Após as primeiras horas da segunda-feira,
28/05, a belíssima Praia de Barra do Cunhaú, localizada na cidade de
Canguaretama, a aproximadamente 82 Km da
capital do RN foi surpreendida por uma invasão de pessoas a um terreno localizado próximo ao
"Conjunto olho d`água", conhecido popularmente como "Conjunto
Sem Terra".
A equipe do Canguaretama em
Chamas, após receber vários chamados advindos dos próprios “recém-posseiros”,
foi até o local da invasão, no distrito de Barra do Cunhaú, onde de acordo com
relatos da grande massa humana que se somavam ao acampamento improvisado, foi transmitida
ao blog a informação de que o terreno invadido teria supostamente sido DOADO por
um português de nome Fernando, aproximadamente 70 anos e atualmente residente
na praia de Tibau do Sul/RN ao município de Canguaretama/RN com o objetivo de que
a população local fosse beneficiada através da construção de uma creche, um
ginásio de esportes e uma área de lazer.
Os “sem teto” que invadiram o
terreno, nos relataram que é do conhecimento deles que desde a doação do
espaço ao município, mais de dois anos
já se passaram e a administração pública não havia sequer iniciado as
obras
projetadas para o local. O Canguaretama em Chamas, ainda não conseguiu
contato com representantes da prefeitura para saber a versão oficial do
município.
O assentamento já concentra
uma multidão de aproximadamente mais de 1000 pessoas, espalhadas em
cabanas improvisadas, sem
água potável e com a ausência de energia elétrica. É grande o de
crianças de colo e idosos, o que pode gerar a rápida necessidade de
assistência
médica e social por parte dos órgãos competentes. Os "recém-assentados"
ainda reclamam um posicionamento do prefeito ou de seus subordinados no
local, para que se tentem resolver a situação dos ocupantes em relação a
propriedade.
O ÍNICIO DA INVASÃO:
*DO BLOG SOS CANGUARETAMA E CANGUARETAMA EM CHAMAS
De acordo com relatos dos ocupantes, o
doador da área, o português Sr. Fernando, ao visitar o local comentou
para uma moradora
residente nas redondezas sua insatisfação em não ver qualquer construção
na
área cedida por ele ao município e que já se havia passado muito tempo
desde a doação. Ao ouvir esta declaração, a mulher que residia em casa
alugada,
deu início a invasão do terreno, espalhando-se a partir daí a notícia
com
espantosa rapidez. Ao efetivarem a ocupação total do terreno, outras
famílias
que chegavam ao local passaram a invadir também as áreas vizinhas que
fazem fronteiras ao terreno doado pelo português e que também pertencem
ao mesmo.
Ainda continua a chegar ao local dezenas de pessoas em esperança de conseguir um lote do terreno. Até à tarde do dia 29/05, aproximadamente mais de 300 famílias já estavam no assentamento em posse de lotes que variam em média de 10x15m². Foi informado também que pessoas de outras cidades, dentre as quais Vila Flor e Montanhas tentaram conseguir um espaço, sendo negado pelos próprios invasores sob alegação de que receberiam prioridade na distribuição dos lotes, pessoas que não tem residências próprias e moram de aluguel, casa de parentes ou em abrigos e que teriam que pertencer à comunidade de Barra do Cunhaú.
Ainda continua a chegar ao local dezenas de pessoas em esperança de conseguir um lote do terreno. Até à tarde do dia 29/05, aproximadamente mais de 300 famílias já estavam no assentamento em posse de lotes que variam em média de 10x15m². Foi informado também que pessoas de outras cidades, dentre as quais Vila Flor e Montanhas tentaram conseguir um espaço, sendo negado pelos próprios invasores sob alegação de que receberiam prioridade na distribuição dos lotes, pessoas que não tem residências próprias e moram de aluguel, casa de parentes ou em abrigos e que teriam que pertencer à comunidade de Barra do Cunhaú.
No momento da reportagem foi
possível ver uma grande multidão de ocupantes “sem teto” distribuídos entre
crianças de colo, idosos, jovens e adultos, todos alegando não terem moradias próprias e não possuírem
poder aquisitivo para compra de um terreno, já que os preços praticados no
mercado imobiliário de Barra do Cunhaú são alarmantes devido ao seu potencial
turístico, fator este que motivou a
população a invadir imediatamente o terreno, demarcando assim cada um o seu
pedaço de terra.
Sobre a invasão, as
informações preliminares do Blog S.O.S Canguaretama traziam o seguinte teor: ... primeiro
surgiu o boato de que a prefeitura estava doando terrenos para a população,
isso causou um grande alvoroço e dezenas
de pessoas se deslocaram para o local ..., cada um que ocupasse o melhor pedaço
de chão, por volta das oito horas chega uma equipe da prefeitura e informa que
o terreno esta destinado a construção de uma creche e um ginásio esportivo, não
convenceram ninguém pois logo em seguida chegou o verdadeiro proprietário do
terreno que esclareceu tudo, disse que havia doado o terreno a prefeitura a
mais de dois anos com a promessa de que lá realmente fosse feita a tal creche e
o ginásio, se disse surpreso ao ver que tudo continuava do mesmo jeito e que
também o terreno ainda continuava em seu nome, o que achou estranho pois como
tinha doado a tanto tempo já era para ser patrimônio público e que não iria
interferir na invasão. Pessoas que moram vizinhos ao terreno nunca souberam que
o mesmo pertencia a prefeitura muito menos que existia planos de alguma obra
por lá. O tumulto foi geral e até agora nada está resolvido, o pessoal da
prefeitura garante que vão construir a tal creche e o ginásio. ..., a invasão continua.-Blog S.O.S. Canguaretama
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