Agressão ocorreu na altura da Biblioteca Zila Mamede. UFRN pediu afastamento do guarda terceirizado. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
A confusão que findou nos disparos de arma de fogo iniciou-se, segundo relatos de participantes da festa, por volta da 0h após um aluno da universidade ir ao setor de aulas II, vizinho ao estacionamento do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), para beber água. Como o horário não permite a circulação de pessoas pelo setor de aulas, um dos seguranças tentou impedir que o jovem não identificado tomasse água, ordenando sua saída. Diante da negativa do aluno, o segurança teria colocado a arma na cabeça dele, que correu amedrontado. "Ele voltou para a festa e contou para o pessoal o que tinha acontecido. Saíram umas 30 pessoas para procurar o vigilante", relatou Tiago Souto, estudante de pós-graduação em Ciências Sociais pela UFRN.
O grupo, segundo relato de outro participante da festa, seguiu em direção ao setor de aulas II, mas encontrou um grupo de seguranças em frente à Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM), que chamou aquele que teria colocado a arma na cabeça do aluno. Iniciada a discussão, o segurança teria puxado a arma mais uma vez e disparado contra o grupo, que ainda conseguiu desarmá-lo. Como forma de retaliação, os jovens quebraram com paus e pedras um dos carros da empresa que presta serviços de segurança à UFRN. "A situação só foi apaziguada depois que chegou a Polícia Militar e os seguranças da universidade", contou Tiago.
O caso foi relatado à Ouvidoria da UFRN pelos próprios estudantes e a denúncia formalizada.Já ontem pela manhã, por ordem da própria Reitoria, reuniões foram promovidas entre vários integrantes da administração da instituição de ensino superior e representantes da empresa Garra Vigilância.
Dentre os participantes das reuniões estiveram a reitora Ângela Paiva, o diretor do CCHLA Herculano Campos, o chefe da segurança da UFRN Manoel Eufrausino Pereira Filho e a pró-reitora de assuntos estudantis Janeusa Trindade. "De imediato solicitamos o afastamento do segurança, que pelos relatos não demonstra preparação suficiente para atuar na universidade. Outras medidas serão tomadas com base nas imagens das câmeras de segurança da universidade que registraram toda a ação", afirmou o diretor do CCHLA.
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