LAGOA DE MONTANHAS

LAGOA DE MONTANHAS

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

EDUARDO CAMPOS USAVA JATO (DE USINEIROS) ILEGALMENTE

BRASÍLIA — O avião Cessna PR-AFA que caiu em Santos no último dia 13, matando o candidato à Presidência Eduardo Campos e mais seis pessoas, não poderia ter sido usado na campanha do PSB, segundo duas autoridades da Justiça Eleitoral ouvidas pelo GLOBO. Até hoje, o jato está registrado na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em nome da AF Andrade, um grupo de usineiros de Ribeirão Preto.
Pela resolução 23.406 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), uma empresa só pode doar produto ou serviço relacionado a suas atividades fins. Porém, não há registro de que a AF Andrade atue como empresa de táxi aéreo. Os gastos com o avião também não foram incluídos na primeira prestação de contas do PSB ao TSE.
RESOLUÇÃO IMPÕE RESTRIÇÃO
As restrições a transações como o empréstimo do avião de uma empresa privada aos candidatos do PSB estão previstas no artigo 23 da resolução 23.406. Pelo artigo, “bens e/ou serviços estimáveis em dinheiro doados por pessoas físicas e jurídicas devem constituir produto de seu próprio serviço, de suas atividades econômicas e, no caso dos bens permanentes, deverão integrar o patrimônio do doador”. Ou seja, uma empresa que não presta serviço aéreo não pode ceder avião para campanha eleitoral.
— A resolução é simples. Um posto de gasolina só pode doar gasolina, mas não pode doar papel. Empresas e pessoas só podem doar serviços e produtos de suas próprias atividades — explica um dos especialistas que trabalharam na definição das regras eleitorais.
PSB NÃO COMENTA USO DE AVIÃO
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A regra visa impedir “transgressão” de doações para campanhas eleitorais. O Código Aeronáutico Brasileiro também contém restrições a empréstimo de aviões não destinados a aluguel. Campos, e também Marina Silva, que era vice de sua chapa e agora é a candidata à Presidência, vinham usando o Cessna PR-AFA desde a pré-campanha.


Na quinta-feira, O GLOBO tentou falar com o coordenador financeiro da campanha do PSB, Henrique Costa. Segundo uma das assessoras de imprensa da campanha do PSB, os dirigentes do partido estavam em seguidas reuniões e não teriam como dar explicações ontem.
A AF Andrade informou, por intermédio de seu advogado, Ricardo Tepedino, que o avião que vitimou Campos era oficialmente da Cessna, e estava arrendado para a empresa de Ribeirão Preto, a compradora numa operação de leasing. Segundo Tepedino, o preço da aeronave era de US$ 8,5 milhões (R$ 19,2 milhões). Desse total, a AF Andrade pagou até agora apenas US$ 450 mil.
Antes do acidente, segundo o advogado, o avião foi negociado com os empresários pernambucanos Apolo Santana Vieira e João Carlos Lyra, que chegaram a pagar oito parcelas do leasing para a empresa norte-americana. Até a data do acidente, porém, a Cessna não havia aprovado a transferência para os novos donos. Na condição de proprietária que arrendou o avião, a Cessna precisa dar o sinal verde para o negócio, disse o advogado.
DONOS NÃO TÊM EMPRESA AÉREA
A Bandeirantes Companhia de Pneus, que pertence a Apolo Vieira, de Recife, foi a empresa que submeteu o seu nome e documentos à Cessna para assumir o leasing no lugar da AF Andrade; o negócio teria sido comunicado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Pela legislação eleitoral, Apolo e João Lyra não poderiam emprestar o avião para o PSB. Os dois não são proprietários de empresa de táxi aéreo. O PSB, como os demais partidos, tem até 4 de novembro para prestar contas à Justiça Eleitoral.
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A Anac confirmou ontem que recebeu os documentos da AF Andrade e também da Cessna e informou que está analisando as informações contidas nesses papéis. Os documentos, diz a Anac, também foram repassados à Polícia Federal para serem usados na investigação. “Reafirmamos que no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) consta como proprietária da aeronave a Cessna Finance Export Corporation e como operadora e arrendatária a AF Andrade Emp. e Participações, sem qualquer solicitação de alteração nesse registro junto à agência”, diz a Anac em nota.
HÁ 50 PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO
A Força Aérea Brasileira (FAB) está investigando as causas do acidente. A Polícia Civil de São Paulo e Polícia Federal também estão investigando o desastre. As duas polícias têm como outra tarefa identificar devidamente os verdadeiros donos do jato. A informação é importante para nortear ações e pedidos de indenização de moradores de Santos que tiveram algum tipo de prejuízo com o acidente. Pelo menos 50 pedidos de indenização já foram apresentados a polícia, segundo o “Jornal Nacional”.

PESQUISA:HENRIQUE E ROBINSON EMPATAM EM NATAL

Henrique e Robinson estão empatados em Natal, aponta pesquisa do Seta

gove 1
A corrida eleitoral para o governo segue acirrada e aberta em Natal. É o que aponta a mais nova pesquisa do Seta Instituto divulgada hoje (22) em parceria com o portal Nominuto.com. Na estimulada, Henrique Alves (PMDB) obteve 29,4% das intenções de voto na capital, seguido de perto por Robinson Faria (PSD) com 27,5%, numa clara situação de empate técnico.
Simone Dutra (PSTU) aparece em terceiro com 4,6% das preferências; Robério Paulino (PSOL) tem 3,8%; e Araken Farias (PSL) registra 2,9%. Brancos, nulos e nenhum somaram 16,6%; e não sabe ou não respondeu 15,2%.
O Seta Instituto ouviu 800 eleitores entre os dias 16 e 17 de agosto nas quatro zonas administrativas da capital. A margem de erro é de 3%, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa Nominuto/Seta foi registrada no TRE-RN com o número 00014/2014.
Espontânea
gove 2
Na pergunta espontânea para o governo, Henrique Alves obteve 24,2% das preferências. Robinson Faria vem logo em seguida com 21,8% das intenções de voto, mantendo o empate técnico em relação ao candidato do PMDB. Simone Dutra registrou 4,2% das citações; Robério Paulino 2,9%; e Araken Farias 2,2%. Brancos, nulos e nenhum somaram 23,3%; e não sabem ou não responderam 21,4%.
Rejeição
gove 3
Henrique Alves registrou maior rejeição, com 22,2% das citações. Robinson Faria é o segundo maior rejeitado, com 19,4%. Robério Paulino é rejeitado por 12,7% dos entrevistados do Seta Instituto; Simone Dutra por 4,8%; e Araken Farias por 4,9%. Brancos, nulos e nenhum somaram 20,2%; não sabe ou não responderam 15,8%.

FATIMA BEZERRA LIDERA PESQUISA EM NATAL

Fátima Bezerra abre pequena vantagem na briga do Senado

senado 1
Por uma pequena margem na intenção de votos, a candidata Fátima Bezerra (PT) lidera a corrida pela única vaga do Senado entre os eleitores de Natal. A petista aparece com 29,1% das preferências na pesquisa estimulada do Seta Instituto. Wilma de Faria (PSB) vem logo em seguida com 25,8% das intenções de voto. As duas estão empatadas dentro da margem de erro, que é de 3% para mais ou para menos, na mais nova pesquisa Nominuto/Seta divulgada nesta sexta-feira (22).
A professora Ana Célia (PSTU) aparece em terceiro lugar com 3,9%; seguida de Roberto Ronconi (PSL) com 3,2%; e de Lailson de Almeida (PSOL) com 2,6% das citações. Brancos, nulos e nenhum somaram 18,4%; e não responderam ou não sabem 17%.
Espontânea
senado 2
Na pergunta espontânea para o Senado, Fátima Bezerra também lidera com 24,2% das citações; seguida de Wilma de Faria com 20,9%; Ana Célia com 3,4%; Roberto Ronconi com 2,8%; e o professor Lailson de Almeida com 2,1%. Brancos, nulos e nenhum somaram 26,5%; e não responderam ou não sabem 20,1%.
Rejeição
senado 3
Na briga pelo Senado, Wilma apresenta maior rejeição com 32,2% das respostas; Fátima é rejeitada por 21,3% dos entrevistados; Ronconi, por 10,4%; professora Ana Célia por 4,7%; e Lailson por 4,5% dos natalenses. Brancos, nulos e ninguém somaram 16,1%; e não responderam ou não sabem totalizaram 10,8%. O Seta Instituto ouviu 800 eleitores entre os dias 16 e 17 de agosto nas quatro zonas administrativas da capital. A margem de erro é de 3%, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa Nominuto/Seta foi registrada no TRE-RN com o número 00014/2014.

DILMA LIDERA PESQUISA ESPONTANEA EM NATAL

Dilma lidera voto espontâneo do natalense

presidente 1
Dilma Rousseff lidera a corrida presidencial entre os eleitores de Natal, registrou a mais nova pesquisa do Nominuto/Seta divulgada nesta sexta-feira (22). A presidente, candidata à reeleição, obteve 39,9% das intenções de voto na espontânea – por causa da morte de Eduardo Campos, o instituto optou por fazer apenas a pergunta espontânea.
Aécio Neves (PSDB) foi citado por 9,5% dos eleitores; Marina Silva (PSB) por 3,8%; Pastor Everaldo (PSC) por 3,6%; Eduardo Campos (PSB) por 1,9%; Levi Fidélix (PRTB) 1,8%; Zé Maria (PSTU) por 1,5%; Luciana Genro (PSOL) por 1,4%; Eymael (PSDC) 1%; e Rui Costa Pimenta (PCO) 1%. Eduardo Jorge (PV) e Mauro Iasi (PCB) foram citados por apenas 0,8% dos entrevistados do Seta. Brancos, nulos e nenhum somaram 19,7%; e 13,3% não responderam.
Aprovação dos governantes
presidente 2

A presidente Dilma Rousseff é aprovada por 54,2% dos entrevistados. O percentual de desaprovação é de 35,3%. Segundo o Seta Instituto, 6,8% dos eleitores se mostraram indiferentes; e 3,7% não responderam. Já a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) é desaprovada por 78,9% dos entrevistados. Apenas 8,8% aprovaram o atual chefe do executivo estadual; 9,1% se mostraram indiferentes; e 3,2% não souberam ou não quiseram responder.
O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), anda bem na foto. Segundo o Seta, 64,4% dos entrevistados aprovam o pedetista; 14% desaprovam; 18,8% se mostraram indiferente; e 2,8% não souberam ou não quiseram responder. O Seta Instituto ouviu 800 eleitores entre os dias 16 e 17 de agosto nas quatro zonas administrativas da capital. A margem de erro é de 3%, para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa Nominuto/Seta foi registrada no TRE-RN com o número 00014/2014.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

JINGLE DE ROBINSON SOFRE AMEAÇA DE PROCESSO

Jingle do PSD utilizaria, sem autorização, música de compositores baianos.
O que foi pensado para fazer decolar a candidatura de Robinson Faria ao Governo do Estado pode acabar se tornando uma enorme dor-de-cabeça. O jingle do candidato do PSD, cantado por Alcimar Monteiro no primeiro programa de TV, utiliza sem autorização a música dos compositores baianos Carlos Pitta e Edmundo Caroso, “Cometa Mambembe”. Pitta não gostou nem um pouco de ver sua música ligada a uma campanha política e pretende processar o candidato.
Segundo Carlos Pitta, ele não foi consultado para que o jingle, que utiliza a mesma melodia e faz uma paródia da letra, fosse usado por campanha alguma. “Eu não aceito paródia nenhuma da minha música e muito menos paródia para campanha política. Isso é uma falta de respeito, não autorizei em nenhum momento e nem o meu parceiro autorizou absolutamente nada”, reclama.
Abrir um processo judicial por conta do uso é uma das possibilidades estudadas atualmente pelos compositores da canção. “Nós podemos abrir um processo. Nós temos advogados de direitos autorais constituídos para esse tipo de coisa. Eu sou um compositor de mais de 500 músicas gravadas no mundo todo, então eu tenho uma representatividade com o meu trabalho”, avalia Carlos Pitta.
O cantor baiano acredita que a utilização deturpou a sua obra. “Existe um elo sagrado entre mim e as minhas composições. Ninguém pode deturpar uma obra artística, você não pode deturpar um quadro de Picasso, por exemplo. É preciso ter respeito pela criação”, lamenta.
O compositor considera a utilização para campanha política uma invasão de propriedade e reitera que a obra artística não é de domínio público. “Isso é uma invasão de propriedade. É uma propriedade autoral nossa e eles não poderiam nunca fazer isso. Essa música tem compositores, tem uma editora, então tem uma representatividade. Essa música não é domínio público”, ressalta.
No primeiro programa de campanha de Robinson Faria, a música composta por Carlos Pitta e Edmundo Caroso é o pano de fundo de um clipe onde o candidato cumprimenta pessoas nas ruas. A letra original (“E tenha fé no azul que tá no frevo que o azul é a cor da alegria um cavalo mambembe sem relevo um galope de Olinda pra Bahia”) é modificada para conter o discurso do candidato (“tenha fé na força do vermelho que o vermelho é a cor da alegria e o Rio Grande do Norte unido e forte com a força de Robinson Faria”). Alcimar Monteiro, que inclusive já gravou a versão original da composição, canta o jingle.
Carlos Pitta consigera descabido da parte da campanha de Robinson utilizar uma música de sucesso como jingle sem pedir autorização dos seus compositores. Isso em tempo de internet. “Hoje em dia todo mundo sabe de tudo porque tudo é muito rápido e a rede de computadores funciona. Você sabe o que acontece no Japão, por exemplo, em questão de minutos. Então, as pessoas deveriam se preocupar mais com isso”, explica, acrescentando que dificilmente a “utilização indevida” passaria despercebida.
A composição está registrada no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) sob o número T-039.053.938-4. O registro foi feito em 2007 no nome de Carlos Pitta e José Edmundo Silva de Almeida (Edmundo Caroso). Pitta e Caroso irão se reunir nesta quinta-feira (21) com o seu advogado para decidir quais as medidas judiciais cabíveis.
A música
Comete Mambembe foi composta em 1983 e se transformou num sucesso com o cantor alagoano Carlos Moura, conquistando mais de 60 regravações desde então. Bandas como Araketu, Chiclete com Banana e Banda Eva, além de Luiz Caldas regravaram a canção. A música é uma mistura de frevo e arrastapé, com influência de Luiz Gonzaga e compositores pernambucanos como Capiba e Duda do Frevo.
“Essa música teve exibição no Fantástico e passou mais de cinco anos como a mais tocada do carnaval de Salvador. É talvez uma das poucas músicas compostas na Bahia que toca no carnaval de Pernambuco”, conta Carlos Pitta.
CLIQUE AQUI E OUÇA O JINGLE
Fonte: http://jornaldehoje.com.br/

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

PESQUISA INDICA QUE MARINA PODE VENCER NO 2º TURNO

Do G1, em São Paulo
Datafolha -18/08/2014 (Foto: Editoria de Arte / G1)
Pesquisa feita pelo Datafolha para o jornal "Folha de S.Paulo" divulgada na edição desta segunda-feira (18) mostra Dilma Rousseff (PT) com 36% das intenções de voto para presidente, seguida de Marina Silva (PSB), com 21%, e Aécio Neves (PSDB), com 20%.
É a primeira pesquisa que inclui um cenário em que a ex-senadora Marina Silva é o possível nome do PSB no lugar do ex-governador Eduardo Campos, que morreu na quarta-feira (13), em um acidente de avião. O PSB ainda não definiu se Marina será a candidata substituta, mas lideranças dão a escolha como certa.
No levantamento anterior do Datafolha, realizado nos dias 15 e 16 de julho e divulgado no dia 17, Dilma tinha 36%, Aécio, 20%, e Eduardo Campos, 8%.
O percentual de entrevistados que disseram não saber em quem votar ou que não responderam foi de 14% em julho e agora atingiu 9%. Brancos e nulos eram 13%; agora são 8%. O quarto colocado na pesquisa, pastor Everaldo (PSC), aparece com 3% das intenções de voto; no levantamento anterior, tinha os mesmos 3%.
A pesquisa mostra que, se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno: Dilma teria 36% contra 46% da soma dos demais candidatos. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 36% contra 36% dos demais, o que indicava uma incerteza sobre a necessidade de segundo turno.
O resultado da atual pesquisa mostra que, se for confirmada candidata do PSB no lugar de Campos, Marina começa a campanha em situação de empate técnico com Aécio Neves, numericamente à frente do tucano: 21% a 20%, dentro da margem de erro, de dois pontos percentuais.
Marina larga também em situação de empate técnico com Dilma na simulação de segundo turno: Marina com 47% e Dilma com 43%. O Datafolha não pesquisou um cenário entre Marina e Aécio. No cenário entre Dilma e Aécio, a petista tem 47%, e o tucano, 39%.
O levantamento foi encomendado pelo jornal “Folha de S.Paulo”. O Datafolha ouviu 2.843 eleitores em 176 municípios nos dias 14 e 15 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00386/2014.
Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada (em que a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado):
- Dilma Rousseff (PT): 36%
- Marina Silva (PSB): 21%
- Aécio Neves (PSDB): 20%
- Pastor Everaldo (PSC): 3%
- José Maria (PSTU): 1%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- Luciana Genro (PSOL): 0%
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidelix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
- Brancos/nulos/nenhum: 8%
- Não sabe: 9%
Segundo turno
Nas simulações de segundo turno, o Datafolha avaliou os seguintes cenários:
- Marina Silva: 47%
- Dilma Rousseff: 43%
- Dilma Rousseff: 47%
- Aécio Neves: 39%
O Datafolha não realizou a simulação de uma disputa entre Aécio Neves e Marina Silva.
Rejeição
A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Confira abaixo:
- Dilma Roussef: 34%
- Aécio Neves: 18%
- Pastor Everaldo: 17%
- Zé Maria: 16%
- Eymael e Levy Fidelix e Rui Costa: 13%
- Marina Silva, Luciana Genro e Mauro Iasi: 11%
- Eduardo Jorge: 10%
Avaliação da presidente
A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma tem a aprovação de 38% dos eleitores – no levantamento anterior, divulgado em 17 de julho, o índice era de 32%. O percentual de aprovação considera os entrevistados que avaliaram o governo como "bom" ou "ótimo". A pesquisa mostra ainda que o índice dos que desaprovam a gestão, ou seja, consideraram o governo "ruim" ou "péssimo", foi de 23% (era 29%). Dos ouvidos, 38% consideram o governo como "regular" (mesmo percentual anterior).
O resultado da pesquisa de avaliação do governo Dilma foi o seguinte:
- Ótimo/bom: 38%
- Regular: 38%
- Ruim/péssimo: 23%

terça-feira, 12 de agosto de 2014

ENTREVISTA DE AÉCIO NEVES AO JORNAL NACIONAL

O Jornal Nacional abre hoje a série de entrevistas, ao vivo, com os principais candidatos à Presidência da República. Nós vamos abordar os temas polêmicos das candidaturas e também confrontar os candidatos com o seu desempenho em cargos públicos. Nas próximas semanas, os candidatos estarão também no Bom Dia Brasil e no Jornal da Globo.

O sorteio realizado com a supervisão de representantes dos partidos determinou que o candidato do PSDB, Aécio Neves, seja o entrevistado de hoje.
William Bonner: Boa noite, candidato.
Aécio Neves: Boa noite, Bonner. Boa noite, Patrícia. Boa noite, brasileiros de todas as partes do país, que nos ouvem aqui hoje. Prazer enorme estar aqui.
William Bonner: Obrigado. O tempo total da entrevista é de 15 minutos, dos quais nós reservamos o último minuto e meio para que o candidato fale resumidamente, claro, sobre os projetos que ele considera prioritários caso seja eleito. E o tempo começa a ser contado a partir de agora. Candidato, quando o senhor critica a situação da economia brasileira, o senhor tem dito que, seja quem for o presidente eleito para o ano que vem, vai ter que fazer uma arrumação da casa. O senhor já mencionou choque de gestão, redução de número de ministérios, redução de cargos comissionados. O senhor já falou em combate a desperdícios. Mas economistas que concordam com o seu diagnóstico para a economia brasileira dizem que essas medidas que o senhor tem anunciado não bastam, elas não seriam suficientes para resolver. Que seria necessário que o governo fizesse um corte profundo de gastos. Que seria necessário que o governo também eliminasse a defasagem de tarifas públicas como preço da gasolina e energia elétrica. A questão é a seguinte: o senhor não vai fazer essas medidas que os economistas defendem? Ou o senhor está procurando não mencionar essas medidas, porque elas são impopulares?

Aécio Neves: Bonner, eu tenho dito em todos os fóruns e aqui, a vocês, de forma muito clara. Vou tomar as medidas necessárias a que o Brasil retome o ritmo de crescimento minimamente aceitável. Não é adequado, não é compreensível que um país com as potencialidades do Brasil seja o lanterna do crescimento na América do Sul. E estejamos aí de novo com aquela agenda que achávamos já derrotada há tempos atrás, como a da inflação, de novo a atormentar a vida do cidadão, da cidadã brasileira. Eu tenho tido a oportunidade de me reunir, Bonner, com alguns dos mais talentosos economistas do Brasil. Mas, na outra ponta também, eu tenho conversado com as pessoas. O que o brasileiro quer? Transparência. Um governo que tenha coragem de fazer aquilo que seja necessário. Nós vamos, sim, enxugar o estado. Não é admissível, não é razoável que nós tenhamos hoje 39 ministérios. Não apenas pelo custo dos ministérios, mas pela incapacidade deles de apresentarem resultados, entregarem serviços de qualidade às pessoas. E estejamos hoje vivendo uma política externa, cujo o alinhamento ideológico é prioridade sobre o pragmatismo, sobre o interesse real do Brasil e da nossa economia. E tudo isso levou a uma crise de confiança muito grande no Brasil.

William Bonner: Mas o senhor não respondeu a minha pergunta. A minha pergunta é se entre essas necessidades se inclui a redução dos gastos públicos e o fim dessa defasagem das tarifas de energia e gasolina.

Aécio Neves: Não, eu respondo com absoluta clareza. Começando do final. No meu governo vai haver previsibilidade em relação a essas tarifas e em todas as medidas do governo. Ninguém espere no governo Aécio Neves o pacote A, o PAC disso, o PAC daquilo. Ou algum plano mirabolante.

William Bonner: Mas o senhor vai aumentar as tarifas?

Aécio Neves: Nós vamos tomar as medidas necessárias. É óbvio que nós vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Quando e como? Obviamente, quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer tomar aquilo que seja necessário. As medidas necessárias para controlar a inflação, retomar o crescimento e, principalmente, Patrícia e Bonner, a confiança perdida no Brasil. Porque essa desconfiança em relação ao nosso país afugenta os investimentos. E os investimentos indo embora, os empregos vão embora. Olha, o saldo da balança comercial de manufaturados, dos produtos que mais agregam valor, produzidos no Brasil, no ano passado, foi negativo em R$ 107 bilhões. Sabe o que isso significa? Que os empregos que deveriam estar sendo gerados no Nordeste brasileiro, no Centro-Oeste, no Norte, estão sendo gerados na Ásia e em outras partes do mundo. Isso tem que acabar.

Patrícia Poeta: Candidato, o seu partido é crítico ferrenho de casos de corrupção que envolvem o PT. Mas o seu partido também é acusado de envolvimento em escândalos graves de corrupção. Como é o caso do mensalão mineiro e também do pagamento de propina a funcionários públicos pelo cartel de trens e metrôs de São Paulo. Isso para citar dois exemplos. Toda vez que escândalos como esses vêm a público, tanto o PT quanto o PSDB usam o mesmo discurso. Um discurso óbvio e correto. Que tudo tem que ser investigado, que se houver culpado tem que ser punido. Por que o eleitor iria acreditar que exista diferença entre os dois partidos quando o assunto é esse: corrupção?

Aécio Neves: Patrícia, eu acho que a diferença é enorme. Porque no caso do PT houve uma condenação pela mais alta corte brasileira. Estão presos líderes do partido, tesoureiros do partido, pessoas que tinham postos de destaque na administração federal, por denúncia de corrupção. Eu nunca torci para ninguém ser preso. Sendo aliado ou adversário. Apenas torcia sempre e esperava que a Justiça se manifestasse. Em relação ao PSDB ou aqueles sem partido, se tiverem denúncias que sejam consistentes, têm que ser investigadas e têm que responder por elas. O que eu posso garantir é que, no caso do PSDB, se eventualmente alguém for condenado, não será, como foi no PT, tratado como herói nacional. Porque isso deseduca. Portanto, todos os partidos estão aí e têm a possibilidade de ter nomes que sejam envolvidos em quaisquer denúncias. Apuração e punição: é isso que esperam os brasileiros, independente da filiação partidária.
Patrícia Poeta: Mas candidato, vamos pegar um exemplo aqui: Eduardo Azeredo, que foi um dos principais acusados de ser beneficiado no escândalo do mensalão mineiro, renunciou e por isso não foi julgado ainda. Ele está ao seu lado, no seu palanque, apoiando essa campanha eleitoral. Isso de uma certa forma lhe causa algum desconforto, não é passar a mão na cabeça das pessoas, de alguém do partido, um réu, nesse caso?

Aécio Neves: Ele está me apoiando, você colocou bem, Patrícia, não é o inverso. Ele é um membro do partido e que tem a oportunidade de se defender na Justiça, vamos aguardar que a Justiça possa julgá-lo, se condenado, ele vai ser punido, mas eu não prejulgo, não prejulguei os petistas, não vou prejulgar os tucanos. O que eu posso te dizer e reitero aqui: independente do partido político, eu acho que qualquer cidadão tem que responder pelos seus atos. E o Eduardo vai responder pelos dele. Vamos deixar que ele possa se defender.

William Bonner: Candidato, quando o senhor era governador do estado de Minas Gerais, o senhor construiu um aeroporto no município de Cláudio, a sua família tem uma fazenda a seis quilômetros desse aeroporto e a pista foi construída ao lado de terras do seu tio-avô. O senhor já disse diversas vezes que não houve nenhuma irregularidade nisso, que as terras eram públicas, porque já tinham sido desapropriadas, inclusive a sua família discorda do valor arbitrado para essa desapropriação, contesta esse valor, considera injusto, está na Justiça. O senhor disse também que o aeroporto foi criado pelo senhor para beneficiar a economia da região. E desde que esse assunto surgiu, o único erro que o senhor admite ter cometido, eu vou ler as suas palavras, o senhor disse que ‘viu aquela obra com os olhos da comunidade local e não da forma como a sociedade a veria à distância’. Eu pergunto: mesmo aos olhos da comunidade local, candidato, o senhor considera republicano construir um aeroporto que poderia ser visto como um benefício para a sua família, no mínimo, por valorizar as terras dela?

Aécio Neves: Bonner, eu tenho que agradecer muito a oportunidade que você me dá de tocar nesse tema. Esperava ter essa oportunidade para fazê-lo. O meu governo foi um governo republicano, foi um governo absolutamente transparente. Eu transformei Minas Gerais num estado, Bonner, que tem a melhor educação do Brasil no ensino fundamental, a melhor saúde de toda a Região Sudeste. Nós ligamos num planejamento, aliás, algo em falta hoje no plano federal, todas as cidades mineiras que não tinham asfalto, 225 cidades foram ligadas por asfalto no meu governo. Quatrocentos e cinquenta cidades não tinham telefonia celular, eu fiz a primeira PPP do Brasil e liguei essas cidades ao desenvolvimento através da telefonia celular e fiz um programa chamado ProAero que ligou 29 cidades de um total de 92 aeroportos que existem espalhados por Minas, você sabe que Minas é o estado que tem o maior número de municípios, somos 853, como instrumento do desenvolvimento regional, e, veja bem, nesse caso, especificamente, se houve algum prejudicado foi esse meu tio-avô, porque o estado avaliou aquela área em R$ 1 milhão, ele reivindica na Justiça R$ 9 milhões, não recebeu R$ 1 até hoje. Foi feito assim de forma transparente, absolutamente republicana, e a população daquela localidade sabe a importância desse aeródromo, uma pista asfaltada.
William Bonner: Mas candidato, essa questão produziu muita polêmica porque, imediatamente, levantou-se uma suspeita sobre o benefício a sua família, que o senhor diz não ter havido. E o senhor tem algum tipo de constrangimento ético pelo fato de ter utilizado essa pista quando visitou a fazenda da sua família?
Aécio Neves: Não, não tenho, até porque não sabia que essa pista não estava homologada, aliás essa é uma questão.

William Bonner: Perdão, mas não se trata da questão da homologação. A homologação é uma questão burocrática. A minha pergunta é sobre usar um aeroporto que foi construído pelo estado de Minas Gerais para visitar uma fazenda sua. Isso não lhe constrange?

Aécio Neves: Bonner, eu visitei praticamente todos os aeroportos de Minas Gerais, trabalhando como governador do estado e o fato central é esse, que a Anac, porque é muito aparelhada hoje, nós sabemos a origem das indicações da Anac, durante três anos não conseguiu fazer o processo avançar e homologar o aeroporto. Bonner, o meu governo é reconhecido em Minas Gerais como o governo transformador. Eu deixei Minas com 92% de aprovação e é exatamente essa experiência republicana, correta, transparente do meu governo que eu quero implementar no Brasil. Não há nenhum constrangimento, Bonner.

William Bonner: Para fechar essa questão: o que vale mais, uma fazenda com um aeroporto ao lado ou uma fazenda sem um aeroporto ao lado?

Aécio Neves: Olha essa fazenda que você se refere, é uma fazenda que está na minha família há 150 anos, tem lá 14 cabeças de gado. Essa é a grande fazenda. É um sitio que valorizado ou não, Bonner, é um sítio onde a minha família vai, eventualmente, nas férias, ali ninguém está fazendo um negócio. Essa cidade precisava desse aeroporto como todas as outras que tiveram investimentos em Minas Gerais, eu nunca na minha vida inteira fiz nada aquilo que eu não pudesse defender de cabeça erguida. Criou-se em torno desse caso uma celeuma, que você próprio deve estar surpreso agora, é um sítio da nossa parte talvez de 30 alqueires, algo absolutamente familiar, pequeno. Nada a ver com esse aeroporto, até porque nesse local já havia uma pista que eu poderia ter descido numa pista que estava lá há mais de 20 anos.

Patrícia Poeta: Candidato, vamos falar de programas sociais. O senhor tem dito que vai manter alguns dos principais programas sociais do governo atual, como é o caso do Bolsa Família, o ProUni, o Pronatec, o Mais Médicos e também a política de reajuste do salário mínimo. A sensação que dá para muitos eleitores, é que o senhor, sim, aprova o desempenho do PT nessa área, na área social. Por que então esses eleitores iriam querer mudar de presidente?
Aécio Neves: Porque a verdade é essa, Patrícia. Todos percebemos de forma muito clara que o Brasil parou de crescer. Os empregos de boa qualidade deixaram de ser gerados aqui. E até os de baixa qualidade também, segundo os últimos dados oficiais, estão deixando de acontecer. A grande realidade é que administrar, e olha que eu fui um governador razoavelmente exitoso, é transformar, e transformar para melhor as boas experiências. O que é o Bolsa Família, Patrícia? O Bolsa Família é a junção do Bolsa Escola, do Bolsa Alimentação, do Vale Gás, que vieram do governo do presidente Fernando Henrique, e corretamente o presidente Lula os unificou e adensou. Não só vou continuar com o Bolsa Família, como eu quero que, além da privação da renda, as pessoas que o recebem possam ter uma ação do estado, para que outras carências de saneamento, de educação, de segurança, possam também ser sanadas. O Prouni é uma inspiração de uma experiência do governo de Goiás. Todo mundo, de alguma forma, copia e aprimora e ninguém tem que ter vergonha disso. O meu governo, ele vai ser renovador no padrão ético, no padrão moral, em relação a esse governo, e vai ampliar as boas políticas. Mas certamente vai ser um governo que vai resgatar a capacidade de o Brasil crescer.

Patrícia Poeta: O senhor quer manter e aprimorar esses programas sociais.
Aécio Neves: É isso que deve fazer o bom gestor.
Patrícia Poeta: Candidato, como é que o senhor explica o desempenho no campo social de um estado rico como Minas Gerais que, hoje, sustenta o menor Índice de Desenvolvimento Humano de toda a Região Sudeste e ocupa a nona posição no ranking nacional, entre todos os estados brasileiros. Estava em oitava posição anos atrás e agora está em nona posição.

Aécio Neves: Patrícia, estes números têm que ser vistos no seu conjunto. Minas Gerais avançou e avançou muito. Agora Minas tem no nosso território, incrustado no nosso território, o Vale do Jequitinhonha, o norte mineiro, o Mucuri, que é uma região, que, historicamente, tem um IDH menor do que a média do Nordeste. O grande esforço do nosso governo foi reduzir essas diferenças. E fizemos isso. Minas tem hoje a melhor educação fundamental do Brasil, mesmo sendo um estado heterogêneo, e não sendo o mais rico dos estados brasileiros. A melhor saúde de toda Região Sudeste. E é um estado que se desenvolve muito. Qual que é a questão específica? Nós tivemos um momento ruim, de determinadas atividades econômicas nossas, que perderam valor, como minério e o café. Essa sazonalidade existe. Mas Minas é hoje referência, não apenas no Brasil, mas fora do Brasil, pelos organismos internacionais, como Banco Mundial, de um modelo a ser seguido, de um estado com sensibilidade social e com gestão profissional.

William Bonner: O senhor mencionou já duas vezes a saúde em Minas Gerais, o senhor tem dito que é a melhor do Sudeste, a quarta melhor do Brasil. No entanto, os analistas que se debruçaram sobre investimentos públicos na saúde de Minas afirmam que isso foi muito mais resultado de investimentos da União e de municípios do que do estado. O senhor não considera a saúde uma prioridade também de governos estaduais, candidato?

Aécio Neves: Absoluta. O que nós fizemos em Minas, Bonner, é transformador. Qualquer especialista nessa matéria reconhece isso. Eu estive há poucos dias atrás reunido na USP. Com a diretora da USP e outros renomados especialistas em saúde pública. No meio da reunião, vou aqui confidenciar isso, a diretora da USP disse pra mim o seguinte: ‘Aécio, você não tem nada o que aprender conosco aqui sobre saúde pública, não. O que vocês fizeram em Minas foi transformador’. Seja em relação à saúde preventiva, onde nós dobramos os números de equipe do programa Saúde da Família, quanto na qualificação dos hospitais através do Pro-Hosp, na preparação das pessoas. Saúde é prioridade para qualquer governo responsável e será no nosso.
Patrícia Poeta: Candidato, nosso tempo está acabando. Última pergunta. Dos projetos que o senhor tem para o país, quais seriam os prioritários?

Aécio Neves: Na verdade, Patrícia, eu quero governar o Brasil para iniciar um novo ciclo de desenvolvimento no país, um ciclo que concilie ética com eficiência. Sem dúvida alguma os quadros que nós temos à nossa disposição e a coragem que teremos para fazer o que precisa ser feito é que permitirá que, no nosso governo, o Brasil volte a crescer. Mas eu quero melhorar o Brasil é para a dona Brenda, que eu conheci essa semana, lá nas margens do Rio Negro, no Amazonas, que quer um posto de saúde melhor na sua comunidade. Ou para o seu Severino, lá de Mauriti no Ceará, que espera que as obras do São Francisco possam chegar perto da sua casa, ele já acha que só os seus netos é que verão. Eu quero que a Suelen, lá de Campina Grande, que eu conheci no ano passado, continue vendendo na feira como vendia, não vende mais porque a inflação está aí a perturbar a vida de todos. Eu quero fazer um governo para as pessoas, um governo responsável, corajoso, mas que pense naquele que mais precisa da ação do estado. Por isso, eu, neste instante, peço a você que está nos ouvindo, o voto, o seu apoio para transformarmos de verdade o Brasil. Vocês vão se orgulhar muito disso.

Patrícia Poeta: Obrigada pela sua participação aqui na bancada do Jornal Nacional. Lembrando que amanhã o entrevistado ao vivo aqui no Jornal Nacional será o candidato do PSB, Eduardo Campos.

sábado, 9 de agosto de 2014

MAIS UM FENOMENO DA SUPERLUA NESTE DOMINGO


Cristiano Estrela/Agência RBS
Superlua é o nome dado a um fenômeno em que a Lua aparece maior e mais brilhante no céu.
Olhar a lua neste domingo (10) vai ser muito mais interessante. Isso por que a superlua – nome dado a um fenômeno em que a Lua aparece maior e mais brilhante no céu – no domingo.

Os brasileiros podem observá-la melhor assim que o satélite nascer por volta das 18h, na direção leste.
A Lua vai ficar a 356.896 quilômetros da Terra.  A distância média é de aproximadamente de 380.000 quilômetros. Ainda há uma expectativa é que o satélite aparente estar 14% maior e 30% mais brilhante que em uma lua cheia é normalmente.

O fenômeno acontece quando o perigeu lunar, ponto da órbita no qual o satélite está o mais próximo possível da Terra, coincide com o ápice da Lua cheia.

Uma superlua, nome dado a um fenômeno em que a Lua aparece maior e mais brilhante no céu, poderá ser vista neste domingo.

O ápice da superlua vai ser às 15h09 (em Brasília), quanto a Lua ainda não pode ser vista no Brasil, mas o efeito permanecerá durante a noite.
Por isso, a recomendação é observar o satélite no início da noite, para aproveitar uma "ilusão de ótica" que a faz parecer maior.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

MAIS UM INSTITUTO DE PESQUISA DIVULGA NÚMEROS PARA A ELEIÇÃO NO RN

O candidato do PMDB, Henrique Alves, entretanto, venceria a eleição, com 28,2% dos votos, contra 26,4% do candidato do PSD, Robinson Faria


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
 
http://jornaldehoje.com.br/
Alex Viana
Repórter de Política

O Instituto GPP, de São Paulo, apontou empate técnico na medição da intenção de voto do eleitor potiguar na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte. Os dados foram revelados esta manhã, no Jornal da Cidade, da FM 94. A Rádio Cidade foi a contratante da pesquisa. De acordo com os números, se a eleição para governador do Estado fosse hoje, haveria empate técnico entre os principais postulantes ao cargo.
O candidato do PMDB, Henrique Alves, entretanto, venceria a eleição, com 28,2% dos votos, contra 26,4% do candidato do PSD, Robinson Faria. Com esse percentual, Henrique teria 49% dos votos válidos, contra 45,5 de Robinson, fato que significaria a realização de um novo turno eleitoral, no último domingo de outubro.
Entre os demais postulantes ao cargo de governador, Robério Paulino (PSOL) aparece melhor situado, com 2% das intenções de voto. Ele é seguido por Simone Dutra (PSTU), com 1%, e Araken Farias (PSL), com 0,3%. Brancos e Nulos somaram 21,3% e não souberam optar, 20,08%.
O Instituto GPP ouviu 600 pessoas em todo o RN, com uma margem de erro de 4%, para mais, ou para menos. O levantamento foi realizado entre os dias 1º e 4 de agosto. Os dados não contemplaram a rejeição aos candidatos, nem houve levantamento com pesquisa não estimulada.
REGIÕES
Por regiões, a pesquisa GPP revela que Robinson vence em Natal, a capital do Estado. Ele teria 22,9% dos votos, contra 20,7% de Henrique. O peemedebista, entretanto, se recupera na Grande Natal, com 31,5%, e no interior, com 30,6%, ante 25,7% e 28,1%, de Robinson, respectivamente.
Segundo o GPP, houve aumento do número de eleitores que estão com voto consolidado para as eleições deste ano. Em junho, o percentual dos que não mudariam o voto de jeito nenhum era de 38,3%, ante 41,8% em agosto. O instituto aponta que 36,9% dos eleitores ainda estão com o voto indefinido.
ESTAGNAÇÃO
A pesquisa do Instituto GPP revela, ainda, que praticamente não houve mobilidade de pontuação entre os candidatos, no comparativo com a pesquisa anterior do mesmo instituto, de junho. No primeiro levantamento, Henrique tinha 28%, Robinson, 26,9%, Robério 0,3%, Simone 2,1% e Araken, 1,3%. Brancos e nulos somavam 26%, não souberam ou não quiseram responder, 14,4%.
O nível de conhecimento dos eleitores sobre os candidatos ao governo também foi medido pelo GPP. De acordo com a pesquisa 58,4% dos entrevistados disseram “conhecer bem” o candidato Henrique Eduardo Alves, enquanto que 45,3% afirmara “conhecer bem” Robinson Faria. Entre os que disseram “não conhecer de jeito nenhum”, 13,8% apontaram Henrique, contra 19,8% que indicaram Robinson. Ainda entre os entrevistados, 27,9% disseram conhecer Henrique “só de ouvir falar”, ante 34,9% que selecionaram Robinson.
IMAGEM
Quanto à avaliação da imagem do candidato, Henrique tem a imagem positiva para 47,6% dos entrevistados, contra 42,8% de Robinson. Na imagem negativa, Henrique desponta com 23,7% versus 16,6% de Robinson. Na pesquisa, 28,7% disseram não saber avaliar se Henrique tem imagem positiva, ante 40,6% de Robinson Faria.
RELIGIÃO
Henrique é apoiado pela maioria dos católicos, que representaram 66% dos entrevistados. Nesse grupo, o peemedebista desponta dom com 29,7% de apoios, contra 28,5% de Robinson Faria. Entre os evangélicos, que somaram universo de 18% dos entrevistados, Robinson se sai melhor. Ele tem 23,4% contra 20,8% de Henrique.
No Senado, Wilma vence Fátima por 34% a 28%
Na disputa pelo Senado, a vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), venceria a eleição se fosse hoje. Segundo o instituto GPP, a pessebista teria 34,5% das intenções de voto, contra 28,9% da deputada federal Fátima Bezerra (PT), sua principal adversária na corrida pela vaga ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Professor Laílson (PSOL) teria 2,5%, Roberto Ronconi (PSC) 1,5% e Ana Célia 0,8%. Brancos e nulos somaram 17,1% e não souberam opinar 14,7%.
No meio religioso, Fátima perde para Wilma. Entre os católicos Wilma obtém 36,1% contra 29,1% da petista. No segmento evangélico, Fátima 26,7% das intenções, ante 36% de Wilma. A petista tem mais apoios entre os que se consideram não religiosos, que somam 10,6% dos entrevistados. Nesse universo, Fátima tem o apoio de 26,6% ante 21,9% da pessebista.
Por região, Wilma vence Fátima na capital e no interior. A única parte do estado que a petista leva a melhor é na região metropolitana. Em Natal, a vice-prefeita tem 37,4%, ante 27,2%. Na Grande Natal, Fátima vence Wilma com 32,4% a 27,4%. No interior, é a ex-governadora quem leva a melhor, com placar de 35,2% a 29,9%.
PRESIDÊNCIA
Para presidente da República, a pesquisa GPP revela a liderança da presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição. Se o pleito fosse hoje, a petista venceria no primeiro turno, com 50,1% das intenções de voto. Ela seria seguida por Eduardo Campos (PSB), com 6,3% das intenções, e Aécio Neves (PSDB), com 6,2%.
Pastor Everaldo teria 3,5%, Luciana Genro 0,9%, Eymael 0,4%, Eduardo Jorge 0,2% e Zé Maria 0,3%. Os candidatos a presidente da República Mauro Iasi, Levy Fidelix e Rui Costa Pimenta não pontuaram. Brancos e nulos somaram 16,9%. Não souberam ou não quiseram responder somaram 15,2%.
Já o governo da presidente Dilma Rousseff é desaprovado por 56,8% dos eleitores entrevistados (soma de regular, ruim e péssimo). Já o percentual de potiguares que aprovam a gestão petista é de 41,1% (junção de bom e ótimo)
Rosalba permanece mal avaliada por 92% dos eleitores do RN
A sorte da governadora Rosalba Ciarlini junto à população do Estado continua em baixa, na visão da maioria esmagadora dos eleitores consultados na pesquisa do instituto GPP em parceria com a Rádio Cidade. De acordo com o levantamento, 92,3% dos entrevistados desaprovam a gestão da Democrata.
Entre os que aprovam a gestão de Rosalba estão 7,5% do eleitorado, sendo que, destes, 1,9% consideram o governo dela como ótimo, e 5,6% como bom. A maior desaprovação de Rosalba encontra-se entre os eleitores da capital. Neste segmento do eleitorado, nada menos que 96,1% desaprovação a gestão – um recorde histórico, sem dúvida.
No interior, a democrata é um pouco melhor avaliada. Nesse universo, a governadora é aprovada por 10% dos entrevistados. Na Grande Natal, a aprovação chega a 7,9%. Rosalba é mais mal avaliada entre os que têm entre 25 e 35 anos (94,1%), possuem ensino superior completo (96,2%), ganham acima de cinco salários mínimos (97,8%) e evangélicos (92,7%).

A VERDADE SOBRE ISRAEL E GAZA

25 verdades sobre o assédio de Israel a Gaza. Desde o início dos ataques, pelo menos 10 crianças perderam a vida por dia; cerca de 250 mil pessoas tiveram que abandonar suas casas

menino palestino israel gaza ataque
Menino palestino vítima de ataque israelense é atendido em hospital de Gaza (Foto: Ali Jadallah / APA images)
Salim Lamrani*, Opera Mundi
Ao contrário do que afirmam as autoridades israelenses, o atual bombardeio de Gaza tem como objetivo romper a união nacional entre o Fatah e o Hamas, e impedir a retomada do processo de paz. Confira 25 verdades sobre o assédio de Israel a Gaza:
1. Em 2005, Israel se retirou formalmente da Faixa de Gaza e desmantelou suas colônias de povoamento. Na verdade, o exército israelense dispõe do controle total do espaço aéreo e marítimo do enclave, ocupa uma zona-tampão no interior de Gaza, controla a única zona comercial do território palestino no exterior, assim como a circulação de pedestres em Erez, que liga Gaza à Cisjordânia e a Israel, e mantém os registros de estado civil.
2. Desde 2007, Gaza vive sob bloqueio israelense e egípcio. Segundo a ONG israelense GISHA, os habitantes do enclave são privados de muitos produtos básicos (geleia, vinagre, chocolate, frutas enlatadas, grãos, nozes, bolachas, doces, batatas fritas, gás para bebidas gaseificadas, frutas secas, carne fresca, gesso, asfalto, madeira de construção, cimento, ferro, glicose, sal industrial, recipientes de plástico/vidro/metal, margarina industrial, base de asfalto para cabanas, tecido para roupas, varas de pesca, redes de pesca, cordas para pesca, molinetes e peças de reposição, peças de reposição para tratores, mangueiras, instrumentos musicais, papel formato A4, materiais para escrever, cadernos, jornais, jogos, lâminas de barbear, máquinas de costura e peças de reposição, cavalos, asnos, cabras, gado, pintinhos etc).
3. Com uma superfície de 360 km² e uma população de 1,7 milhão de habitantes, Gaza tem a maior densidade do mundo com mais de 4700 habitantes/km². Em estado de sítio militar, com uma taxa de desemprego de 40% (60% entre os jovens de 15 a 29 anos), 53% da população com menos de 18 anos de idade, a população sobrevive em condições próximas à indigência. Mais de 70% dos palestinos dependem de ajuda humanitária.
4. O sequestro e assassinato de três jovens adolescentes israelenses em junho de 2014 serviram de pretexto para que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu desatasse uma nova agressão mortífera contra a população civil de Gaza.
5. Até hoje, não existe prova da implicação do Hamas nesse crime. Ao contrário, os dirigentes da organização armada palestina negaram toda a responsabilidade pelo ato. No dia 25 de julho de 2014, Jon Donnison, correspondente da BBC, informou que Micky Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense, reconheceu que o Hamas não estava envolvido nos assassinatos e que se tratava, provavelmente, da ação de um “grupo isolado”.
6. Durante os dias que seguiram o rapto dos três jovens judeus, o exército israelense lançou uma ampla operação militar e prendeu cerca de 350 palestinos, entre os quais a maioria dos líderes do Hamas na Cisjordânia – incluindo deputados e o presidente do Parlamento palestino Aziz Dweik – e assassinou cinco pessoas. Além disso, um jovem palestino foi queimado vivo por extremistas israelenses.
7. Em resposta a essa ofensiva militar, o Hamas começou a disparar foguetes contra várias cidades israelenses e exigiu a suspensão do bloqueio contra Gaza prevista nos acordos de cessar-fogo de 2008 e 2012, assim como a liberação dos presos políticos palestinos.
8. A partir de 8 de julho de 2014, Israel lançou a Operação “Margem Protetora” e bombardeou a população civil de Gaza, causando milhares de mortes e mais de 10 mil feridos. O objetivo oficial era destruir os túneis que permitem incursões dos combatentes do Hamas em território israelense.
9. Até o dia 3 de agosto, os incessantes bombardeios do exército israelense provocaram a morte de pelo menos 1439 palestinos, entre os quais 90% são civis e ao menos 250 são crianças, segundo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU.
10. Jon Snow, jornalista do canal de televisão britânico Channel 4, viajou para Gaza e deu seu testemunho: “a média de idade dos habitantes de Gaza é 17 anos. Cerca de 250 mil crianças têm menos de 10 anos. Então, se decidem lançar foguetes e bombardear etc. essa área urbana densamente povoada, matarão crianças inevitavelmente. E é o que Israel faz”.
11. Do lado israelense, segundo as cifras oficiais, 63 soldados e três civis perderam a vida depois dos ataques do Hamas e de outras facções armadas palestinas.
12. No dia 22 de julho de 2014, Majed Bamya, porta-voz da diplomacia palestina, denunciou a hipocrisia ocidental em uma entrevista ao canal de televisão francês France 24: “Deixem-me entender: o Hamas, que nessa agressão israelense e nesta guerra provocou a morte de 27 pessoas, sendo 25 militares do exército de ocupação, seria uma organização terrorista e criminosa, enquanto os que causaram a morte de 530 pessoas, entre as quais 90% eram civis e mais de 100 crianças, seriam o país civilizado nesse conflito? [...] Não é porque existe uma rebelião de escravos que a escravidão é aceitável”.
13. No dia 14 de julho de 2014, o Hamas rejeitou uma proposta egípcia de cessar-fogo, considerando-a uma “rendição”, já que não incluía nem a suspensão do bloqueio nem a libertação dos presos políticos, enquanto ela foi aceita por Israel.
14. No dia 18 de julho, o exército israelense lançou uma invasão terrestre sobre Gaza, para a qual destacou 70 mil soldados.
15. No dia 19 de março, o Hamas apresentou uma proposta de trégua em sete pontos. No dia 24 de julho, o projeto de trégua proposto por John Kerry, secretário de Estado dos Estados Unidos, foi rejeitado por Israel.
16. No dia 28 de julho, um míssil israelense matou 4 crianças que brincavam na praia perto do campo de refugiados de Al-Shati, em frente às câmeras de televisão internacionais, suscitando uma comoção mundial.
17. Desde o começo dos bombardeios, o exército israelense destruiu três escolas das Nações Unidas, causando a morte de dezenas de pessoas, entre as quais numerosas crianças. No dia 23 de julho, um míssil atingiu a escola da Nações Unidas de Beit Hanun. No dia 29 de julho, a escola das Nações Unidas Jabalya foi bombardeada pelo exército israelense, provocando a morte de 16 pessoas, entre as quais pelo menos 6 crianças. Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, denunciou esse crime e lembrou que “a localização exata dessa escola primária foi comunicada 17 vezes às autoridades israelenses, particularmente durante a noite, apenas algumas horas antes desse ataque”. No dia 3 de agosto, o exército israelense bombardeou uma terceira escola das Nações Unidas em Rafah. Segundo a ONU, “há muitos mortos e feridos”.
18. Segundo a UNICEF, desde o início dos bombardeios, pelo menos 10 crianças perderam a vida por dia. Pernille Ironside, responsável pela UNICEF em Gaza, denunciou o massacre e lembrou que “as crianças são mortas, feridas, mutiladas, e queimadas além de estarem absolutamente aterrorizadas”.
19. Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 250 mil pessoas tiveram de fugir das zonas de combate e se encontram atualmente sem teto.
20. Navy Pillay, alta comissária das Nações Unidas para os direitos humanos, acusou Israel de cometer “crimes de guerra” ao bombardear escolas das Nações Unidas e hospitais.
21. Em 31 de julho, Netanyahu mobilizou outros 16 mil soldados adicionais [para o conflito], elevando o número para 86 mil.
22. O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas adotou uma resolução com uma maioria de 29 votos (17 abstenções, 1 voto contra) que foi apresentada à Palestina, condenando “as violações generalizadas, sistemáticas e flagrantes dos direitos humanos e das liberdades fundamentais”. A resolução exige também colocar a população palestina sob “proteção internacional imediata”.
23. Nos últimos dez anos, Israel construiu ilegalmente mais de 100 mil novas colônias nos territórios ocupados, violando o direito internacional, e detém atualmente mais de 6 mil presos políticos palestinos.
24. Apesar dos pedidos por um cessar-fogo, os Estados Unidos e a União Europeia seguem apoiando econômica e militarmente Israel, apesar das reiteradas violações do direito internacional e dos crimes de guerra atualmente cometidos em Gaza. Por sua vez, a América Latina adotou uma posição diferente, exigindo que se interrompam as hostilidades, a suspensão do bloqueio e a retomada do diálogo entre as duas partes. Em um comunicado conjunto, os presidentes do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Venezuela “condenaram de forma enérgica o uso desproporcional da força por parte do exército israelense na Faixa de Gaza, que afeta majoritariamente civis, incluindo crianças e mulheres”. Brasil, Equador, Chile e Peru retiraram seus embaixadores de Israel. Cuba, Venezuela e Bolívia já romperam suas relações diplomáticas.
25. Na verdade, a Operação “Margem Protetora” não tem como objetivo destruir os túneis que serão inevitavelmente reconstruídos enquanto dure o bloqueio, a menos que aconteça uma nova ocupação militar de israelense em Gaza. Essa nova agressão militar contra uma população sem defesa é destinada a romper a união entre o Fatah e o Hamas, que formaram um governo de união nacional no dia 2 de junho de 2014 – iniciativa aplaudida pelos Estados Unidos e pela comunidade internacional, mas rejeitada por Israel – com a finalidade de impedir a criação de um verdadeiro Estado palestino e continuar, assim, sua política de colonização. A única solução para o conflito israelense-palestino é de ordem política e transita pelo respeito ao direito internacional, isto é, pela aplicação da resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas número 242 de 22 de novembro de 1967, com retirada total do exército israelense de Gaza, da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, desmantelamento de todas as colônias ilegais, respeito às fronteiras de 1967 e retorno dos refugiados palestinos. Somente o diálogo e a negociação entre as duas partes permitirão o estabelecimento de uma solução pacífica com dois Estados.