LAGOA DE MONTANHAS

LAGOA DE MONTANHAS

domingo, 4 de novembro de 2012

PT SE COMPLICA MAIS NA MORTE DE CELSO DANIEL

Sempre que está acuado, não importa o assunto – uma disputa eleitoral ou uma investigação policial –, o PT parte para o ataque. Infelizmente – para o país e para a ordem dos fatos –, costuma ser bem-sucedido. Vimos isso recentemente, na disputa eleitoral em São Paulo. Desde que Lula decidiu que o candidato seria mesmo Fernando Haddad, o partido iniciou uma intensa campanha acusando forças supostamente obscurantistas e a oposição de explorar a questão do kit gay. Quem quer que faça uma pesquisa vai constatar que os adversários do partido mal tocavam no assunto. Era só uma reação preventiva para conquistar, como conquistou, a imprensa. Tocar no tema passou a ser visto como coisa reacionária, conservadora, religiosa. Mais ainda: inverteu-se o ônus do tema. O tucano José Serra é que passou a ser literalmente perseguido por jornalistas para se posicionar a respeito, sendo acusado de explorar um tema que não diria respeito à cidade – o que, de resto, é falso porque há milhares de alunos da rede municipal de ensino.
Muito bem! Qual foi a consequência? O kit gay ficou longe da campanha. O tema não foi levado ao horário eleitoral gratuito ou aos debates na TV. A questão ficou circunscrita aos jornais, que atingem uma fatia mínima do eleitorado, e mal chegou às rádios. O PT conseguiu, assim, com o barulho que fez junto aos chamados “setores formadores de opinião”, blindar Fernando Haddad, preservando-o de sua própria obra. O ministro que autorizou a produção de um material – destinado a alunos a partir de 11 anos – que sustentava a superioridade da bissexualidade no cotejo com a heterossexualidade e que estimulava o debate sobre pessoas insatisfeitas com seu órgão genital não teve de responder por suas escolhas. O mais impressionante: Serra, que não tocou no assunto, foi acusado de estimular o preconceito. Um sedizente “cientista social” afirmou que sua campanha estaria contaminada pelo “ódio”. O PT, em suma, fez um movimento preventivo e se deu bem. Até alguns tucanos de alta plumagem, para não variar, falaram besteira a respeito, apontando o erro de uma suposta campanha contaminada pela religião.
O caso da CPI do Cachoeira
Enquanto o ministro Ricardo Lewandowski permanecia sentado sobre a revisão do processo do mensalão – Lula havia prometido aos seus e a Marcos Valério que o julgamento jamais ocorreria; talvez “em 2050”, ele profetizou –, o próprio Apedeuta e José Dirceu urdiram pelas costas até da presidente Dilma a CPI do Cachoeira. Alguém buzinou informações erradas ao ouvido dos dois patriotas, sustentando que a Operação Monte Carlo tinha potencial para liquidar com a oposição, com a imprensa independente, com o procurador-geral da República e até com ministros do Supremo. No dizer de Rui Falcão, presidente do PT e pensador refinado, a bancada do PT na Câmara e no Senado defendia uma CPI “para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão”. Tudo parecia caminhar bem até que surgiram na mesa os nomes de Fernando Cavendish e Sérgio Cabral. Aí os petistas precisaram correr com o rabo enfiado entre as pernas. Afinal, ficou claro, Carlinhos Cachoeira era só um peixe pequeno de um escândalo gigantesco, que iria estourar no Palácio do Planalto. Mas, como resta evidente, houve, sim, a tentativa de usar a CPI para melar o julgamento. Parte da imprensa aderiu inicialmente à farsa.
Depois da condenação…
Condenado Marcos Valério, o PT passou a viver o pânico da concessão do benefício da delação premiada ao empresário. Sabe que os 40 anos de cadeia não são coisa trivial e que seu antigo aliado está injuriado. Alguém na sua situação pode, sim, decidir se safar contando o que sabe. Então o PT resolveu correr de novo para a galera. Passou a acusar nada menos do que o próprio STF de se comportar como tribunal de exceção. De quebra, promete levar adiante a luta pela “regulamentação da mídia golpista” e discutir o financiamento público de campanha. O partido havia prometido um manifesto para quinta-feira, mas parece ter adiado em face das notícias que começaram a circular sobre o depoimento de Valério.
Agora ao ponto
Recuperem o noticiário de janeiro de 2002, por ocasião do assassinato do prefeito Celso Daniel. Antes que qualquer pessoa aventasse publicamente a possibilidade de que o PT pudesse ter algum envolvimento com a morte, os petistas botaram a boca no trombone e saíram acusando a suposta tentativa de incriminar o partido, exigindo, em tom enérgico, que a polícia fizesse alguma coisa. Montou-se uma verdadeira operação de guerra para controlar o noticiário. No arquivo do blog, vocês encontram alguns textos a respeito. Celso foi o primeiro de uma impressionante fila de oito cadáveres relacionados ao caso. O prefeito morto era já o coordenador do programa de governo do então pré-candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva. O partido seria o primeiro a ter motivos para desconfiar de alguma motivação política para o sequestro e imediato assassinato. Deu-se, no entanto, o contrário: o partido praticamente exigia que a polícia declarasse que tudo não havia passado de crime comum.
O último morto, por causa desconhecida (!), foi o legista Carlos Delmonte Printes, que assegurou que Celso fora barbaramente torturado antes de ser assassinado. Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado do PT que acompanhou o caso em nome do partido e teve acesso ao cadáver, assegurou à família de Celso, no entanto, que não havia sinais de tortura. O fato é conhecido porque foi denunciado pela família do prefeito.
Gilberto Carvalho, braço direito de Celso na Prefeitura, movimentou-se freneticamente logo após a morte do “amigo” para que prevalecesse a versão do partido: crime comum. O esforço deixou um rastro de conversas gravadas que vieram a público. Tudo muito impressionante. Leiam, por exemplo, este diálogo em que Sérgio Sombra, acusado de ser ao assassino de Celso, entra em pânico e pede para falar com Carvalho. Alguém garante que está sendo montado “um esquema”. Sombra, no diálogo abaixo, é o “personagem A”.
A – Ô Dias!
B – Oi chefe!
A – Onde é que você está cara?
B – Tô na avenida (…). Eu tô saindo, to indo praí.
A – (…) Fala prá ligá nesse instante (…) Pará de fazer o que está fazendo.
B – Peraí, Peraí, Perai. Ei! Oi! Escuta o (…) Já está aí onde está todo mundo (…) Alô!
A – Ô meu irmão!
B – Cara cê está no sétimo?
A – Ô meu! O cara da Rede TV está me escrachando, meu chapa! Tá falando que… Tá falando que é tudo mentira, que o carro tá pegando, que não destrava a porta, que sou o principal suspeito.
B – Ô cara! Deixa eu te falar. O que hoje tá pegando contra você é esse negócio do carro. Nós temos que fazer é armar um esquema aí: “porque as empresas de (…) junto com a Mitsubishi, por razões óbvias de mercado, se juntaram para dizer que você está mentindo, que o câmbio está funcionando”…Entendeu? Então é o seguinte…
A – Peraí. Perai, péra um pouquinho.
B – (…) Pô! Pegá o que Porra?
A – Chama o Gilberto aí! Chama o Gilberto! Tem que armar alguma coisa!
B – Calma!
A- Eu tô calmo. Quero é que as coisas sejam resolvidas.
Outro diálogo: “Puta! Tá dez!”
Há outro diálogo bastante interessante. Alguém liga para Ivone, tornada pelo partido a “viúva oficial” de Celso — consta que era sua “namorada” à época… E lhe dá nota dez por sua performance como “viúva” numa entrevista. Vocês entenderam direito. Leiam. Ivone é a personagem B.
A – Oi!
B – Oi meu amor. O Xande quer falar com você. Tá bom?
A – Ok.
B – Tchau.
C – Como vai minha querida?
A – Vou assim. Arrastando.
C – Ótima a sua entrevista! Viu?
A – Você gostou Xande?
C – Eu gostei muito mesmo.
A – É importante a sua opinião pra mim porque estou totalmente sem referência. Né?
C – Eu achei muita boa. Entendeu. Tá super. Tem coisas… tá perfeito!
(…)
B – Hoje tem uma coisa. Programa pra ir na Hebe.
A – É. Porque vai a mulher… a viúva do Toninho.
B – Sabe que o Genoino quer. E é uma merda né. Uma merda.
A – Olha. Se você falar o que falou ai está 10. Puta! Tá 10, não parece estrela, a dor de uma viúva. Tá dez!
Como se nota, a morte do “companheiro” havia se transformado apenas numa questão de marketing e de guerra para ganhar a “mídia”. Com direito a nota pela performance da, sei lá como chamar, “atriz” talvez.
Retomo
Já lhes contei aqui. Mesmo a ala petista da família Daniel rompeu com o PT. Um dos irmãos, Bruno, teve de se exilar na França com mulher e filhos. Estavam sendo ameaçados de morte no Brasil. Outro irmão relatou que Celso havia lhe contando que Carvalho era o portador de malas de dinheiro de um propinoduto de Santo André para o então presidente do PT, José Dirceu. Os dois negam.
Vale a pena, reitero, por curiosidade quase científica, voltar ao noticiário daqueles dias para constatar a frenética movimentação preventiva do partido, certo de que poderia conduzir para onde quisesse a opinião pública. Passada uma semana, quem estava na defensiva era a polícia paulista… Agora, Marcos Valério denuncia ao Ministério Público que o PT tentou fazê-lo participar de uma esquema para silenciar. com dinheiro, pessoas que estariam chantageando Lula e Carvalho, podendo implicá-los no assassinato de Celso. Valério diz que não participou, mas dá a entender que tem mais detalhes da operação, que teria sido realizada. Diz que sabe até que banco foi usado na operação.
Vamos ver. Uma coisa é certa: o cadáver de Celso Daniel volta a se agitar no armário. E o PT decidiu adiar o seu manifesto contra o STF e a “mídia golpista”.
*
PS – Reitero: a vida de Marcos Valério vale mais a cada dia. E, por isso mesmo, também vale menos… Se o STF não tomar as devidas precauções, o óbvio acontece. Porque o óbvio sempre acontece.
Por Reinaldo Azevedo

MONTANHAS:EX PREFEITO É CONDENADO PELO TCE RN

A falta de documentos que comprovem a realização de despesas levou o conselheiro em exercício, Marco Antônio de Moraes Rego Montenegro a considerar irregulares o balancete do Fundef referente ao exercício de 2000 da Prefeitura de Montanhas, sob a responsabilidade de José Balduino Bispo.
O processo foi relatado na sessão da Primeira Câmara de Contas e o voto foi pela restituição de R$ 607.076,01, decorrente de despesas não comprovadas, além da remessa dos autos ao Ministério Público Estadual e Federal para apuração de atos de improbidade administrativa e/ou ilícitos penais.

EDUCADORES QUEREM DESCENTRALIZAR ENSINO

Brasília - Opiniões diferentes sobre como padronizar com qualidade o ensino básico no Brasil em busca de uma educação melhor para todos marcaram a audiência pública realizada no final da semana na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE). A audiência, quinta de um ciclo sobre Educação e Federalismo, buscou discutir se a educação básica deve se tornar responsabilidade do governo federal. Presidida pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF), a audiência contou com a presença da professora da Faculdade de Ciências Políticas da Universidade de São Paulo (USP) Marta Teresa da Silva Arretche e da consultora em educação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) Mariza Abreu. A senadora Ana Amélia (PP-RS) também participou do debate.

Márcia Kalume / Ag. SenadoMarta Arretche, Cristovam Buarque e Mariza Abreu participam de audiência sobre educação básicaMarta Arretche, Cristovam Buarque e Mariza Abreu participam de audiência sobre educação básica
Marta Arretche apresentou um estudo realizado pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM) em municípios de todo o país, buscando relações entre federalismo, saúde e educação. De acordo com a professora, o desempenho dos sistemas municipais de educação no Brasil é muito mais desigual do que o desempenho dos sistemas municipais de saúde.

Segundo a professora, a colaboração do governo federal nos municípios, com políticas de premiação pelo melhor desempenho, funcionou como um incentivo poderoso para a melhora do desempenho da educação. "Se os municípios brasileiros vivessem das suas próprias receitas, a desigualdade de receita entre eles seria muito próxima à desigualdade de renda da população brasileira. As transferências federais têm um impacto importante na redução das desigualdades de receita dos municípios, o que tem efeito na sua capacidade de pagar professores e escolas', afirmou.

Para Mariza Abreu o problema da federação brasileira é a concentração tributária, pela criação de receitas não partilhadas, o que leva a uma dependência financeira dos entes federados em relação à União. Ela ressaltou que os municípios e estados devem ter a responsabilidade pela educação básica, mas com mais recursos e com padrões de qualidade pactuados.

"A educação básica deve ser cada vez mais oferecida e de responsabilidade dos estados e municípios, desde que eles tenham recurso pra isso, para pagar o piso (dos professores), inclusive, e que eles estejam subordinados à garantia de padrões de qualidade para o Brasil inteiro", lembrou ela.

Para o senador Cristovam Buarque o fato de os municípios não terem dinheiro não deve ser motivo para se diminuir o valor do piso salarial. Em sua avaliação, porém, os recursos devem provir da União, o que não afetaria a cláusula pétrea da Constituição que impede medidas contrárias à forma federativa de estado.

"Se for cláusula pétrea, eu vou sair do Senado e vou lutar para fazer uma revolução. Porque eu acho que, sem essa revolução, que permita à nação brasileira cuidar das crianças brasileiras, não vamos dar o salto para uma sociedade que salta além desse muro do atraso e nem derrubar o muro da desigualdade. Mas eu não vou precisar ir para a revolução, porque essa cláusula pétrea da forma federativa não diz que as escolas têm que ser municipais", defendeu Cristovam.

A senadora Ana Amélia, por sua vez, defendeu a descentralização, o que ela chama de municipalização. Para ela, o governo central não tem solidariedade com os municípios. "O trato e a atenção do governo central com o município, não há nenhuma solidariedade e esse é o grande problema da federação brasileira", disse a senadora.

O senador Cristovam Buarque concluiu a audiência dizendo que a simples transferência de renda não é suficiente para equalizar a educação nos municípios. Ele disse defender uma descentralização mais radical, em que cada escola pode ser autogerenciada com autonomia, mas com o salário garantido para os professores.

Após a audiência, a comissão aprovou cinco requerimentos, entre eles o da realização de dois seminários sobre o Sistema Nacional do Conhecimento Inovação e outro para a gestão de educação. Os dois eventos ocorrerão no dia 9 de novembro.

Projeto prevê investimentos  no ensino de idiomas

Brasília - Em reunião na próxima terça-feira (6), a Comissão de Educação, Cultura e Esporte aprecia, em caráter terminativo, projeto de lei que estabelece a fluência oral como um dos objetivos do ensino de línguas estrangeiras na educação básica (PLS 71/2012). Para o senador Cícero Lucena (PSDB-PB), autor do projeto, o investimento no ensino de idiomas na rede pública tem sido alto, mas os resultados, modestos. "O que os alunos aprendem nesses sete anos? Da língua em si, muito pouco. Rudimentos de conversação, algumas regras de gramática e iniciação à leitura e entendimento de textos.  Mas quase todos assimilam um recado muito forte: 'aprender língua é muito importante, mas bastante difícil e para isso é preciso cursar uma escola de idiomas'", diz a justificação do projeto.

Cícero Lucena propõe modificação na Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB) de modo a deslocar o ensino de línguas estrangeiras da "parte diversificada" para o centro do currículo, além de antecipar o início de sua obrigatoriedade para o quinto ano do ensino fundamental. Em sua avaliação, a medida abrirá milhares de novos postos de trabalho para estudantes de letras, e os concursos públicos para admissão de professores de idiomas passarão a incluir provas orais - o que, para ele, aumentará a exigência de competência profissional e conduzirá a reformas curriculares na formação de docentes.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), relator, recomenda a aprovação do projeto. Segundo ele, a oralidade no estudo de línguas estrangeiras tem sido posta em segundo plano, situação que estimula a demanda por cursos privados que estão fora do alcance da população mais pobre.

Outro projeto na pauta da CE determina que as atividades de educação física nas escolas somente sejam ministradas por profissionais formados na área. O PLS 103/2012, do senador Ivo Cassol (PP-RO), também tramita em caráter terminativo.

Atualmente, de acordo com a LDB, o professor de educação física deve ter nível superior para dar aula a alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio. Mas, para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, aceita-se que as aulas sejam dadas pelo professor titular da turma, formado em pedagogia, mas sem formação específica em educação física.

Relator da proposta na comissão, o senador  alagoano Benedito de Lira, do Partido Popular, deu parecer favorável à matéria, concordando que, para o bem da saúde dos alunos, é necessário um professor devidamente qualificado em educação física. O senador acrescenta que os cursos de pedagogia não abordam o ensino da educação física com a mesma profundidade de outras disciplinas.

Grupo inglês entra no mercado brasileiro

São Paulo (AE) - O grupo inglês Cognita, ligado à rede C&A, entra no mercado educacional brasileiro ao comprar a escola Cidade Jardim/PlayPen, na zona oeste de São Paulo. Os planos do novo dono é manter diretriz pedagógica, coordenadores e professores da escola, que existe há 31 anos. Segundo a empresa, é o primeiro passo no mercado brasileiro e da América Latina. A Cognita tem 58 escolas pelo mundo. "Nossos planos são que mais escolas se unam ao grupo e sigamos crescendo na América Latina e no Brasil, em particular", explica Adriano Figueiredo, um dos diretores da Cognita. Já há estudo para aquisições em São Paulo e em outras cidades. Segundo Figueiredo, a política do grupo é não interferir no currículo e na filosofia das escolas. No caso da PlayPen, até a diretora e antiga dona, Guida Machado, vai continuar na escola.

Guida conta que decidiu vender quando percebeu que a escola precisava crescer. "Eu me preocupava com a perenidade e a escola foi ficando pequena. Foi decisivo saber que o grupo não mudaria nossa filosofia", diz ela. Os valores do negócio não foram divulgados. Mesmo não revelando o preço, Guida afirma que tudo "foi muito bem avaliado". A escola funciona em um prédio assinado pelo arquiteto Isay Weinfeld, localizado entre o Jockey Club e o Parque Alfredo Volpi.

A escola foi pioneira em ensino bilíngue - com currículo 50% em inglês e 50% em português. São 500 alunos, da educação infantil ao 9.º ano, período semi-integral no ensino fundamental. As mensalidades variam de R$ 2,8 mil a R$ 3,2 mil. Há cerca de 15 dias, os pais foram avisados da negociação pela diretoria. A reação foi positiva, segundo a escola.

O casal Fabiana e Alberto Menache gostou da notícia. "O espaço físico é um pouco limitado para as crianças mais velhas. Agora, com a entrada do investidor, espero que melhore", disse Alberto, de 39 anos. Eles já tinham uma filha de 7 anos na escola e, segundo Fabiana, a notícia foi essencial para matricularem o menino de 1 ano e 2 meses. "Achei que era a hora certa, porque depois vai ser difícil matricular." O plano é oferecer o ensino médio o mais breve possível. "No ensino fundamental, a escola não vai crescer mais e continuará com três turmas por série, com o máximo de 25 alunos por classe", disse Guida.

HOMEM É ASSASSINADO EM GENIPABU

Um homem foi assassinado a tiros na manhã deste sábado (03), na cidade de Rio do Fogo, no Litoral Norte, localizada a 60km da capital Natal. A vítima foi identificada como Lecildo Capistrano de Melo, de 33 anos. A informação foi confirmada pelo Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).

Lecildo Melo foi encontrado com marcas de tiros em uma estrada carroçável, nas proximidades da Lagoa da Cutia.

A polícia segue investigando na tentativa de localizar o autor do crime.

Estrada de Genipagu

Na manhã deste sábado, o corpo de uma mulher foi encontrado no povoado Rio Doce, em Extremoz, na Grande Natal. A vítima possuía marcas de estrangulamento quando foi encontrada por populares. Ela estava sem documentação e até o momento não foi identificada.

CONCURSOS NO RN

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) está com inscrições para a seleção que visa a contratação de três Professores Temporários. O prazo termina na próxima quinta-feira (08).

De acordo com o IFRN, os profissionais contratados atuarão com as disciplinas de Educação Inclusiva e Libras por 40h semanais e terão direito a remuneração de R$ 2.215,54, caso sejam graduados e de R$ 2.329,42 para especialistas.

Para participar basta realizar inscrição até o dia 8 de novembro, com limite das 20h no último dia, pelo site www.ifrn.edu.br e efetuar o pagamento da taxa, no valor de R$ 55,00.

A seleção será válida por dois anos, a contar da data em que for publicada a homologação do resultado final no Diário Oficial da União e poderá ser prorrogado por igual período.

O edital completo será publicado em portal.ifrn.edu.br.


PREFEITURA DE EXTREMOZ

Com a responsabilidade técnico-administrativa da empresa Conpass Concursos Públicos e Assessorias, foi publicado o certame 001/2012 da prefeitura de Extremoz, situado na região metropolitana e localizada a 16km de distância de Natal. A oferta é para o provimento direto de 380 postos de trabalho para profissionais de nível fundamental, médio e superior, com salários de R$ 656,44 a R$ 1.841,11 e jornadas semanais de 30h e 40h. De acordo com o Executivo local, todos os contratos serão firmados em regime estatutário.

Para concorrer bastará realizar inscrição até o dia 22 de novembro no posto de atendimento (rua dos Coqueiros, nº 44, Conjunto Alto Extremoz) das 8h às 12h e das 14h às 18h ou, ainda, pelo site www.conpass.com.br. Será disponibilizado manual do candidato ao custo de R$ 6,00 e o cartão de inscrição poderá ser retirado no local ou impresso entre os dias 26 e 28 de dezembro. As taxas de participação serão de R$ 37,00, R$ 47,00 e R$ 57,00, conforme escolaridade do candidato.

A previsão é de que será aplicada prova escrita no dia 13 de janeiro de 2013, composta de 20 ou 40 questões, conforme o cargo; e prova de títulos, com entrega de documentação entre os dias 22 de outubro e 23 de novembro no local de inscrições.


PREFEITURA VIÇOSA

A Prefeitura de Viçosa, distante 358 quilômetros de Natal, está com inscrições abertas para o concurso público que visa o preenchimento de 38 vagas em cargos de nível fundamental, médio e superior. Os salários vão de R$ 622 a R$ 8.000.

As inscrições podem ser feitas até a próxima quinta-feira (08) pelo site www.conpass.com.br. A taxa vai de R$ 30 a R$ 65. Os candidatos também podem se inscrever presencialmente na sede da prefeitura, localizada na Rua Ozéas Pinto, 140.


UFERSA

A Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), Rio Grande do Norte recebe inscrições para os concursos públicos com o objetivo de contratar um Professor Assistente e um Adjunto para os campi de Angicos e Mossoró.

Segundo consta, a primeira oportunidade é para área de Administração e Empreendedorismo e a outra para Marketing, Métodos Quantitativos Aplicados à Pesquisa de Marketing e Empreendedorismo, ambas com contrato em regime de Dedicação Exclusiva.
As remunerações serão de R$ 4.651,58 e R$ 7.333,66, respectivamente, com acréscimo de R$ 304,00, referente ao auxílio alimentação.

Para concorrer basta possuir graduação em Administração com mestrado em Administração ou em áreas afins, no primeiro caso e graduação em Administração com doutorado em Administração, Engenharia de Produção ou Economia, no segundo.

De acordo com a Ufersa, as inscrições ficarão abertas até o dia 14 de novembro pelo site www.ufersa.edu.br, com taxas de R$ 90,00 e R$ 130,00, conforme a titulação.

A previsão é de que todos os inscritos sejam avaliados por meio de prova escrita no dia 3 de dezembro às 8h, prova de aptidão didática e exame de títulos.

A informação é de que os editais completos serão publicados em www2.ufersa.edu.br e de que os concursos serão válidos por um ano, a contar da homologação dos respectivos resultados, prorrogáveis por igual período.


UFRN

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) recebe inscrições para o processo seletivo de Professor Substituto e Temporário. Segundo o edital, serão selecionados profissionais para o Departamento de Arquitetura, Campus de Natal, para ministrar aulas na disciplina de Tecnologia.

Para concorrer o candidato deverá ter graduação em Arquitetura e Urbanismo ou em Engenharia Civil e a remuneração será de R$ 1.597,92 a R$ 2.619,03 em jornada de 20 horas semanais.

Os interessados deverão se  inscrever nos dias 5 e 6 de novembro de 2012, na Secretaria da Unidade de Lotação correspondente, mediante o pagamento da taxa de R$ 13,00.

No ato da inscrição, o candidato deverá apresentar original e cópia dos seguintes documentos: documentos de identificação (RG), CPF e Título de Eleitor; requerimento de inscrição devidamente preenchido, disponível na página eletrônica da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas da UFRN (www.progesp.ufrn.br); recibo de pagamento da taxa de inscrição; documentos comprobatórios de que atende aos requisitos exigidos; curriculum vitae ou lattes; documento que comprove quitação com as obrigações eleitorais; e documento que ateste a quitação com as obrigações militares.

sábado, 3 de novembro de 2012

TURISTA FICA NUA NA PRAIA DE SANTOS SP


Foto: Reprodução/TV Tribuna
Mulher nua entra no mar e dança em Santos
O feriado de finados começou bastante animado nas praias de Santos, no litoral de São Paulo. Por volta das 6h30, uma garota, acompanhada de dois rapazes, resolveu tirar toda a roupa e dançar ao ar livre para quem quisesse ver. 

As imagens foram captadas pelo cinegrafista da TV Tribuna, Robynson Senhorães. Em determinado momento do vídeo, a turista chega a escorregar e cair no mar. Pouco tempo depois, os dois rapazes que estão com ela se aproximam e ela começa a se vestir.

A performance da garota atraiu dezenas de olhares curiosos. Surfistas, vendedores e banhistas pararam tudo o que estavam fazendo para observar a dança da garota.

Até as 8h, não havia informações sobre registros de ocorrência por parte de pessoas que tenham se sentido ofendidas com o fato nas delegacias da região.

BAIA FORMOSA TERÁ FESTIVAL DE CINEMA


Se você gosta de cinema, não pode perder a oportunidade de unir o agradável ao melhor ainda. Até dia 12 de novembro estão abertas as inscrições para o III Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa (FINC). Não precisa ser um cineasta para participar: basta fazer um curta de um minuto com qualquer equipamento que produza imagens em movimento, ou fazer uma animação em computador, com base na ideia de sustentabilidade – o concurso se chama “Minuto Verde”. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site http://fincbrazilbf.com/. O festival acontece de 30 de novembro a 1º de dezembro na praia do litoral potiguar.
“Este ano, mais pessoas podem participar do FINC, porque é fácil produzir um vídeo nesse formato. Pode ser até da câmera do celular”, explica o organizador do evento, Marcos Arnaud. A comissão julgadora – formada por técnicos de Natal e da Polônia – selecionará 30 vídeos, que estarão disponíveis no site do evento a partir do dia 15 de novembro para votação.
Os três curtas mais votados pelos internaturas se unirão aos sete elegidos pelos membros da comissão, resultando em dez vídeos finalistas. O vencedor será divulgado no último dia do festival. O destaque desta terceira edição será a presença, inédita em terras potiguares, de um ganhador do Oscar. O compositor polonês Jan Andrzej Pawel Kaczmare foi premiado pela trilha sonora de “Em Busca da Terra do Nunca” (2005).
O prêmio é um prato cheio para quem é fã da sétima arte: terá seu filme exibido no Festival Off Plus Camera (http://www.offpluscamera.com), um dos maiores festivais de cinema independente da Europa. O sortudo (a) vai ganhar passagem e hospedagem durante os dez dias de evento, sediado na Cracóvia (Polônia). Além disso, terá direito a um city tour pela cidade, incluindo a visita ao Alvernia Studios, um dos quatro maiores estúdios de pós-produção de cinema do mundo.



Serviço:
O quê? Inscrições abertas para III Festival Internacional de Cinema de Baía Formosa (FINC): filmes de 1 minuto com temática “Minuto Verde”
Quando? Até dia 12/11
Como se inscrever? No site do FINC http://fincbrazilbf.com
INSCRIÇÕES GRATUITAS

Mais informações: http://fincbrazilbf.com

ESTUDANTES FAZEM PRIMEIRO ENEM DAS COTAS

Os estudantes do 3º ano do ensino médio do Centro Educacional 1 do Cruzeiro, em Brasília, aguardam ansiosos a hora de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) . Para eles, há um novo estímulo para resolver as questões e a redação que serão aplicadas neste sábado e domingo, a partir das 13h (horário de Brasília). Mais do que nunca, a entrada na universidade parece mais próxima.
A explicação está na lei nº 12.711, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em agosto, que cria cotas de 50% das vagas para egressos da rede pública em todas as instituições federais. Hoje, pelo menos 115 instituições utilizam as notas do Enem para selecionar universitários. Só no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) serão oferecidas pelo menos 120 mil vagas.
“É um estímulo a mais, com certeza. E acho que quando todas as vagas do sistema de cotas forem oferecidas, mais gente ainda vai se candidatar”, afirma Milena de Souza Faria, 17 anos. Aluna do CED 1 do Cruzeiro, ela recorda que a lei será cumprida gradualmente. Este ano, as universidades são obrigadas a reservar 12,5% das vagas para as cotas, pelo menos.
Alan Sampaio / iG Brasília
Estudantes do Centro Educacional 1 do Cruzeiro consideram cotas um estímulo a mais para o Enem
Milena e os colegas Jéssica de Albuquerque, 17, Alessandro Campos, 17, Pedro Matta, 18, Mateus dos Reis, 17, e Mylena Araújo, 18, sentem que a medida é uma “valorização tardia da escola pública”. Mas se dizem animados com a medida. “A prioridade sempre foi de quem tem mais. A universidade pública deveria ser para aluno de escola pública”, afirma Pedro.
Os alunos se preparam com mais ânimo, mas sabem que o desafio imposto pelo Enem não é simples. No primeiro dia, sábado, eles enfrentarão quatro horas e meia para responder questões de ciências humanas e ciências da natureza. No domingo, farão as provas de linguagens e códigos, matemática e redação. São cinco horas e meia de avaliação.


“É uma prova muito longa, dá medo de não conseguir terminar”, comenta Jéssica. Para Mateus, é difícil saber o que esperar dos testes e, por isso, a ansiedade é grande. “O conteúdo não é difícil. O difícil é ela ser tão cansativa”, analisa Mylena.
Outros 1,2 milhão de estudantes que estão concluindo o ensino médio na rede pública vão fazer o Enem este ano. Ao todo, 5,7 milhões de candidatos se inscreveram no exame. Desse total, 4 milhões ganharam isenção da taxa (o que significa que boa parte deve ter estudado na rede pública, mas alunos de baixa renda também não pagam).
Preocupação com a concorrência
Arquivo pessoal
Marina Krumholz acredita que as cotas vão aumentar o desafio - e o nervosismo - dos estudantes das particulares no Enem
Se os egressos da rede pública têm um ânimo extra para fazer as provas com a aprovação da lei das cotas, os alunos da rede privada ganharam preocupação. Com as vagas divididas, eles temem um grande aumento da concorrência em cada uma delas. Marina Krumholz, 17 anos, aluna do Colégio Israelita Brasileiro A. Liessin, no Rio de Janeiro, diz que é um desafio a mais.


“Com certeza, é um nervosismo e um desafio a mais. As vagas até mesmo nas faculdades particulares ficam mais concorridas porque alguns deixam de fazer pública e optam pela particular porque ficou muito difícil”, avalia. Para Luisa Newlands, 17, estudante da Escola Eliezer Steinbarg Max Nordau, também no Rio, o cenário será ruim no futuro.
“A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) está adotando só 30% das vagas para cotas, então agora não vai ser tão difícil como depois que adotarem 50%”, analisa. Luisa não concorda com as cotas, porque acredita que o problema não é o acesso à faculdade, mas a qualidade da educação.


Laura Becker, 17, que pretende disputar uma das vagas oferecidas pela UFRJ em Administração, também é contra a política de cotas. Estudante da Escola Parque, do Rio de Janeiro, ela acredita que a medida não resolve a situação vivida pelos alunos da rede pública. E nem dos negros, também beneficiados dentro da lei.
“Deve ser muito frustrante para quem estuda na escola pública tentar correr atrás, mas não conseguir vaga. A culpa não é deles, a culpa é do governo. As cotas dão uma chance para eles, mas o governo não deveria mudar o sistema para entrar na universidade e, sim, a educação”, diz. “Não necessariamente negro estuda em escola pública. Tem três negros na minha sala que é uma escola de classe média alta. Com certeza vão entrar”, afirma.
Números impressionantes
Arquivo pessoal
Luisa Newlands discorda das cotas porque acredita que o problema não é o acesso e sim a qualidade do ensino na rede pública
A operação logística que envolve o Enem impressiona pelos números. Para controlar o envio das provas aos 15 mil locais onde serão aplicadas, foram mobilizados o Exército, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária e a Polícia Militar. Quase 20 mil agentes de escolta das secretarias de Segurança Pública de todos os estados também vão trabalhar no processo e o Ministério da Educação fechar 10 mil malotes de provas com lacres eletrônicos em caráter experimental.


Dos 5,7 milhões de estudantes que vão as provas, 54% dos inscritos se declararam pretos, pardos ou indígenas. Esse é o perfil do recorte racial que deve ser feito dentro do programa de cotas das universidades. A grande maioria é formada por mulheres: 3,4 milhões (59%). São Paulo é o Estado com mais inscritos (932.493); seguido por Minas Gerais (653.074) e Bahia (421.731).
A maioria dos participantes já concluiu o ensino médio: 3,2 milhões. Pouco mais de 1,5 milhão está concluindo este ano e 638 mil buscam uma certificação de conclusão da etapa com o exame.

Para que serve o Enem
O Enem tem múltiplas funções:
- Selecionar estudantes para universidades pelo Sisu e Prouni
- Critério para participação em programas governamentais como o financiamento estudantil (Fies) e o Ciência sem Fronteiras
- Certificação de conclusão do ensino médio
- Avaliação da qualidade do ensino médio no País (e nas escolas)
- Auto-avaliação do desempenho acadêmico do aluno

PROFESSOR CRIA PROGRAMA PARA CALCULAR GASTOS COM EDUCAÇÃO

Um simulador que calcula o percentual ideal do orçamento dos municípios que deveria ser investido na educação, para que o ensino alcance níveis desejáveis de qualidade, foi desenvolvido na Faculdade de Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP).

O programa de computador é resultado da tese de doutorado de Thiago Alves que, hoje, é professor do curso de administração na Universidade Federal de Goiás. Para chegar ao produto final, Thiago conta que partiu da pergunta: “Quanto custa a educação pública gratuita e de qualidade no Brasil?”. “A ideia surgiu desse questionamento, e aí a gente percebeu que os investimentos na educação não partem de um planejamento. Existe, na verdade, o que a Constituição diz”, explicou o pesquisador.

Com base em comparação que fez em relação aos países desenvolvidos, Thiago observou que, enquanto no exterior calcula-se quanto é necessário investir nas escolas para o fornecimento de um serviço de qualidade e, a partir daí, o recurso é investido, no Brasil a ordem era contrária. “A pergunta tem que ser inversa. Quanto precisa? E aí nós vamos mobilizar recursos da sociedade, porque a educação é um direito fundamental, porta de entrada para outros direitos do cidadão”, disse.

Na confecção do software, o pesquisador utilizou como fonte dados da Prova Brasil e do Censo Escolar, como desempenho dos alunos, condições de bibliotecas, quadras, banheiros, laboratórios, existência de computadores, além de quantidades de alunos e professores nas escolas para estabelecer diretrizes.

Segundo a orientadora do projeto, Cláudia Souza Passador, professora de administração pública, a tese de Thiago faz parte de uma grande pesquisa, que contou também com outras quatro dissertações de mestrado. O projeto foi financiado pelo Observatório Nacional de Educação, em parceria com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e começou em 2007.

As pesquisas de campo, de acordo com Cláudia, envolveram centenas de gestores escolares, professores e pais de alunos. “A gente não quis dar uma visão apenas economicista. O salário dos professores influi, as condições físicas na escola influem. Contemplamos o máximo de diretrizes”, explica Cláudia.

O programa foi testado em três municípios goianos: Cezarina, Goiatuba e Águas Lindas. Após os estudos, Águas Lindas, que possui cerca de 150 mil habitantes, foi a cidade com resultados mais preocupantes, devido ao grande déficit educacional constatado. “Os resultados mostraram que precisaria construir muitas escolas, precisaria investir mais da metade, quase a totalidade da receita [do município] em educação”, disse Thiago. Segundo o pesquisador, o município tem muitos problemas sociais em razão do seu rápido crescimento, “inclusive na área educação”, acrescentou.

Em Goiatuba, que tem uma população mais estabilizada, com 30 mil habitantes, as escolas têm aulas em período integral, com sete horas diárias. “Mesmo assim, [a cidade] precisaria investir quase 40% da receita”. O mesmo percentual, de 40%, deveria ser investido por Cezarina, cidade com cerca de 7 mil habitantes.

Tendo em vista essas disparidades, a proposta de que o governo brasileiro invista 10% do seu Produto Interno Bruto (PIB) na educação pode não atender de forma igualitária as localidades brasileiras, argumentou Thiago. “As condições da educação pública no Brasil são diversas. Cada estado, cada município tem os seus próprios desafios”, disse.

De todo modo, aumento de investimentos no setor são essenciais, na opinião de Cláudia. “Nós chegamos à conclusão de que, de uma forma geral, as prefeituras, governos de estado e governo federal têm que investir 30% a mais do que investem hoje”.

O simulador de custos foi entregue ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) em agosto. A expectativa dos pesquisadores é que o programa possa ser oferecido gratuitamente aos gestores municipais de todo o país. “O momento é oportuno, porque, em janeiro, começam novas gestões em secretarias municipais”, acrescentou Thiago.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

PISO DO MAGISTÉRIO: DEPUTADA FÁTIMA APRESENTA PROPOSTA A CÂMARA


Divulgação
A deputada federal Fátima Bezerra (PT) acompanhada do presidente da Comissão de Educação, deputado Newton Lima (PT) e do presidente da CNTE, Roberto Leão, apresentou ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), a nova proposta de atualização do Piso Salarial do Magistério. Proposta garante não só a reposição da inflação, mais também ganho real, ou seja, os professores terão garantidos a reposição salarial pelo INPC e mais 50% equivalente ao crescimento das receitas do Fundeb, anualmente.

Fátima Bezerra, que coordena o grupo de trabalho na Câmara criado para discutir o reajuste, ressalta a participação dos parlamentares que fazem parte do grupo e enaltece a contribuição que a CNTE, Undime, Campanha Nacional Pelo Direito à Educação, entre outros, deram para que a proposta chegasse a um consenso. “O resultado final do grupo foi muito positivo. Tivemos a capacidade de construir uma proposta que garante o ganho real para o salário do professor. Essa proposta ao mesmo tempo em que tem sustentabilidade orçamentária e financeira dialoga com a meta 17 do PNE no que diz respeito à valorização salarial e profissional do magistério”, explica Fátima.

O presidente Marco Maia elogiou o trabalho do grupo, considerou a proposta muito sensata e se colocou à disposição para contribuir.

O grupo vai ter audiência com o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e em seguida na Casa Civil. “Vamos apresentar a proposta e sugerir que seja editada uma Medida Provisória. Ao entrar em vigor, esta MP automaticamente tirará a eficácia da ADIN 4848 dos governadores por se tratar de uma nova legislação trabalhada em consenso e não questionada no Supremo Tribunal Federal”, disse Fátima.

Participaram da reunião representantes CNTE, Undime, UNE, Ubes, além dos deputados: Antônio Carlos Biffi - PT/MS, Waldenor Pereira - PT/BA, Pedro Uczai - PT/SC, Reginaldo Lopes – PT/MG, Luiz Carlos Setim - DEM/PR, Luiz Noé - PSB/RS, Jorginho Mello - PSDB/SC, Izalci – PSDB/DF, Luciana Santos - PCdoB/PE e Daniel Almeida - PCdoB/BA.