40 - Por: Ciro Marques
Independentemente do fato de ter ou não dinheiro
para pagar a folha salarial de julho, o fato é que o governo do Estado
está realmente preocupado com o crescimento das despesas com salários.
Tanto que a gestão Rosalba Ciarlini estuda, a partir de agosto, ampliar a
utilização do software que permitiria um trabalho de “revisão e
auditoria” constantes, dando informações atualizadas sobre os
vencimentos dos servidores e a possibilidade de conferir se as quantias
pagas são ou não corretas.
A informação foi dada pelo secretário estadual de Administração e
Recursos Humanos, Alber Nóbrega. Ele explica que recentemente um grupo
de técnicos da pasta foi a São Paulo e se reuniu com a empresa
responsável pelo software. Com ela, conseguiram mais informações sobre a
possibilidade de utilização da tecnologia, para que a ferramenta também
pudesse ser feita no Rio Grande do Norte. “Temos aqui na Secretaria
alguns dos melhores técnicos do Estado, que são capacitados e poderiam,
com essa ferramenta, fazer esse trabalho de auditoria constante na folha
do Estado”, explicou Alber Nóbrega.
Segundo o secretário, sempre houve preocupação com a folha salarial,
contudo, a cada mês que passa, com o crescimento das despesas, é
necessário um controle maior, que seria possibilitado, justamente, com o
domínio dessa tecnologia. “Nós poderemos constatar qualquer evolução ou
incremento na folha, sabendo exatamente porque foi feito e se é regular
ou não”, acrescentou ele, sem saber, exatamente se quando essa prática
passará a ser feita (de auditorias constantes), haverá economia real de
recursos financeiros.
Apesar de não ter a informação de que o Estado não tinha recursos
suficientes para pagar a folha salarial de julho, o secretário de
Administração confirmou que já havia uma previsão de redução das
receitas, inclusive, Fundo de Participação dos Estados (FPE) e ICMS.
“Atualmente temos uma folha salarial de R$ 295 milhões líquida (sem
contar os valores dos compromissos patronais), o que dá um crescimento
de 38% desde o início da gestão Rosalba Ciarlini, quando a folha mensal
era de R$ 213 milhões. Esse percentual é muito maior do que qualquer
inflação. As categorias tiveram ganhos reais”, analisou Alber Nóbrega.
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