LAGOA DE MONTANHAS

LAGOA DE MONTANHAS

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

SECRETÁRIO ALERTA PARA O RISCO DE ATRASO NOS SALARIOS DO ESTADO DO RN

“O Governo gasta mais do que arrecada”, disse ontem o secretário de Planejamento e das Finanças (Seplan), Obery Rodrigues. A avaliação foi a resposta encontrada para a pergunta mais ouvida nos últimos dias: “Como a economia potiguar inspira tantos cuidados com a arrecadação em alta?”. O auxiliar da governadora Rosalba Ciarlini (DEM)  frisou que é verdade que a receita estadual cresceu, superando inclusive a inflação, mas – disse Obery Rodrigues – houve um aumento ainda maior nas despesas, incluindo os repasses feitos aos Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas. Em seguida, ele alertou: “Se o Estado não antecipasse as medidas de contenção nesse início de semestre, no final do ano a situação estaria crítica, inclusive com possibilidade de faltar recursos para prioridades, como a folha de pessoal”. A coletiva contou com a participação, também, do controlador-geral e consultor-geral do Estado, Anselmo Carvalho e José Marcelo Costa.
Ivanizio RamosObery Rodrigues, Anselmo Carvalho e José Marcelo concedem entrevista coletiva sobre os ajustes no orçamento do EstadoObery Rodrigues, Anselmo Carvalho e José Marcelo concedem entrevista coletiva sobre os ajustes no orçamento do Estado


O titular da Seplan disse que o Rio Grande do Norte enfrentou o primeiro semestre com uma frustração na receita de 5,3% entre o que foi projetado para o período e o que foi efetivamente consolidado. Segundo ele, não houve superestimação no orçamento elaborado pelo Governo para este ano. Ele assinalou que a maior fonte de receita do Estado – o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – é estimado conforme previsão da Secretaria Estadual da Tributação e com base em critérios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Quanto ao Fundo de Participação dos Estados (FPE), a segunda origem dos recursos, a projeção é de responsabilidade da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Fatores

Para Obery Rodrigues, a frustração na receita do Rio Grande do Norte advém de fatores macroeconômicos que tem alcançado o país inteiro. “É normal que no segundo semestre se aplique uma estimativa e eventualmente se consolide um ganho ou perda de produtividade”, pontuou.  Os cortes anunciados pelo Executivo atingem 10,74% das finanças inicialmente programadas para os Poderes, MPE e TCE/RN. No caso do Governo, o montante chega a R$ 417,9 milhões, o que resultará em uma redução nas transferências para os municípios de R$ 127,3 milhões. O secretário Obery Rodrigues afirmou que os investimentos no Estado estão comprometido se dependerem de recursos próprios. No entanto, observou que a intenção é preservar contrapartidas de convênios, sobretudo os que já estão firmados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário