O ministro da Educação Aloizio Mercadante afirmou que todas as questões possíveis do Exame Nacional do Ensino (Enem)
serão abertas aos interessados quando o Banco Nacional de Itens chegar a
50 mil. “Se algum aluno decorar as respostas para as 50 mil, ótimo,
queremos ele na universidade”, disse no Congresso Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime) em São Bernardo do Campo.
De acordo com ele, um mutirão eletrônico foi feito entre as
36 universidades federais “fortaleceu muito o banco de questões”. “A
experiência foi tão bem sucedida que vamos repetir”, disse. No entanto,
antes de serem usadas, as questões têm que passar por pré-testes como o
que resultou no vazamento das perguntas do Enem de 2011. “A Teoria de
Resposta ao Item sempre vai exigir o pré-teste, mas nós vamos agilizar
isso também.”
O Ministério da Educação afirma ter 6 mil questões disponíveis para uso no Enem, mas o vazamento de uma prova com 14 questões idênticas
as que foram aplicadas no teste colocou em dúvida se todas estariam o
volume realmente seria este. Apesar da promessa da liberação de
questões, Mercadante não fez previsões de quando isso ocorrerá.
Prova para professores
Mercadante também prometeu lançar ainda no segundo semestre de 2012 o
edital da Prova Nacional para Ingresso de Docentes para aplicar o exame
em 2013. O teste, que deve ajudar os municípios substituindo concursos
simultâneos e custos em cada cidade, estava prometido para este ano,
mas como adiantou o iG, o processo está atrasado.
Gafe no discurso
Na maior parte de sua exposição sobre os planos do MEC, Mercadante
foi aplaudido, mas também arrancou gritos de queixas. Ao falar da como o
País precisa formar mais médicos, citou um déficit de 9 mil vagas no
ensino superior e disse que seria difícil sanar o problema. “Não tem
como formar tantos médicos só com as universidades federais e boas
públicas. E médico é coisa séria que não se pode formar de qualquer
jeito”, disse a plateia de dirigentes educacionais composta praticamente
por professores e que lida com o problema da falta de docentes bem
preparados.
Entre as que reclamaram estava a secretária municipal de Educação de
Aparecida do Taboado, em Mato Grosso do Sul, Maria Célia Souto Alvarez.
“Se o médico salva vidas, o professor estrutura mentalidades, forma a
cabeça”, comentou. “Um médico ganha oito, dez vezes mais que um
professor e ainda tem uma formação que dificulta o trabalho. Os
municípios não têm dinheiro para suprir a formação que não é dada na
faculdade.”
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