overno da petista é avaliado como ótimo ou bom para 64%; para 57%,
porém, ex-presidente deve ser próximo candidato do PT a presidente
A presidente Dilma Rousseff atingiu, no mês de abril, um novo recorde
aprovação a seu governo. De acordo com pesquisa Datafolha realizada nos
dias 18 e 19 deste mês, 64% dos brasileiros adultos avaliam a gestão da
petista como ótima ou boa. Esse índice é cinco pontos superior ao
registrado em janeiro deste ano: ao completar um ano de governo, 59%
aprovavam a gestão de Dilma Rousseff. A taxa dos que consideram o
governo de Dilma regular teve trajetória inversa e caiu de 33% para 29%
no mesmo período, enquanto a fatia dos que o avaliam como ruim ou
péssimo oscilou de 6% para 5%. O atual levantamento foi feito já sob o
impacto da queda da taxa de juros de bancos privados e públicos e da
redução da taxa básica de juros do país, a Selic, que passou de 9,75%
para 9% no final da tarde da última quarta-feira.
O levantamento mostra um forte aumento na aprovação a Dilma entre os
homens, de 56% em janeiro para 66% em abril. Entre as mulheres, a
aprovação a presidente se mantém estável: 62%. Na análise pela idade dos
entrevistados, o destaque para o desempenho da petista fica entre
aqueles que têm de 45 a 59 anos, faixa etária na qual é aprovada por
67%, ante 57% em dezembro.
Antes responsável pela menor taxa de aprovação a Dilma Rousseff na
estratificação por renda (53% em janeiro), a fatia dos que têm renda
mensal superior a 10 salários mínimos agora é responsável agora pela
maior aprovação à petista: 70%. Entre as regiões do país, o maior avanço
de Dilma se deu no Norte/Centro-Oeste: 71%, ante 63% em janeiro. No
Nordeste, os índices de ótimo e bom passarem de 62% para 69%.
O aumento da aprovação ao governo Dilma se refletiu na nota média
atribuída a sua gestão, que foi de 7,2 para 7,5 entre janeiro e abril
deste ano.
No atual levantamento, o Datafolha também pediu aos entrevistados que
considerassem a pessoa da presidente, com o objetivo de avaliar seu
desempenho pessoal. O resultado mostra que a maioria também aprova
Dilma: 68% consideram seu desempenho pessoal ótimo ou bom, outros 25%
dizem que é regular, e 4%, que é ruim ou péssimo. Entre as mulheres, a
aprovação ao desempenho pessoal da petista (69%) fica acima da taxa
atribuída ao seu governo (62%). O mesmo acontece entre aqueles que
estudaram até o ensino médio (67% aprovam o desempenho pessoal de Dilma,
ante 62% de aval a sua gestão), que possuem ensino superior (69%, ante
64% para a gestão), que têm renda familiar mensal de 5 a 10 salários
mínimos (68%, ante 61% para a gestão) e entre aqueles que têm renda
superior 10 salários mínimos (78%, ante 70% para a gestão). Na região
Sudeste, 66% consideram bom ou ótimo o desempenho de Dilma, enquanto 60%
dizem o mesmo sobre seu governo.
A aprovação ao desempenho pessoal da presidente supera a de seu
antecessor, Lula, no mesmo período de governo. Em março de 2004. Após um
ano e três meses de governo, o petista tinha avaliação pessoal ótima ou
boa de 60% dos brasileiros, índice que fica em 68% para Dilma.
Na comparação com janeiro, caiu o índice dos que dizem que Dilma fez
menos pelo país do que esperavam que ela fizesse (era de 40%, ante 34%
atualmente). A fatia dos que dizem que a petista fez pelo país o que
esperavam que ela fizesse oscilou de 39% para 41% no mesmo período.
A mesma tendência foi verificada entre aqueles que dizem que Dilma fez
mais pelo país do que eles esperam: eram 18% no início do ano, índice
que oscilou para 21% no levantamento atual.
A expectativa quanto ao futuro do governo Dilma é otimista para a
maioria: 73% opinam que daqui para frente Dilma fará um governo ótimo ou
bom, enquanto 18% dizem esperar um governo regular, e 4%, um governo
péssimo. Na comparação com levantamentos anteriores, o otimismo oscilou
positivamente em relação a janeiro (69% diziam esperar um governo ótimo
ou bom nesse período), mas ainda fica abaixo do verificado em março do
ano passado (78%).
MAIORIA (57%) VÊ GOVERNO DILMA IGUAL AO DE LULA
Para a maioria dos brasileiros (57%), Dilma Rousseff está fazendo um
governo igual ao de seu antecessor. Outros dizem 20% dizem que seu
governo é melhor que o de Lula, mesmo patamar (21%) dos que veem um
governo pior do que o de Lula. Entre os mais jovens, de 16 a 24 anos,
fica acima da média (em 25%) a taxa dos que afirmam que a gestão de
Dilma é melhor do que a de seu antecessor. O mesmo acontece nas regiões
Sul e Norte/Centro-Oeste, onde também é de 25% a fatia dos que
consideram o governo atual melhor do que o anterior, ante 20% em média.
No grupo dos que têm de 35 a 44 anos, fica acima da média (em 26%) o
índice dos que dizem que a administração de Dilma é pior do que a de
Lula.
Apesar da alta aprovação ao governo de Dilma Rousseff, a maioria (57%)
diz que o candidato do PT a presidente para a eleição de 2014 deveria
ser Lula. A taxa dos que dizem que a atual presidente deveria ser a
candidata do partido fica em 32%, enquanto 6% afirma que nenhum dos dois
deveria ser o candidato, e 5% não souberam responder. Entre aqueles com
mais de 60 anos, fica acima da média (em 39%) o índice dos que dizem
que Dilma deveria ser a candidata do PT (a média dos que dizem que
deveria ser Lula fica abaixo de sua média, em 44%). Situação semelhante
acontece entre aqueles que possuem ensino superior (42% preferem Dilma,
enquanto 41% preferem Lula) e têm renda mensal superior a 10 salários
mínimos (48% optam por Dilma, e 45%, por Lula). Na região Nordeste,
ocorre o inverso: 68% afirmam que Lula deveria ser o candidato do PT em
2014, enquanto 27% apontam Dilma. Na região Sul, uma fatia abaixo da
média (50%) diz que Lula deveria ser o candidato do PT. Essa rejeição ao
nome do petista, porém, não se reflete na opção pelo nome de Dilma
(34%, contra 32% na média da população), mas sim na taxa dos que dizem
que não deveria ser nenhum dos dois (12%, ante a média de 6%).
Entre os brasileiros que dizem ter o PT com partido de preferência, 63%
dizem preferir Lula como candidato em 2014. No grupo de brasileiros que
avaliam o governo Dilma como regular, 65% dizem que Lula deveria ser o
candidato do PT na próxima eleição presidencial, enquanto 20% dizem que
deveria ser a atual presidente. Mesmo entre aqueles que avaliam a gestão
de Dilma como ótima ou boa o nome do PT preferido para 2014 é o de
Lula: 54% dizem que ele deveria ser o candidato, ante 40% que afirmam
ser Dilma.
O Datafolha também consultou um cenário que repete o segundo turno da
eleição presidencial de 2010, perguntando aos entrevistados em quem
votariam se o embate entre Dilma Rousseff e José Serra fosse hoje. Uma
fatia de 69% disse que votaria em Dilma, enquanto 21% disseram que
votariam no tucano. Os que não votariam em nenhum deles são 6%, e 4% não
souberam responder. Na eleição de 2010, considerando o total de votos,
52% votaram na petista no segundo turno, enquanto 41% votaram em Serra,
4,% votaram nulo, e 2%, em branco.
PARA 45%, PODER DE COMPRA IRÁ AUMENTAR
Após ter alta ao longo do primeiro ano do governo Dilma Rousseff, a
expectativa quanto ao aumento da inflação recuou, aponta pesquisa
Datafolha. No primeiro levantamento feito durante o governo da petista,
em março de 2011, a taxa dos que acreditavam em um aumento da inflação
nos meses seguintes era de 41%, índice que foi a 51% em junho do mesmo
ano e ficou em 46% em janeiro de 2012. Na pesquisa atual, esse índice
recuou para os mesmos 41% registrados há um ano atrás. A fatia dos que
acreditam que inflação irá diminuir oscilou de 14% em janeiro para 15%
agora, enquanto a taxa dos que dizem acreditar que a inflação ficará
como está variou de 35% para 37%. Entre aqueles com nível superior de
ensino, a taxa dos que acreditam que inflação ficará como está fica
acima da média (44%).
Em relação ao índice de desemprego, 35% dos brasileiros dizem acreditar
que ele irá diminuir nos próximos meses. Índice similar (31%) afirma que
o desemprego irá aumentar, enquanto 29% dizem que irá ficar como está. A
expectativa quanto ao desemprego se manteve estável no levantamento
anterior na comparação com o início do ano, assim como na comparação com
o primeiro ano do governo de Dilma Rousseff, com variações dentro da
margem de erro.
O poder de compra irá aumentar nos próximos meses para 45%, fatia maior
do que a de brasileiros que dizem acreditar que o poder de compra irá
diminuir (18%) ou ficar como está (31%). Em janeiro, 41% afirmavam que o
poder de comprar iria aumentar nos meses seguintes. No atual governo, o
patamar mais baixo para esse índice foi registrado pelo Datafolha em
junho do ano passado, quando 33% diziam que o poder de compra iria
aumentar nos meses seguintes, enquanto 37% afirmavam que ficaria como
estava.
Sobre a situação econômica do país de forma geral, 49% dizem acreditar
que irá melhorar nos próximos meses. Outros 34% apontam que a situação
da economia do país ficará como está, e 13%, que irá piorar. Na
comparação com janeiro, oscilou de 46% para 49% o índice dos que
acreditam que a situação econômica do país irá melhorar, e de 37% para
34% a taxa dos que acreditam que irá ficar como está.
O Datafolha também consultou os entrevistados sobre sua situação
econômica pessoal. A maioria (62%) diz acreditar que sua situação
econômica irá melhorar nos próximos meses (eram 60% em janeiro deste
ano, e 62% no março do ano passado). O índice dos que afirmam que sua
situação pessoal irá piorar fica em 8%, enquanto 27% dizem que ficará
como está (eram 30% há três meses, e 28% em março do ano passado).
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