Desde as 15h
sacolas eram jogadas na calçada do Palácio Felipe Camarão. A chamada
#Marchadolixo foi um movimento organizado via redes sociais, sem
mentores ou líderes. A notícia da mobilização se espalhou e a todo
instante gentes de diferentes tipos e lugares depositavam seu protesto
(lixo) em frente à Prefeitura, inclusive carroceiros.
Quatro
viaturas do 1º Batalhão da Polícia Militar e uma viatura do Batalhão de
Choque chegaram ao local por volta das 16h30, com oficiais munidos de
metralhadoras para garantir a ordem. Oficiais da Guarda Municipal já
protegiam a entrada da sede do executivo municipal e por pouco também
não foram alvos dos ovos jogados na fachada do prédio.
Para a cabo
Francineide, da Guarda Municipal, todo aquele tumulto formado pelos
manifestantes em protesto poderia ser evitado. "O cheiro aí dentro (da
sede da prefeitura) está insuportável. As atividades da empresa de
coleta num voltaram ontem (quinta-feira)? Bastava ter recolhido esse
lixo antes do movimento", reclamou.
Segundo
o supervisor de coleta da empresa Líder, João Batista, de fato os
funcionários retornaram ao trabalho na manhã de ontem (27), sob promessa
de a empresa pagar o "décimo terceiro" e o vale alimentação, em atraso,
até as 18h desta sexta-feira. Caso contrário, há possibilidade de nova
paralisação.
"Começamos a coleta por
volta das 7h30 de hoje". Indagado se não seria estratégico à empresa
retirar o lixo das redondezas da prefeitura para evitar o protesto, João
Batista disse: "Tentamos isso, mas não deu tempo. Era muito lixo. Ainda
sobrou para mais protesto. Só hoje já retiramos 100 toneladas de lixo. O
carro chega, descarrega e sai de novo".
Quando o
lixo já havia sido recolhido e a rua liberada, o prefeito de Natal, Ney
Lopes Júnior foi ao local e conversou com a população. Não houve
tumulto durante a manifestação.
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