O menino estuda em uma turma com média de idade de 7 a 8 anos e faz parte de um grupo chamado de "Gangue dos Isqueiros", diz a professora. Os adolescentes que integram este grupo ameaçam colocar fogo nos cabelos de alunos menores.
Na terça, a mãe da criança que quase teve os cabelos queimados foi até o colégio fazer uma reclamação. O menino escutou a conversa com a professora e passou a ofender a mãe da menina. "Fiz a intervenção como professora e ele reagiu com violência, passando a me ofender também. O pai de um outro aluno me defendeu, mas sem tocar no menino ", disse a professora.
A Guarda Municipal foi chamada, e o aluno foi encaminhado à direção da escola. Depois do recreio, a professora aguardava o reinício das aulas dentro da sala, quando o adolescente voltou acompanhado da mãe e da irmã, que também era menor de idade, para agredir a educadora. "Entraram na sala me puxando pelos cabelos, me jogaram no chão e me bateram muito. Agressões no rosto", relata a mulher, que pede para ter sua identidade preservada.
A professora foi afastada da escola por ordens médicas. Segundo ela, ameaças por parte de alunos são comuns na Escola Municipal Morro da Cruz. A diretora da escola, Jucemara Fernandes, disse que o caso foi encaminhado ao Conselho Tutelar, à Secretaria Municipal da Educação e à Polícia Civil. Para evitar que novos casos de violência aconteçam, estão sendo realizadas reuniões com a comunidade do Morro da Cruz.
"Os professores estão cansados de sofrer com a violência dos alunos. Situações como esta são pontuais, mas estão se tornando cada vez mais frequentes na escola".
Nesta sexta-feira (6) está programada uma passeata pelo Morro da Cruz. Na segunda-feira (9), será realizada uma assembleia com os pais para definir como será feita a segurança dentro da escola. O menino foi encaminhado para acompanhamento psicológico.
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