LAGOA DE MONTANHAS

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

FORROZEIROS TOCAM E CANTAM NO VELÓRIO DE DOMINGUINHOS



Publicação: 25/07/2013 10:20 Atualização: 25/07/2013 10:47

Foto: Teresa Maia/DP/D.A. Press
Foto: Teresa Maia/DP/D.A. Press

Nomes como Cezzinha, Cristina Amaral, Israel Filho e Petrúcio Amorim entoam sucessos como Eu só quero um xodó, e são acompanhados pelas pessoas que visitam o local, no velório que ocorre na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, na manhã desta quinta-feira.

O amigo do artista, Luiz Ceará, 65, o conhecia desde quando ele começou a frequentar seu restaurante, o Arriégua, no bairro da Várzera. "Era muito privilégio pra uma pessoa só almoçar sozinho com Dominguinhos, por isso convidava mais gente e sempre virava uma festa", relembra. Ceará conta que o artista gostava muito de comer bacalhau insosso e também comia escondido, galinha de capoeira com xerém.

Além de amigos, os dois eram confidentes. Luiz Ceará lembra o dia em que o safoneiro ligou para dizer que estava com câncer: "Veja a enrascada que eu estou!", disse Dominguinhos, e depois disso foi só choro. "Ele não era apenas um gênio da música, Dominguinhos tinha uma grande qualidade que era a bondade. A energia que ele passava era sempre de alegria", conta.

O sanfoneiro Cezzinha também fala sobre o mestre. "Dominguinhos era um anjo na terra. Ele foi responsável por tornar a música mais bonita e mais singela", conta. Segundo Cezzinha, ele recebia muitos conselhos de Dominguinhos. "Quando tiver tocando sanfona vou lembrar dele", garante.

O cantor Israel Filho, fala sobre o sanfoneiro."Dominguinhos representa pra mim o amigo verdadeiro. Ele era muito solidário com as pessoas, além de um extraordinário artista. Ele tinha o propósito de preservar sempre as amizades. E o vazio que ele vai deixar é grande", diz. "Com Dominguinhos eu aprendi a valorizar as canções, colocar sentimento em tudo que eu canto", completa.

Foto: Fellipe Torres/DP/D.A. Press
Foto: Fellipe Torres/DP/D.A. Press
Do lado de fora da Assembleia, fãs como o aposentado Manuel Francisco dos Santos, 73, conhecido como Manuel do Boi, não apenas passam para se despedir, como permanecem no local guardando o corpo. "A morte de Dominguinhos partiu uma banda do meu coração e a outra ficou. Acompanho a carreira dele desde o começo, junto com Luiz Gonzaga. Se pudesse ficava aqui o dia inteiro me despedindo dele, mas as pessoas não deixam", disse emocionado.

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