LAGOA DE MONTANHAS

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terça-feira, 5 de março de 2013

SINTE APONTA PÉSSIMAS CONDIÇÕES DA EDUCAÇÃO DO RN


Hoje pela manhã, Sindicato protocolou na Governadoria pauta de reivindicações da educação básico rede estadual de ensino. Foto: Wellington Rocha
Hoje pela manhã, Sindicato protocolou na Governadoria pauta de reivindicações da educação básico rede estadual de ensino. Foto: Wellington Rocha
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) foi à Governadoria na manhã desta segunda-feira (4) para protocolar a pauta de reivindicações da educação básica na rede estadual de ensino. Em reunião de portas fechadas com a chefe de gabinete do Gabinete Civil, Elisângela Janine Silva – que, alegando desconhecer o que seria discutido, não autorizou a equipe de O Jornal de Hoje acompanhar o momento – o Sindicato reforçou a necessidade de criar uma Política de Estado que beneficie os educadores, além de uma linha pedagógica eficiente.
“A pauta corresponde à reivindicação salarial dos funcionários da educação e dos professores, os quais exigem também o cumprimento da legislação em vigor sob aspectos relativos aos direitos funcionais da categoria e implementação de outros direitos. Nós também colocamos em pauta o eixo da expansão e qualidade da oferta do ensino, solicitando que o Governo do Estado implante uma linha pedagógica na rede”, afirma Fátima Cardoso, coordenadora geral do Sinte.
Dentre as novas reivindicações, Fátima explicou que o documento apresenta a necessidade de oferta do vale transporte acima do teto salarial, vale alimentação e vale cultura. “No nosso entender, esses pontos são complementos dos nossos salários em virtude deles serem muito baixos. A gente tenta sensibilizar o governo para aplicar uma Política de Estado e não de Governo, pois a cada mudança de gestor, um governo interrompe o trabalho do outro, deixando pedras no caminho”, reforçou a sindicalista.
A pauta de reivindicações tem relação com um modelo de estado que o Sinte compreende como sendo melhor para a população. Para a construção de uma escola de qualidade, é necessário que a escola comporte meios para uma formação de qualidade. Não é possível falar em boa escola, se encontramos precariedade no sistema.
Em relação a isso, o Sindicato ainda solicita que o governo possa compreender que as condições de trabalho interfiram diretamente no processo de aprendizagem do aluno. “E essas condições de trabalho que a categoria possui não são boas, chegando a interferir na saúde dos trabalhadores em Educação. Hoje nós temos um índice muito alto de profissionais com depressão, problemas cardíacos, neurológicos e físicos. As condições de trabalho e salários são tão baixas que levam a essa fase de adoecimento na educação”, disse Fátima.
A coordenadora do sindicato disse que vários fatores determinam as “péssimas condições” de funcionamento das escolas, a exemplo da violência. “A Escola tem a missão de ser um ambiente que comporte a paz. A violência vem de fora para dentro da Escola, refletindo diretamente na relação dos alunos com os profissionais”, disse. A sobrecarga do professor também está incluída nas condições anormais de trabalho.
Segundo estudo da Unesco, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, o professor tem uma carga horária semanal de 60h, e não de 40h como prevê a normalidade. A pesquisa levou em consideração as horas de trabalho em sala de aula e os trabalhos desenvolvidos em casa. “Se não houver uma valorização salarial, o professor vai continuar sendo explorado, sem conseguir reunir condições para se debruçar nas escolas”.

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