O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, assinou nesta
terça-feira, 29, em cerimônia no auditório do edifício sede do
Ministério da Educação, o Parecer nº 8 do Conselho Nacional de Educação
(CNE), homologando as diretrizes nacionais para a educação em direitos
humanos. A partir de agora, educadores de escolas de ensino fundamental e
médio e também de instituições de ensino superior terão referências
para promover, no ambiente escolar, uma educação de respeito à
diversidade.
O Ministério da Educação vai distribuir às escolas material didático
sobre direitos humanos. O objetivo é que se consolide nas escolas
brasileiras uma cultura de paz na solução dos conflitos, uma educação
que se posicione contra a agressão aos direitos humanos.
“O primeiro desafio que precisamos vencer é a violência na própria
sala de aula, o desrespeito ao professor, as agressões entre alunos, a
discriminação de raça, de orientação sexual e de religião”, disse o
ministro. “Nós não podemos ter um pacto de silêncio com essa situação
que está presente em sala de aula. A escola tem de ser uma escola de
valores, para termos uma cidadania plena no Brasil”, ressaltou.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, Maria do Rosário Nunes, também participou da solenidade. “As
diretrizes são algo concreto para que cada professor nas redes formais e
não formais de ensino produzam ações pedagógicas para enfrentarmos
situações banalizadas de violência”, disse. Ela exemplificou com
conflitos contemporâneos existentes na escola e na sociedade, como
agressão, racismo, homofobia e outras formas de discriminação.
As diretrizes nacionais para a educação em direitos humanos foram
consolidadas após mais de dois anos de discussões e reuniões com
especialistas no assunto. “Se não atingirmos a escola, não adiantará
nada falarmos em direitos humanos. Precisamos levar a escola a refletir
dentro de uma perspectiva de totalidade, onde o ser humano é
contemplado.”
Para a ministra Maria do Rosário, a educação de direitos humanos não
propõe um currículo, mas uma atitude criativa entre todos os envolvidos
com a educação. “As diretrizes são um ponto de partida para propor
iniciativas e práticas para transformar a escola em um ambiente voltado
para os direitos humanos”, ela acrescentou. ”Esses novos valores devem
entrar em sala de aula como conteúdo interdisciplinar, transversal e
multidisciplinar.”
Na mesma cerimônia, foi lançada a terceira edição do Prêmio Nacional
de Educação em Direitos Humanos 2012. Serão premiadas as experiências em
ambientes escolares de respeito à diversidade. Poderão participar
instituições públicas e privadas de educação básica e superior, além de
secretarias estaduais e municipais de educação e instituições de
educação não formal. As inscrições estarão abertas até 30 de julho. Mais
informações na página (http://www.educacaoemdireitoshumanos.org.br/) do prêmio na internet.
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