José Agripino Maia quer dar "direito de defesa" ao líder do Democratas no Senado
Envolto em um mar de suspeitas, desde que se descobriu as suas ligações perigosas e estreitas com Carlinhos Cachoeira, o rei da contravenção do bicho que está preso em Mossoró há algumas semanas, o senador goiano Demóstenes Torres respira por aparelhos mas ainda conta com a complacência do seu partido - o Democratas presidido por seu colega de bancada José Agripino Maia, parlamentar do Rio Grande do Norte.
Como de praxe, em terras potiguares, à imprensa tupiniquim que continua tratando-o como paladino da moral e dos bons costumes, Agripino andou dizendo que a situação de Demóstenes é grave e merece respostas rápidas e convincentes.
À mídia nacional, no entanto, a palavra do potiguar é outra.
Segundo a Folha de S.Paulo desta terça-feira, Agripino e a cúpula do Democratas só tomarão alguma providência se o procurador-geral Roberto Gurgel pedir abertura de inquérito. Até lá, Demóstenes continua intocável.
"Se o procurador pedir a abertura de inquérito é ruim", disse o senador do Rio Grande do Norte. E abrandou, cheio de dedos: "Mas é preciso dar direito de defesa ao Demóstenes".
Ontem, no entanto, alguns senadores foram a plenário e cobraram explicações de Demóstenes em discursos duros - como conta uma reportagem do jornal O Globo.
E ontem também o advogado do goiano, que é o líder do Democratas na casa, deu uma entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo dizendo que a amizade dele com Cachoeira é uma "questão de caráter".
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