Começa nesta quarta-feira, 30, a primeira etapa do Censo Escolar 2012,
quando será aberto o Sistema Educacenso na internet. O período de
coleta, digitação e exportação dos dados vai até o dia 30 de julho e o
resultado preliminar deve ser publicado no Diário Oficial da União até o
dia 15 de agosto. Após a publicação, as escolas terão 30 dias para
conferência e correção dos dados listados nos relatórios.
O prazo
final para a conclusão da primeira etapa se encerra no dia 30 de
novembro, quando as instituições de ensino devem ter enviado ao
Ministério da Educação os dados resultantes das correções e verificações
do censo. Já a segunda etapa acontece de 1º de fevereiro a 25 de março
de 2013. Nessa fase, serão coletadas informações mais detalhadas sobre
os estudantes declarados na primeira fase.
O Censo Escolar da
Educação Básica, que vai da Educação Infantil ao Ensino Médio, é
realizado anualmente e apresenta um raio-x da educação brasileira. Todas
as escolas, sejam públicas ou privadas, precisam participar. A coleta
de dados é feita através do site www.educacenso.inep.gov.br, onde o
usuário deve preencher informações detalhadas sobre a escola, alunos,
professores, turmas e auxiliares da Educação Infantil.
A
secretária de Educação, Betania Ramalho, ressaltou a importância do
fornecimento desses dados, pois o levantamento serve de base para o
repasse de recursos de programas importantes do governo federal. Os
dados subsidiam a elaboração e planejamento do Plano de Desenvolvimento
da Educação (PDE), do Cálculo da aprovação e reprovação do aluno, do
Plano de Ações Articuladas (PAR), do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e da Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb), do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e do Programa Nacional
de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE).
Betania Ramalho lembrou
ainda que o Rio Grande do Norte atingiu o percentual de 99,5% das
escolas com dados coletados pelo Censo Escolar 2011. “E o
comprometimento dos técnicos de todas as regiões do estado, que
trabalharam nessa pesquisa, foi essencial para o resultado final.
Esperamos esse mesmo comprometimento em 2012, pois sem a parceria com as
escolas não será possível avançar.”, concluiu.
LAGOA DE MONTANHAS

quarta-feira, 30 de maio de 2012
QUEREM ACABAR COM O MAGISTÉRIO
A mais nobre das profissões no rol das gloriosas ocupações que
integram o universo da Educação está a um passo de entrar em colapso. O
magistério nunca esteve tão desmotivado e nem nunca foi tão vilipendiado
como tem sido na 6ª maior economia do planeta.
Não que o drama da classe seja novidade. Professor é desrespeitado desde sempre. Mas esqueçamos as barbaridades cometidas contra o magistério no passado para nos concentrar em apenas um dos problemas centrais da categoria no Brasil de hoje: os baixos salários dos professores.
O novo piso do magistério, anunciado no mês passado pelo MEC (Ministério da Educação), recomenda aos estados e municípios pagar um salário mensal de 1.451 reais aos professores por um regime de 40 horas semanais de trabalho. Note-se que este valor é apenas uma recomendação. Não uma exigência.
Mesmo sendo baixo para uma categoria desta importância, o piso proposto é inatingível à grande maioria das 5,5 mil prefeituras brasileiras.
Levantamento divulgado em março no Paraná, estado onde o cenário de crise da Educação é menor, revelou um dado assustador: 51% dos 399 municípios do Estado já concederam reajustes salariais ao magistério em 2012.
Mesmo assim, não atingiram o valor. E o quadro deve piorar em 2013. Primeiro, devido à insuficiência das receitas das prefeituras. Depois, em função do efeito cascata que a correção do piso acarreta sobre as folhas de pagamento dos governos municipais devido à necessidade de repasse do valor aos professores aposentados e a todos os beneficiados pelos Planos de Cargos e Salários do Magistério – fato que, aliás, deve obrigá-los a superar o limite dos 52% de comprometimento de sua receita corrente líquida com pessoal, fixados pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Em estados mais pobres, o quadro é ainda pior. Seus governadores podem pedir ajuda à União para complementar os valores que as prefeituras pagam até atingir o piso. Mas apenas 1.756 municípios de nove estados do Norte e Nordeste (AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB, PE e PI) que recebem recursos do governo por meio do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério) têm este direito garantido. Os demais penam em tirar da cartola soluções financeiras mágicas para honrar as exigências previstas na Lei do Piso.
Esta é uma das razões pelas quais, como denunciam os prefeitos, um dos pilares do problema é a insuficiência dos recursos para o financiamento da Educação. De acordo com o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, de cada 1 real arrecadado em impostos pelo Brasil, 57 centavos ficam com a União e apenas 18 centavos, com os municípios.
Isto não significa que os municípios não tenham culpa pelos baixos vencimentos pagos aos professores, mas que a política salarial do magistério não pode ser tratada apenas como uma questão econômica e de responsabilidade apenas das prefeituras. Há um componente fortemente político na solução dos baixos salários dos professores, que passa por uma ampla reforma tributária – seguida de uma distribuição mais justa de receitas entre os Entes Federados – para garantir o custeio dos aumentos de vencimentos que os professores merecem.
Mas o caos do magistério é extremamente grave por outra razão – e é neste aspecto que reside o eixo deste artigo. É que a consequeência direta do descaso imposto ao magistério é o desinteresse dos jovens pela carreira e a fuga dos profissionais que já atuam na área para outras atividades, mais rentáveis e menos desgastantes.
Os dados justificam esta preocupação. Estudo encomendado pela Fundação Victor Civita à Fundação Carlos Chagas revelou que somente 2% dos estudantes do ensino médio têm como primeira opção no vestibular cursos ligados ao magistério.
E isto não é tudo.
De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), entre 2001 e 2006, o número de cursos de licenciatura cresceu 65%; o de matrículas, apenas 39%. As conseqüências do problema são palpáveis: ainda segundo o Inep, considerando-se apenas o Ensino Médio e as séries finais do Ensino Fundamental, o déficit de professores com formação adequada passa dos 710 mil no Brasil todo.
Como se percebe, a degradação das condições de vida do magistério é muito mais que a degeneração de uma categoria profissional. É sinal da grave crise enfrentada pela instituição Educação.
E não se diga que a culpa pelo problema é apenas dos governantes e legisladores que prometem – e nunca cumprem – posicionar a Educação como sua prioridade. A imprensa, o setor privado e a sociedade adotam rigorosamente a mesma atitude.
A mídia porque, ao invés de promover um debate sério e profundo sobre a Educação, prefere concentrar seu poder de fogo na divulgação sistemática da mediocridade e da cretinice, classificadas de notícias. “Notícias” que agradam ao andar de baixo mas que, acima de tudo, rendem mais reais porque possuem perfil marcado por apelo supostamente popular – futebol, sexo, escândalos, criminalidade e as costumeiras idiotices envolvendo celebridades midiáticas.
O setor privado porque, embora se defina como de vanguarda no ensino, guardadas as exceções de sempre, paga aos seus professores menos que a grande maioria dos profissionais com formação universitária e lhes oferece condições de trabalho nem sempre dignas. Com a diferença de que, pela pressão da lógica capitalista, cobra deles muito mais resultados que no setor público.
A sociedade também é responsável pelo problema. Ao invés de enfrentar este cenário com a seriedade que o tema merece, intensificando as cobranças tanto dos agentes públicos quanto dos privados, prefere desestimular seus filhos a seguir a profissão, rendendo-se à lógica pragmática do capital. Ou apenas se omitir do processo, quando entrega às escolas o ingrato papel (que é seu) de educar os próprios filhos.
O Brasil, que sonha em ser alçado ao seleto rol dos países desenvolvidos, está acabando com a carreira do magistério. Por analogia, está comprometendo seriamente a Educação e, o que é pior, o futuro que estamos reservando aos nossos descendentes. Triste que seja assim.
*Aurélio Munhoz é jornalista, sociólogo, consultor em Comunicação e presidente da ONG Pense Bicho. Pós-graduado em Sociologia Política e em Gestão da Comunicação, foi repórter, editor e colunista na imprensa do Paraná.
Não que o drama da classe seja novidade. Professor é desrespeitado desde sempre. Mas esqueçamos as barbaridades cometidas contra o magistério no passado para nos concentrar em apenas um dos problemas centrais da categoria no Brasil de hoje: os baixos salários dos professores.
O novo piso do magistério, anunciado no mês passado pelo MEC (Ministério da Educação), recomenda aos estados e municípios pagar um salário mensal de 1.451 reais aos professores por um regime de 40 horas semanais de trabalho. Note-se que este valor é apenas uma recomendação. Não uma exigência.
Mesmo sendo baixo para uma categoria desta importância, o piso proposto é inatingível à grande maioria das 5,5 mil prefeituras brasileiras.
Levantamento divulgado em março no Paraná, estado onde o cenário de crise da Educação é menor, revelou um dado assustador: 51% dos 399 municípios do Estado já concederam reajustes salariais ao magistério em 2012.
Mesmo assim, não atingiram o valor. E o quadro deve piorar em 2013. Primeiro, devido à insuficiência das receitas das prefeituras. Depois, em função do efeito cascata que a correção do piso acarreta sobre as folhas de pagamento dos governos municipais devido à necessidade de repasse do valor aos professores aposentados e a todos os beneficiados pelos Planos de Cargos e Salários do Magistério – fato que, aliás, deve obrigá-los a superar o limite dos 52% de comprometimento de sua receita corrente líquida com pessoal, fixados pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Em estados mais pobres, o quadro é ainda pior. Seus governadores podem pedir ajuda à União para complementar os valores que as prefeituras pagam até atingir o piso. Mas apenas 1.756 municípios de nove estados do Norte e Nordeste (AL, AM, BA, CE, MA, PA, PB, PE e PI) que recebem recursos do governo por meio do Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização do Magistério) têm este direito garantido. Os demais penam em tirar da cartola soluções financeiras mágicas para honrar as exigências previstas na Lei do Piso.
Esta é uma das razões pelas quais, como denunciam os prefeitos, um dos pilares do problema é a insuficiência dos recursos para o financiamento da Educação. De acordo com o coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, de cada 1 real arrecadado em impostos pelo Brasil, 57 centavos ficam com a União e apenas 18 centavos, com os municípios.
Isto não significa que os municípios não tenham culpa pelos baixos vencimentos pagos aos professores, mas que a política salarial do magistério não pode ser tratada apenas como uma questão econômica e de responsabilidade apenas das prefeituras. Há um componente fortemente político na solução dos baixos salários dos professores, que passa por uma ampla reforma tributária – seguida de uma distribuição mais justa de receitas entre os Entes Federados – para garantir o custeio dos aumentos de vencimentos que os professores merecem.
Mas o caos do magistério é extremamente grave por outra razão – e é neste aspecto que reside o eixo deste artigo. É que a consequeência direta do descaso imposto ao magistério é o desinteresse dos jovens pela carreira e a fuga dos profissionais que já atuam na área para outras atividades, mais rentáveis e menos desgastantes.
Os dados justificam esta preocupação. Estudo encomendado pela Fundação Victor Civita à Fundação Carlos Chagas revelou que somente 2% dos estudantes do ensino médio têm como primeira opção no vestibular cursos ligados ao magistério.
E isto não é tudo.
De acordo com o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), entre 2001 e 2006, o número de cursos de licenciatura cresceu 65%; o de matrículas, apenas 39%. As conseqüências do problema são palpáveis: ainda segundo o Inep, considerando-se apenas o Ensino Médio e as séries finais do Ensino Fundamental, o déficit de professores com formação adequada passa dos 710 mil no Brasil todo.
Como se percebe, a degradação das condições de vida do magistério é muito mais que a degeneração de uma categoria profissional. É sinal da grave crise enfrentada pela instituição Educação.
E não se diga que a culpa pelo problema é apenas dos governantes e legisladores que prometem – e nunca cumprem – posicionar a Educação como sua prioridade. A imprensa, o setor privado e a sociedade adotam rigorosamente a mesma atitude.
A mídia porque, ao invés de promover um debate sério e profundo sobre a Educação, prefere concentrar seu poder de fogo na divulgação sistemática da mediocridade e da cretinice, classificadas de notícias. “Notícias” que agradam ao andar de baixo mas que, acima de tudo, rendem mais reais porque possuem perfil marcado por apelo supostamente popular – futebol, sexo, escândalos, criminalidade e as costumeiras idiotices envolvendo celebridades midiáticas.
O setor privado porque, embora se defina como de vanguarda no ensino, guardadas as exceções de sempre, paga aos seus professores menos que a grande maioria dos profissionais com formação universitária e lhes oferece condições de trabalho nem sempre dignas. Com a diferença de que, pela pressão da lógica capitalista, cobra deles muito mais resultados que no setor público.
A sociedade também é responsável pelo problema. Ao invés de enfrentar este cenário com a seriedade que o tema merece, intensificando as cobranças tanto dos agentes públicos quanto dos privados, prefere desestimular seus filhos a seguir a profissão, rendendo-se à lógica pragmática do capital. Ou apenas se omitir do processo, quando entrega às escolas o ingrato papel (que é seu) de educar os próprios filhos.
O Brasil, que sonha em ser alçado ao seleto rol dos países desenvolvidos, está acabando com a carreira do magistério. Por analogia, está comprometendo seriamente a Educação e, o que é pior, o futuro que estamos reservando aos nossos descendentes. Triste que seja assim.
*Aurélio Munhoz é jornalista, sociólogo, consultor em Comunicação e presidente da ONG Pense Bicho. Pós-graduado em Sociologia Política e em Gestão da Comunicação, foi repórter, editor e colunista na imprensa do Paraná.
Autor(a): Aurélio Munhoz*
DIRETRIZES PARA COMBATER A VIOLENCIA NAS ESCOLAS
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, assinou nesta
terça-feira, 29, em cerimônia no auditório do edifício sede do
Ministério da Educação, o Parecer nº 8 do Conselho Nacional de Educação
(CNE), homologando as diretrizes nacionais para a educação em direitos
humanos. A partir de agora, educadores de escolas de ensino fundamental e
médio e também de instituições de ensino superior terão referências
para promover, no ambiente escolar, uma educação de respeito à
diversidade.
O Ministério da Educação vai distribuir às escolas material didático sobre direitos humanos. O objetivo é que se consolide nas escolas brasileiras uma cultura de paz na solução dos conflitos, uma educação que se posicione contra a agressão aos direitos humanos.
“O primeiro desafio que precisamos vencer é a violência na própria sala de aula, o desrespeito ao professor, as agressões entre alunos, a discriminação de raça, de orientação sexual e de religião”, disse o ministro. “Nós não podemos ter um pacto de silêncio com essa situação que está presente em sala de aula. A escola tem de ser uma escola de valores, para termos uma cidadania plena no Brasil”, ressaltou.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, também participou da solenidade. “As diretrizes são algo concreto para que cada professor nas redes formais e não formais de ensino produzam ações pedagógicas para enfrentarmos situações banalizadas de violência”, disse. Ela exemplificou com conflitos contemporâneos existentes na escola e na sociedade, como agressão, racismo, homofobia e outras formas de discriminação.
As diretrizes nacionais para a educação em direitos humanos foram consolidadas após mais de dois anos de discussões e reuniões com especialistas no assunto. “Se não atingirmos a escola, não adiantará nada falarmos em direitos humanos. Precisamos levar a escola a refletir dentro de uma perspectiva de totalidade, onde o ser humano é contemplado.”
Para a ministra Maria do Rosário, a educação de direitos humanos não propõe um currículo, mas uma atitude criativa entre todos os envolvidos com a educação. “As diretrizes são um ponto de partida para propor iniciativas e práticas para transformar a escola em um ambiente voltado para os direitos humanos”, ela acrescentou. ”Esses novos valores devem entrar em sala de aula como conteúdo interdisciplinar, transversal e multidisciplinar.”
Na mesma cerimônia, foi lançada a terceira edição do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos 2012. Serão premiadas as experiências em ambientes escolares de respeito à diversidade. Poderão participar instituições públicas e privadas de educação básica e superior, além de secretarias estaduais e municipais de educação e instituições de educação não formal. As inscrições estarão abertas até 30 de julho. Mais informações na página (http://www.educacaoemdireitoshumanos.org.br/) do prêmio na internet.
O Ministério da Educação vai distribuir às escolas material didático sobre direitos humanos. O objetivo é que se consolide nas escolas brasileiras uma cultura de paz na solução dos conflitos, uma educação que se posicione contra a agressão aos direitos humanos.
“O primeiro desafio que precisamos vencer é a violência na própria sala de aula, o desrespeito ao professor, as agressões entre alunos, a discriminação de raça, de orientação sexual e de religião”, disse o ministro. “Nós não podemos ter um pacto de silêncio com essa situação que está presente em sala de aula. A escola tem de ser uma escola de valores, para termos uma cidadania plena no Brasil”, ressaltou.
A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário Nunes, também participou da solenidade. “As diretrizes são algo concreto para que cada professor nas redes formais e não formais de ensino produzam ações pedagógicas para enfrentarmos situações banalizadas de violência”, disse. Ela exemplificou com conflitos contemporâneos existentes na escola e na sociedade, como agressão, racismo, homofobia e outras formas de discriminação.
As diretrizes nacionais para a educação em direitos humanos foram consolidadas após mais de dois anos de discussões e reuniões com especialistas no assunto. “Se não atingirmos a escola, não adiantará nada falarmos em direitos humanos. Precisamos levar a escola a refletir dentro de uma perspectiva de totalidade, onde o ser humano é contemplado.”
Para a ministra Maria do Rosário, a educação de direitos humanos não propõe um currículo, mas uma atitude criativa entre todos os envolvidos com a educação. “As diretrizes são um ponto de partida para propor iniciativas e práticas para transformar a escola em um ambiente voltado para os direitos humanos”, ela acrescentou. ”Esses novos valores devem entrar em sala de aula como conteúdo interdisciplinar, transversal e multidisciplinar.”
Na mesma cerimônia, foi lançada a terceira edição do Prêmio Nacional de Educação em Direitos Humanos 2012. Serão premiadas as experiências em ambientes escolares de respeito à diversidade. Poderão participar instituições públicas e privadas de educação básica e superior, além de secretarias estaduais e municipais de educação e instituições de educação não formal. As inscrições estarão abertas até 30 de julho. Mais informações na página (http://www.educacaoemdireitoshumanos.org.br/) do prêmio na internet.
SEM TERRAS INVADEM BARRA DO CUNHAÚ
Após as primeiras horas da segunda-feira,
28/05, a belíssima Praia de Barra do Cunhaú, localizada na cidade de
Canguaretama, a aproximadamente 82 Km da
capital do RN foi surpreendida por uma invasão de pessoas a um terreno localizado próximo ao
"Conjunto olho d`água", conhecido popularmente como "Conjunto
Sem Terra".
A equipe do Canguaretama em
Chamas, após receber vários chamados advindos dos próprios “recém-posseiros”,
foi até o local da invasão, no distrito de Barra do Cunhaú, onde de acordo com
relatos da grande massa humana que se somavam ao acampamento improvisado, foi transmitida
ao blog a informação de que o terreno invadido teria supostamente sido DOADO por
um português de nome Fernando, aproximadamente 70 anos e atualmente residente
na praia de Tibau do Sul/RN ao município de Canguaretama/RN com o objetivo de que
a população local fosse beneficiada através da construção de uma creche, um
ginásio de esportes e uma área de lazer.
Os “sem teto” que invadiram o
terreno, nos relataram que é do conhecimento deles que desde a doação do
espaço ao município, mais de dois anos
já se passaram e a administração pública não havia sequer iniciado as
obras
projetadas para o local. O Canguaretama em Chamas, ainda não conseguiu
contato com representantes da prefeitura para saber a versão oficial do
município.
O assentamento já concentra
uma multidão de aproximadamente mais de 1000 pessoas, espalhadas em
cabanas improvisadas, sem
água potável e com a ausência de energia elétrica. É grande o de
crianças de colo e idosos, o que pode gerar a rápida necessidade de
assistência
médica e social por parte dos órgãos competentes. Os "recém-assentados"
ainda reclamam um posicionamento do prefeito ou de seus subordinados no
local, para que se tentem resolver a situação dos ocupantes em relação a
propriedade.
O ÍNICIO DA INVASÃO:
*DO BLOG SOS CANGUARETAMA E CANGUARETAMA EM CHAMAS
De acordo com relatos dos ocupantes, o
doador da área, o português Sr. Fernando, ao visitar o local comentou
para uma moradora
residente nas redondezas sua insatisfação em não ver qualquer construção
na
área cedida por ele ao município e que já se havia passado muito tempo
desde a doação. Ao ouvir esta declaração, a mulher que residia em casa
alugada,
deu início a invasão do terreno, espalhando-se a partir daí a notícia
com
espantosa rapidez. Ao efetivarem a ocupação total do terreno, outras
famílias
que chegavam ao local passaram a invadir também as áreas vizinhas que
fazem fronteiras ao terreno doado pelo português e que também pertencem
ao mesmo.
Ainda continua a chegar ao local dezenas de pessoas em esperança de conseguir um lote do terreno. Até à tarde do dia 29/05, aproximadamente mais de 300 famílias já estavam no assentamento em posse de lotes que variam em média de 10x15m². Foi informado também que pessoas de outras cidades, dentre as quais Vila Flor e Montanhas tentaram conseguir um espaço, sendo negado pelos próprios invasores sob alegação de que receberiam prioridade na distribuição dos lotes, pessoas que não tem residências próprias e moram de aluguel, casa de parentes ou em abrigos e que teriam que pertencer à comunidade de Barra do Cunhaú.
Ainda continua a chegar ao local dezenas de pessoas em esperança de conseguir um lote do terreno. Até à tarde do dia 29/05, aproximadamente mais de 300 famílias já estavam no assentamento em posse de lotes que variam em média de 10x15m². Foi informado também que pessoas de outras cidades, dentre as quais Vila Flor e Montanhas tentaram conseguir um espaço, sendo negado pelos próprios invasores sob alegação de que receberiam prioridade na distribuição dos lotes, pessoas que não tem residências próprias e moram de aluguel, casa de parentes ou em abrigos e que teriam que pertencer à comunidade de Barra do Cunhaú.
No momento da reportagem foi
possível ver uma grande multidão de ocupantes “sem teto” distribuídos entre
crianças de colo, idosos, jovens e adultos, todos alegando não terem moradias próprias e não possuírem
poder aquisitivo para compra de um terreno, já que os preços praticados no
mercado imobiliário de Barra do Cunhaú são alarmantes devido ao seu potencial
turístico, fator este que motivou a
população a invadir imediatamente o terreno, demarcando assim cada um o seu
pedaço de terra.
Sobre a invasão, as
informações preliminares do Blog S.O.S Canguaretama traziam o seguinte teor: ... primeiro
surgiu o boato de que a prefeitura estava doando terrenos para a população,
isso causou um grande alvoroço e dezenas
de pessoas se deslocaram para o local ..., cada um que ocupasse o melhor pedaço
de chão, por volta das oito horas chega uma equipe da prefeitura e informa que
o terreno esta destinado a construção de uma creche e um ginásio esportivo, não
convenceram ninguém pois logo em seguida chegou o verdadeiro proprietário do
terreno que esclareceu tudo, disse que havia doado o terreno a prefeitura a
mais de dois anos com a promessa de que lá realmente fosse feita a tal creche e
o ginásio, se disse surpreso ao ver que tudo continuava do mesmo jeito e que
também o terreno ainda continuava em seu nome, o que achou estranho pois como
tinha doado a tanto tempo já era para ser patrimônio público e que não iria
interferir na invasão. Pessoas que moram vizinhos ao terreno nunca souberam que
o mesmo pertencia a prefeitura muito menos que existia planos de alguma obra
por lá. O tumulto foi geral e até agora nada está resolvido, o pessoal da
prefeitura garante que vão construir a tal creche e o ginásio. ..., a invasão continua.-Blog S.O.S. Canguaretama
Confira mais imagens:
ROSALBA RECEBE DIARIAS GENEROSAS
Menos de um ano e meio de
mandato e governadores de 15 Estados somam mais de 370 dias fora do país em
viagens oficiais pagas com recursos públicos. Nesse período, cumpriram agenda
em 23 países.
Levantamento feito pelo O
Globo apontou o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), como o recordista em
viagens internacionais no atual mandato. Desde janeiro de 2011, início da sua
segunda gestão, o baiano passou 78 dias no exterior em 14 missões oficiais — quase
uma viagem por mês, em média.
O ranking das comitivas que
mais custaram aos cofres estaduais é liderado por Minas Gerais (R$ 687 mil),
seguido pelo Rio de Janeiro (R$ 342 mil), segundo levantamento feito pelo O
Globo.
As viagens do governador
baiano, Jaques Wagner (PT), que está nos Estados Unidos em sua 14ª missão
oficial, custaram, até agora, R$ 285 mil. Ele é o líder no ranking de viagens
internacionais.
A diária mais generosa paga a
um governador é a do Rio Grande do Norte, US$ 1.500 por dia. Nos demais Estados
(exceto Rio, São Paulo, DF e Espírito Santo, que usam outro expediente), o
valor fica entre US$ 330 e US$ 600.
CPI QUEBRA SIGILO DA DELTA
A CPI mista (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga
relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com empresas e políticos
quebrou, nesta terça-feira (29), os sigilos bancário e fiscal da
construtora Delta em todo o país que, segundo investigações da Polícia
Federal, teria o contraventor como sócio oculto. O presidente da
comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), decidiu também adiar a
decisão sobre depoimentos de governadores.
Envolvido com Cachoeira, o ex-diretor da Delta para o Centro-Oeste Claudio Abreu tinha autorização da cúpula da empresa para operar contas nacionais da construtora, segundo as investigações. A Delta teria fortalecido laços políticos para se beneficiar de contratos, em especial em Goiás, na gestão de Marconi Perillo (PSDB).
Os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), também foram citados em conversas de aliados de Cachoeira. De acordo com Vital, a assessoria técnica da CPI vai decidir se é possível convocar essas autoridades e dará uma resposta até 5 de junho.
As operações Vegas e Monte Carlo, da PF, indicaram que a Delta passou dinheiro a empresas fantasmas de Cachoeira. A construtora trabalhou com verbas de governos estaduais e foi uma das principais vencedoras de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Palácio do Planalto. Parlamentares estimam que os repasses desse tipo podem ter superado os R$ 50 milhões. As investigações não confirmam esses dados.
Mais cedo, os aliados do governo Dilma ampliaram o domínio sobre a direção da CPI do Cachoeira após a eleição do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) a vice-presidente da comissão. Ele venceu o senador Pedro Taques (PDT-MT) por 21 a 8. Houve ainda dois votos nulos.
O presidente da comissão passou mais de um mês sem eleger alguém que o substitua em eventualidades. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), ainda não cogita indicar subrelatores, o que poderia dar espaço aos oposicionistas.
Envolvido com Cachoeira, o ex-diretor da Delta para o Centro-Oeste Claudio Abreu tinha autorização da cúpula da empresa para operar contas nacionais da construtora, segundo as investigações. A Delta teria fortalecido laços políticos para se beneficiar de contratos, em especial em Goiás, na gestão de Marconi Perillo (PSDB).
Os governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), também foram citados em conversas de aliados de Cachoeira. De acordo com Vital, a assessoria técnica da CPI vai decidir se é possível convocar essas autoridades e dará uma resposta até 5 de junho.
As operações Vegas e Monte Carlo, da PF, indicaram que a Delta passou dinheiro a empresas fantasmas de Cachoeira. A construtora trabalhou com verbas de governos estaduais e foi uma das principais vencedoras de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do Palácio do Planalto. Parlamentares estimam que os repasses desse tipo podem ter superado os R$ 50 milhões. As investigações não confirmam esses dados.
Mais cedo, os aliados do governo Dilma ampliaram o domínio sobre a direção da CPI do Cachoeira após a eleição do deputado Paulo Teixeira (PT-SP) a vice-presidente da comissão. Ele venceu o senador Pedro Taques (PDT-MT) por 21 a 8. Houve ainda dois votos nulos.
O presidente da comissão passou mais de um mês sem eleger alguém que o substitua em eventualidades. O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), ainda não cogita indicar subrelatores, o que poderia dar espaço aos oposicionistas.
GILMAR, CACHOEIRA , VEJA E MUITA POLEMICA
Para entender este misterioso encontro de Lula com Gilmar Mendes no
apartamento de Nelson Jobim, o novo escândalo denunciado pela revista
"Veja" com o único objetivo de atingir o ex-presidente da República e o
PT, uma verdadeira obsessão do seu proprietário, é preciso recuar um
pouco no tempo.
3 de setembro de 2008. A mesma revista denunciou que o mesmo Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foi grampeado numa conversa com um senador da República pela Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, então dirigida pelo delegado Paulo Lacerda.
E quem era o senador? Ninguém mais, ninguém menos do que Demóstenes Torres, que era do DEM de Goiás, promovido pela revista em suas "páginas amarelas" como caçador de corruptos, aquele mesmo que está depondo agora na manhã desta terça-feira na CPI do Cachoeira, o "empresário de jogos" que é seu amigo e parceiro nos negócios, como revelou a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Em 2008, como agora, também se criou uma enorme crise em Brasília, capaz de abalar os alicerces da República e ameaçar a independência entre os poderes. Gilmar chegou a marchar ao lado de outros ministros do STF até o Palácio do Planalto para "chamar o presidente Lula às falas".
Até hoje, o áudio do grampo não apareceu. A revista "Veja" nunca mais tocou no assunto. O delegado Paulo Lacerda, da Polícia Federal, que tinha comandado a prisão de PC Farias e a investigação que levou ao impeachment de Fernando Collor, foi suspenso das suas funções e depois perdeu o cargo, sendo obrigado a se exilar como adido policial da nossa embaixada em Portugal.
Lula terminou tranquilamente seu governo, após inúmeras outras crises políticas que nasceram e morreram na imprensa, com mais de 80% de aprovação popular, o maior índice já registrado por qualquer presidente da República.
Gilmar é amigo de Demóstenes, que é amigo de Carlinhos Cachoeira, o grande contraventor que é "fonte" das reportagens de "Veja", a ponta de lança do Instituto Millenium, que fornece munição para os demais veículos vindos a reboque.
Podem variar os enredos e os personagens, mas o "modus-operandi" da turma é sempre o mesmo. Conhecendo como conhece Gilmar Mendes e seus amigos na imprensa, que sempre darão a versão dele sobre os fatos (ou não fatos), o que não consigo entender é como Lula entrou nesta fria aceitando um encontro secreto na casa do ex-ministro Nelson Jobim, amigo de ambos.
Só estavam os três no encontro e, até agora, não se falou em gravações de áudio ou vídeo, a especialidade da equipe de arapongas de Cachoeira comandada por Jairo Martins, cujo nome também apareceu no grampo sem áudio de 2008.
Lula e Jobim desmentiram a versão publicada pela "Veja", segundo a qual Gilmar Mendes teria sido "constrangido" pelo ex-presidente a adiar o julgamento do mensalão, em troca de uma blindagem do ministro do STF na CPI do Cachoeira.
Outro fato bastante estranho nesta história é que Gilmar Mendes tenha levado um mês curtindo sua perplexidade antes de chamar os repórteres da "Veja", a quem disse, depois de "decodificar" os recados: "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula".
O ex-presidente só respondeu à reportagem da revista na noite de segunda-feira, quando o assunto já havia tomado conta de todos os noticiários desde sábado.
"Meu sentimento é de indignação", reagiu Lula, que confirmou ter participado do encontro na casa de Jobim, mas qualificou de inverídica a versão publicada pela revista "Veja".
Tem certas coisas que a gente nunca vai saber como de fato aconteceram. Melhor seria, com certeza, se não tivessem acontecido.
3 de setembro de 2008. A mesma revista denunciou que o mesmo Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foi grampeado numa conversa com um senador da República pela Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, então dirigida pelo delegado Paulo Lacerda.
E quem era o senador? Ninguém mais, ninguém menos do que Demóstenes Torres, que era do DEM de Goiás, promovido pela revista em suas "páginas amarelas" como caçador de corruptos, aquele mesmo que está depondo agora na manhã desta terça-feira na CPI do Cachoeira, o "empresário de jogos" que é seu amigo e parceiro nos negócios, como revelou a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.
Em 2008, como agora, também se criou uma enorme crise em Brasília, capaz de abalar os alicerces da República e ameaçar a independência entre os poderes. Gilmar chegou a marchar ao lado de outros ministros do STF até o Palácio do Planalto para "chamar o presidente Lula às falas".
Até hoje, o áudio do grampo não apareceu. A revista "Veja" nunca mais tocou no assunto. O delegado Paulo Lacerda, da Polícia Federal, que tinha comandado a prisão de PC Farias e a investigação que levou ao impeachment de Fernando Collor, foi suspenso das suas funções e depois perdeu o cargo, sendo obrigado a se exilar como adido policial da nossa embaixada em Portugal.
Lula terminou tranquilamente seu governo, após inúmeras outras crises políticas que nasceram e morreram na imprensa, com mais de 80% de aprovação popular, o maior índice já registrado por qualquer presidente da República.
Gilmar é amigo de Demóstenes, que é amigo de Carlinhos Cachoeira, o grande contraventor que é "fonte" das reportagens de "Veja", a ponta de lança do Instituto Millenium, que fornece munição para os demais veículos vindos a reboque.
Podem variar os enredos e os personagens, mas o "modus-operandi" da turma é sempre o mesmo. Conhecendo como conhece Gilmar Mendes e seus amigos na imprensa, que sempre darão a versão dele sobre os fatos (ou não fatos), o que não consigo entender é como Lula entrou nesta fria aceitando um encontro secreto na casa do ex-ministro Nelson Jobim, amigo de ambos.
Só estavam os três no encontro e, até agora, não se falou em gravações de áudio ou vídeo, a especialidade da equipe de arapongas de Cachoeira comandada por Jairo Martins, cujo nome também apareceu no grampo sem áudio de 2008.
Lula e Jobim desmentiram a versão publicada pela "Veja", segundo a qual Gilmar Mendes teria sido "constrangido" pelo ex-presidente a adiar o julgamento do mensalão, em troca de uma blindagem do ministro do STF na CPI do Cachoeira.
Outro fato bastante estranho nesta história é que Gilmar Mendes tenha levado um mês curtindo sua perplexidade antes de chamar os repórteres da "Veja", a quem disse, depois de "decodificar" os recados: "Fiquei perplexo com o comportamento e as insinuações despropositadas do presidente Lula".
O ex-presidente só respondeu à reportagem da revista na noite de segunda-feira, quando o assunto já havia tomado conta de todos os noticiários desde sábado.
"Meu sentimento é de indignação", reagiu Lula, que confirmou ter participado do encontro na casa de Jobim, mas qualificou de inverídica a versão publicada pela revista "Veja".
Tem certas coisas que a gente nunca vai saber como de fato aconteceram. Melhor seria, com certeza, se não tivessem acontecido.
segunda-feira, 28 de maio de 2012
EQUIPE DA U.N.B QUERAM O SIGILO DA URNA ELETRONICA
Grupo
de especialistas do Centro de Informática da Universidade de Brasília
(UnB), coordenado pelo professor Diego Aranha, do Departamento de
Ciência da Computação, conseguiu quebrar a segurança de uma urna
eletrônica durante testes organizados esta semana pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O time da UnB foi a único a identificar fragilidades
no sistema eleitoral entre nove equipes de especialistas de
universidades de todo o país que partiparam dos testes, realizados pelo
TSE com o objetivo de garantir a segurança do processo de votação
brasileiro.
A
equipe da UnB descobriu a ordem cronológica em que 474 eleitores
votaram em uma das urnas onde o teste foi realizado. A simulação
desenvolvida pela UnB, que envolveu todos os procedimentos adotados em
uma eleição, foi realizada com 475 "eleitores", o que representa um
índice de acerto de 99,9% pelo grupo da Universidade.
Os
especialistas da UnB não conseguiram identificar os autores do voto,
mas obtiveram os registros do horário exato de cada voto e revelaram que
candidatos esses eleitores escolheram. "Com um pouco mais de tempo,
pode ser que conseguíssemos descobrir também quem eram esses eleitores,
ou seja, quem votou em quem", afirmou Diego Aranha, que liderou a equipe
formada por Filipe Scarel, Marcelo Karam e André de Miranda, todos do
Centro de Informática da UnB.
Emília Silberstein/UnB Agência |
![]() |
Equipe da UnB, da direita para a esquerda: Marcelo Karam, Filipe Scarel, Diego Aranha e André de Miranda |
O
desafio colocado pelo TSE era o de romper a segurança do voto. Isso
significa descobrir o nome dos eleitores e em quem votaram. Outro
objetivo colocado pelo Tribunal Superior Eleitoral foi o de alterar a
destinação dos votos de um candidato para outro, mas a equipe da UnB
optou por investir o tempo da prova para alcançar um único objetivo.
Nenhum
dos nove grupos que participaram atingiu as duas metas colocadas pelo
TSE. A atuação da UnB, entretanto, surpreendeu os organizadores dos
testes porque demonstrou que há fragilidades no sistema. “A equipe da
UnB conseguiu dar uma importante contribuição para melhorar a segurança
das eleições”, afirmou Rafael Azevedo, coordenador de Logística da
Secretaria de Tecnologia da Informação do TSE. “Os testes realizados
pela UnB são de alto impacto, de nível tecnológico avançado. Isso
permitiu mostrar ao TSE que o softwareprecisa
de melhorias”, explicou Wilson Veneziano, professor do Departamento de
Ciência da Computação da UnB e um dos organizadores do evento. “O grupo
foi o único a conseguir alterar a segurança da urna", completou.
O
número de votos utilizado na simulação equivale à média nacional de
votos por urna na eleição de 2010, já descontado o índice de
comparecimento, que é de 82%. Na simulação no TSE, cada eleitor votou em
candidatos a prefeito e vereador, o que significa dois votos por
eleitor.
FACILIDADES - Wilson
Veneziano ressalta que, embora a UnB tenha tido sucesso em descobrir a
ordem de votação e os candidatos que receberam votos, o feito não é
suficiente para fraudar uma eleição. Segundo ele, seria preciso que um hacker ficasse
guardando a ordem de votação de cada eleitor para que a violação fosse
possível, pois a lista que fica na mesa é arranjada em ordem alfabética.
O
secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Janino, afirmou
que o Tribunal reforçou o sistema das urnas eletrônicas."O que a UnB
fez foi desvendar o algorítimo matemático que embaralha a ordem da
votação. O sucesso seu deu em parte pela alta competência da equipe, mas
também em razão das informações prévias oferecidas pelo TSE para os
testes", disse. As facilidade foram a entrega do código fonte do sistema
aos membros das equipes e explicações técnicas sobre o funcionamento do
sistema. Os participantes também podiam trazer de casa programas para
servir de ferramentas para os ataques. "Alteramos o algorítimo dando
maior complexidade", completou.
ESFORÇO - Para
garantir o sucesso, a equipe da UnB investiu toda a energia em um único
objetivo. A equipe não trabalhou com a proposta de obter meios de
favorecer um candidato. "Julgamos que a quebra do anonimato do voto era
algo mais factível de obtermos sucesso", lembrou Diego Aranha.
Antes
de ir para a simulação com os 475 eleitores, que ocorreu na
quarta-feira, 21 de março, a equipe da UnB realizou três simulações nos
dois dias anteriores, uma com 10 eleitores, outra com 16 e uma terceira
com 21. "Foi um grande desafio, porque aplicamos a metodologia que
usamos para um universo pequeno em uma simulação com alto número de
eleitores", afirma Diego Aranha.
Participam
dos testes nove equipes. Quatro são do Distrito Federal. As demais são
de São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Ceará.
Marcelo de Sousa, professor da Faculdade de Computação da Universidade
Federal de Uberlândia, afirma que, mesmo com boas condições de fazer os
testes, não conseguiu nenhum dado efetivo. “Sentimos uma alta
complexidade por conta dos vários níveis de segurança do sistema”,
afirma.
SEGURANÇA - Realizados
pelo TSE pela segunda vez desde 2009, os testes tem como objetivo
garantir segurança total no processo eleitoral brasileiro. Este ano, o
sistema eletrônico será novamente utilizado nas eleições municipais. "O
que conseguimos não representa um risco para as eleições porque está
dentro do objetivo dos testes, que é corrigir antecipadamente as
fragilidades do sistema", afirma Diego. "A vantagem dos testes é
justamente prevenir que uma fraude ocorra", explica Rafael Azevedo, do
TSE.
No próximo dia 29, o Tribunal fará audiência pública para prestar contas do evento, às 10h, na sede do órgão.
PR E PMDB SELAM ALIANÇA EM SÃO GONÇALO DO AMARANTE
São Gonçalo do Amarante
O Partido da República - PR recebeu na manhã desta segunda-feira (21) a visita de líderes do PMDB para oficializar a adesão do PR à pré-candidatura do deputado estadual Hermano Morais (PMDB) à prefeitura de Natal. Mais de 200 pessoas entre imprensa, lideranças e correligionários do PR e do PMDB estiveram presentes na sede do PR, no Hotel Maine, em Natal.
O
primeiro a discursar foi o deputado Hermano Morais, que destacou o
apoio do PR e convocou a legenda para "ajudar no programa de Governo".
"O PR é essa agremiação que tanto tem feito por Natal e pelo Rio Grande
do Norte. Queremos pedir o apoio do PR para estar dentro de um projeto
administrativo. Não só o apoio político, mas também sugestões para que
possamos incorporar o programa partidário", destacou.
O
presidente estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves,
comentou a adesão: "Estou muito feliz porque o PR do Rio Grande do Norte
é o partido de maior proximidade hoje com o PMDB. A minha relação com o
deputado federal João Maia extrapola qualquer eleição, é uma relação de
afinidade, respeito e companheirismo", destacou Henrique Eduardo Alves.
Durante
o evento, o ministro da Previdência Garibaldi Filho afirmou que foi o
senador mais votado do Rio Grande do Norte no pleito de 2010 "devido ao
apoio do PR". Ele chamou atenção para a atuação do deputado federal João
Maia, presidente estadual do PR, na Câmara dos Deputados, e também no
Estado potiguar. "O PR escolheu o melhor candidato a prefeito de Natal
(Hermano Morais). O candidato mais preparado, aquele que está a altura
do desafio de Natal e a altura da crise que Natal enfrenta nos dias de
hoje", comentou Garibaldi Filho.
Para
o deputado federal João Maia, presidente estadual do PR, a aliança do
partido a candidatura de Hermano Morais a prefeito de Natal é "por
inteiro". "Natal sofre de uma falta de autoestima. É a capital do
Estado, é a cidade que todo mundo que vinha gostava e ainda gosta. Temos
a responsabilidade com a capital do nosso Estado, porque se Natal for
mal é a nossa cara que vai mal. A cidade está sofrida, maltratada,
abandonada", comentou.
Após
o evento no PR, foi a vez do presidente do partido, deputado João Maia,
acompanhado do prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, irem
até a sede do PMDB, em Candelária, e receberem o apoio do presidente
estadual do PMDB, deputado federal Henrique Eduardo Alves, do ministro
da Previdência Garibaldi Filho e do deputado estadual Poti Júnior, para a
reeleição do prefeito de São Gonçalo.
Para
o prefeito Jaime Calado, "O aeroporto de S. Gonçalo do Amarante é um
instrumento de desenvolvimento nacional, como nossa presidenta Dilma
afirmou. Não seria justo que o PMDB, que tanto lutou pela obra, ficasse
de fora da luta pelo desenvolvimento de São Gonçalo do Amarante. Essa
união é resultado de respeito público", disse o prefeito.
Na
sede do PMDB, João Maia chamou atenção para necessidade da qualificação
profissional em São Gonçalo do Amarante. "Nós precisamos desde já,
junto com toda aliança, ter a obrigação de qualificar as moças e os
rapazes de São Gonçalo do Amarante, para que os empregos gerados pelo
novo aeroporto sejam deles", disse João Maia.
ACIDENTE DEIXA MORTOS NO INTERIOR DO RN
Um acidente automobilístico deixou
quatro pessoas mortas e dois feridos, no inicio da tarde de hoje, 28 de
Maio de 2012, próximo ao trevo de acesso a cidade de Itajá na BR 304. Um
veiculo tipo Logan de cor vermelha com placas MZK 8984 de Natal,
conduzido por “Deivison Soares da Silva Nobre”, de 27 anos, colidiu de
frente com uma Pajero de cor branca com placas KIJ 9855, que era
conduzida por “Cleilton Fernandes de Farias” de 43 anos, residente no
Sitio Linda Flor, zona rural de Assu.
Deivison ficou preso às ferragens e morreu no local. Cleilton sofreu
fratura em uma das pernas e no braço, mas não corre riscos de morte. O
mesmo foi socorrido para o Hospital de Assu. Morreram no local do
acidente:* Deivison Soares da Silva Nobre, condutor do veiculo
* Uma criança que trafegava no Logan, que estava sem identificação.
* Uma mulher que até o momento atendia pelo nome de Marina.
* Betânia Faustino foi socorrida, mas morreu antes de chegar ao Hospital Regional Tarcisio Maia em Mossoró.
Segundo informações todas as vitimas moravam em Natal. * Carla Priscila Fernandes da Silva, foi socorrida por uma equipe de socorristas do Samu, e se encontra no hospital regional de Assu em observação. Um terceiro veículo Monza de placa HVA-4958 também se envolveu no acidente.
Fonte e fotos: FocoCoelho
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