NATAL/RN (Por Marcone Batista de Medeiros / Professor)
- Envolvido no episódio que culminou em agressão ao Sindicalista José
Teixeira, nesta segunda-feira (10), o Portal MBM Notícias resolveu
descobrir quem é este policial que teria agredido o Professor.
O Major Rodrigues (47) é o Comandante do 5º Batalhão de Polícia, natural
de Ipanguaçu, com nível superior completo, pode-se dizer que é um homem
culto e politizado. Teve uma Candidatura a Deputado Estadual pelo PSDB
em 2010, indeferida pelo Juiz Marco Bruno Miranda do TRE. Pediu votos
para a Candidata a Vereadora Dra. Kátia Nunes (PMDB) em 2012 e defendia a
época um Plano de Carreira que proporcionasse ascensão funcional aos
soldados.
- Você policial esse ano, antes de votar pense primeiro em você! Militar
vota em quem já demonstrou que pode ajudar a mudar a nossa realidade.
Não espere outros quatro anos para descobrir que os militares que nós
elegemos nunca fizeram nem tem capacidade de fazer nada por nós
policiais – Disse o Major Rodrigues em 27/09/2012.
O Major Rodrigues, mesmo ganhando hoje um salário que pode ir de R$
8.800,00 a R$ 11.482,00, acionou a justiça em 2009 alegando, em síntese,
que sendo policial militar Tinha direito ao percebimento da
Gratificação de Função Policial Militar, da Gratificação de Moradia e da
Gratificação de Fardamento, retroativas a 2007. A Classe Policial tem a
pretensão de que o novo salário base, solicitado pela categoria, para
um major seja de R$ 13.204,30.
Vemos tratar-se de um homem questionador, bem pago se comparado à classe
dos professores, politizado e culto. Como este homem poderia não
concordar com a causa dos educadores, tendo tal perfil? Agredindo um
homem de 51 anos, sindicalista, professor, cuja única arma é a coragem
de reclamar de um salário que sequer chega à quarta parte dos seus
vencimentos? É estarrecedor que mesmo tirando sangue do Professor José
Teixeira e desmantelando-lhe um pé foi ele quem fez o Termo
Circunstanciado de Ocorrência em desfavor da vítima!
É claro que o salário pago a qualquer servidor público é merecido, mesmo
para os que ganham quantias anos luz a frente da paga aos professores!
Só não se pode compreender como alguém que ganha no mínimo R$ 8.800,00 e
aspira por R$ 13.204,30 pode não concordar que o salário pago a um
professor é ridículo e insignificante diante do trabalho que desempenha e
que por tanto o provento deve ser questionado, sem que tal professor
seja açoitado como escravo no pelourinho que se estabeleceu no Centro
Administrativo do Estado do Rio Grande do Norte. A história narra em
priscas eras a existência dos Capitães do Mato, porém A Governadora
Rosalba inova e nos apresenta o novíssimo Major do Mato.
A questão é que o próprio professor não se valoriza. Daí o sistema também não o valoriza. Qualquer idiota é professor. Quando não entra através de concursos absurdamente fáceis, entra através de concursos fraudulentos. Sem contar as contratações temporárias através das prefeituras, que , via de regra, contrata pessoas sem a menor qualificação. Diante dos fatos, qual a reação da categoria ? Eu mesma respondo : Nenhuma. Se dizem politizados, mas morrem de medo das autoridades. Então o que eles (professores) ganham já é demais para o que fazem!
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