartejado pela esposa em junho passado. Segundo requisição, o cartão deveria ser entregue na residência dos pais do suspeito, em Natal.

Ele e Sílvio Pereira da Silva foram os primeiros a serem presos. Os dois foram localizados em Recife/PE e eram os responsáveis por conseguir os dados cadastrais para o grupo. Clóvis Alberto Almeida, Gleice Kelly de Almeida, Andréa Paula Padilha, Jorge Inoue e Iram Carlos da Silva foram presos em Natal.

“O líder da quadrilha era o Clóvis; Gleice Kelly a responsável por abrir empresas para as fraudes; Andréa Paula, dona do estabelecimento usado para simular as compras; e Jorge Inoue e Iram Carlos, os negociadores do grupo com fornecedores”, explicou o delegado.

Além do executivo da Yoki o delegado ainda apontou outros nomes usados pelos estelionatários: Fernando Arruda Botelho, Solleon Menezes, José Gosson, e Eduardo Robson de Barros.

E finalizou a coletiva concedida esta manha (27) na Delegacia Geral da Polícia Civil revelando que outro integrante do grupo continua foragido e que passados dois meses de investigações, prisões e apreensões “este trabalho está só começando”.
 

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