O Cometa C/2013 A1 foi detectado pela primeira vez em 3 de janeiro, o
primeiro descoberto este ano em 2013. Segundo cálculos, ele irá passar a
cerca de 37.000 quilômetros de distância da superfície de Marte, mas,
as órbitas dos cometas são imprevisíveis e podem mudar à medida que se
aproximam do Sol, pois, devido à sua composição, pode haver erupções de
gases, o que faria com que sua rota mudasse de percurso, se afastando ou
entrando em rota de colisão com o planeta vermelho.
Estima-se que o núcleo do cometa seja de até 49 quilômetros de diâmetro,
se movendo a uma velocidade de 193.000 km/h, dando-lhe enorme energia
cinética.
O renomado Astrônomo Phil Plait, autor do blog Slate's Bad Astronomy,
calculou que, mesmo que se o cometa for de 14 km de diâmetro, uma
estimativa baixa, um impacto com Marte causaria uma explosão de um
bilhão de megatons. Isso é, diz ele: “25 milhões de vezes maior do que a
maior arma nuclear já testada na Terra”.
O mais provável é que o cometa não atinja Marte, no entanto, o planeta
irá passar pela nuvem de gás que será expelida pelo cometa à medida que
ele se aproxima do Sol.
Como asteroides, os cometas são grandes pedaços de rocha espacial que
orbitam nosso sistema solar. Mas, ao contrário dos asteroides, os
cometas são embalados com gelo. Esse gelo não é necessariamente apenas
água, também há elementos como o dióxido de carbono e monóxido de
carbono, que na Terra, geralmente, conhecemos apenas como gases, mas que
no curso gelado do espaço se congelam no núcleo do cometa.
No momento o C/2013 A1 está a mais de um bilhão de quilômetros do Sol,
em algum lugar depois de Júpiter, ou seja, ainda é muito frio. À medida
que a órbita do cometa o arremessa em direção ao Sol, essas substâncias
passam do estado sólido para o gasoso, o que muitas vezes causam
erupções na superfície do cometa, alterando a rota do cometa.
Com essa evaporação de gases, o núcleo do planeta fica envolto em uma
nuvem difusa, chamada de 'coma', composto pelos gases e pedaços de
escombros do cometa rochoso, podendo ter centenas de quilômetros de
diâmetro.
Mesmo que o núcleo não atinja Marte, o efeito será apocalíptico para o
planeta. Plait diz que o cometa deixaria uma cicatriz de centenas de
quilômetros em Marte.Isso significa que uma erupção pode ser maior que a
distância que ele irá passar da superfície de Marte, e “se isso
acontecer vai ser uma chuva de meteoros dos deuses para o planeta
vermelho”, escreve Plait.
E para as bases de observatórios na Terra seria ainda pior, já que,
certamente, destruiria as sondas que estão em órbita e na superfície do
planeta: “O material ejetado viria rigorosamente para o planeta e seria
enviado para todas as direções na órbita de Marte”, segundo os escritos
de Plait, “seria como estar orbitando em um tiro de espingarda”.
De acordo com os cálculos, o cometa deve passar por Marte em Outubro de 2014.
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