LAGOA DE MONTANHAS

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domingo, 25 de novembro de 2012

OPOSIÇÃO A ROSALBA:ROBINSON ,WILMA E FÁTIMA PODEM SAIR JUNTOS EM 2016

O presidente do PSD no Rio Grande do Norte, vice-governador Robinson Faria, afirmou na manhã de hoje que a oposição deixa as urnas de 2012 com alguns nomes lembrados para 2014. Entre eles, o do próprio Robinson para o Governo do Estado e o da deputada federal Fátima Bezerra (PT) para o Senado. Bastante comentada, segundo Robinson, a chapa saiu praticamente consolidada das urnas este ano.
Para o presidente do PSD, porém, os nomes que irão compor a chapa da oposição em 2014 ainda irão surgir no processo, naturalmente. “Durante a campanha municipal deste ano, meu nome foi lembrado em várias cidades para o Governo do Estado, principalmente em razão do meu rompimento com a governadora Rosalba Ciarlini. Porém, a eleição de 2014 não será decidida por mim, mas pelas bases dos partidos que integram a oposição e pelas lideranças do interior do Estado”, afirmou. ‘No último pleito, até em palanque do DEM meu nome foi lembrado”, contou Robinson esta manhã, ao ser abordado pela reportagem sobre o tema.
Ainda em relação a 2014, o vice-governador afirmou que existe uma articulação envolvendo os principais partidos de oposição, constituído por PT, PSD, PSB e PDT. “Estamos irmanados em Natal, principalmente após a eleição em segundo turno”, afirmou o vice-governador.
Neste sentido, alguns facilitadores para Robinson e Fátima começam a dar sinais. A exclusão antecipada da chapa de lideranças oposicionistas como o prefeito de Natal, Carlos Eduardo (PDT), e a vice-prefeita eleita e ex-governadora, Wilma de Faria (PSB), dará fluidez ao fechamento do grupo, porque evitará congestionando da chapa majoritária.

WILMA APOIARIA ROBSON PARA GOVERNADOR

E FÁTIMA PARA O SENADO
Nesta quinta-feira, a presidente do PSB Wilma de Faria anunciou que não disputará cargo majoritário em 2014. Em entrevista a uma emissora de rádio, Wilma não afirmou, mas deixou claro que pretende disputar um cargo no legislativo, que poderia ser de deputada federal. Presidente do PDT, Carlos Eduardo anunciou no dia da eleição, proclamado o resultado das urnas, que será candidato à reeleição em 2016, não disputando cargos na eleição de 2014.
Com isso, restam os nomes de Robinson e Fátima para serem trabalhados como candidatos majoritários, inclusive com a possibilidade de que o vice da chapa venha a ser indicado por forças de expressão nacional como o PT da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, ou o PSB do governador de Pernambuco e provável presidenciável em 2018, Eduardo Campos.
Na possibilidade de o PT indicar, o nome mais forte para compor como vice é o do deputado estadual Fernando Mineiro, que como candidato a prefeito de Natal neste ano obteve respaldo da população da capital para a disputa de cargos futuros. Já se a indicação do vice partir do PSB, os nomes lembrados são os da deputada federal Sandra Rosado (PSB) ou da deputada estadual Larissa Rosado (PSB), ambas também como vice. Mas há também a possibilidade de um rompimento do PMDB com o Governo, que passaria a fortalecer ainda mais a oposição, indicando o candidato a vice-governador, que poderia ser o deputado Walter Alves, filho do ministro Garibaldi Alves Filho.
“Nós temos neste grupo um diálogo muito bom, uma grande harmonia. Estamos sempre dialogando”, confirmou Robinson, se referindo ao grupo integrado por PSD, PT, PDT e PSB.
PMDB
Reticente a falar de um partido que faz parte de outro sistema político, Robinson Faria disse ainda que o PMDB, dos líderes Garibaldi Filho, Henrique Alves e Walter Alves, “é um aliado de peso, que todo candidato a governador gostaria de ter”.
A frase surge em meio às declarações de insatisfação de parte do PMDB, que nos últimos dias manifestou a preocupação de discutir se permanecerá aliado à governadora Rosalba Ciarlini para as eleições de 2014, quando ela poderá disputar a reeleição.
O ministro Garibaldi, principal expressão eleitoral do PMDB, e o deputado estadual Walter Alves, que lidera o partido na Assembleia Legislativa, confirmaram, em entrevistas ao Jornal de Hoje, que a falta de articulação do governo está distanciando os peemedebistas da base política de apoio da governadora.
“Não posso falar nada que inclua o PMDB, mas isso não é uma opinião exclusiva minha, o PMDB é um aliado que qualquer candidato ao governo gostaria de ter”, ressaltou Robinson, que passou a ser um nome natural ao governo após romper com o governo Rosalba Ciarlini, em outubro de 2011. “Pela força do PMDB, pela expressão eleitoral do ministro Garibaldi”, completou a frase o vice-governador, sem querer comentar a indicação do líder Walter Alves como um provável vice na chapa da oposição.
Sobre a suposta crise entre o governo e o PMDB, Robinson disse não poder opinar. “Esse problema entre o governo e o PMDB é da convivência de partidos que estão no poder, tanto o PMDB quanto o DEM. É um assunto deles”, descartou Robinson, ao ser provocado a respeito. “Se existe crise, quem pode falar são eles. Eu não posso falar de aliança da qual eu não faço parte. Digo isso com todo respeito ao PMDB, partido que respeito, mas que deve estar avaliando se ainda vale à pena permanecer nesta aliança. Acho que o PMDB está escutando suas bases e está preocupado com os rumos do Estado”, afirmou.

“A novidade no governo Rosalba é o discurso oportunista”
Rompido com a governadora Rosalba Ciarlini desde outubro de 2011, o vice-governador Robinson Faria fica à vontade para analisar a atual situação administrativa do Rio Grande do Norte. Na avaliação do presidente estadual do PSD, o atual comando de gestão estadual permanece sem inovar, mantendo o Estado na mesma situação em que encontrou ao assumir em janeiro de 2011. Para o pessedista, porém, a única mudança foi o “discurso oportunista” do governo, que tenta pegar carona no desenvolvimento propiciado pelo setor privado.
“A minha posição é a mesma, não houve evolução, nem avanço em nenhum setor”, avalia Robinson, antes de pontuar os serviços essenciais. Na saúde, de acordo com ele, o estado de calamidade não funcionou e impera um caos cada vez mais generalizado. No setor de estruturação do estado, faltam projetos novos. “A não ser o discurso oportunista, que pega carona de setores privados”, explica.
Para Robinson, o governo se associa à energia eólica, que é um setor que depende basicamente de investimentos privados. Rosalba também tenta usufruir do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que é um investimento do governo federal em parceria com a iniciativa privada.  “Além desses, o governo tenta se acoplar a obras que já estavam em andamento quando chegou, como a Copa do Mundo, que já estava consagrada”.
Ou seja, segundo o presidente do PSD, Rosalba não trouxe nenhum projeto inovador para o RN. “É um governo que peca pela mesmice, pela falta de criatividade, que não inova. Não há nada que tenha para anunciar para a população, em nenhum setor. Não há desenvolvimento em educação e em saúde”.
Ainda segundo Robinson Faria, os dados são estarrecedores. O RN é penúltimo lugar em desemprego. No Turismo, o Estado passa pelo maior baque da sua história, por falta de parcerias. Na área rural, há falência por falta de parcerias governamentais. O programa do leite foi desativado e a seca desola o sertão.
“Não há um programa para diminuir os efeitos da seca. O governo sempre espera a União, não toma uma iniciativa. A governadora vive em Brasília, quase não governa. Não se vê resultado de nada. Em dois anos o Governo não tem nada para comemorar. A população só tem a lamentar”, analisa.

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