A despesa anual do governo brasileiro com alunos do ensino médio em
2010 foi de US$ 2.571 (R$ 5.715,33) por estudante, enquanto a média da
OCDE foi de US$ 9.014 (R$ 20.038, 12) no mesmo ano. O gasto brasileiro
equivale a 28,5% do custo em países desenvolvidos. O dado faz parte de
um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) divulgado nesta terça (25).
Entre os 32 países com dados disponíveis e divulgados pelo relatório, o Brasil ocupa o último lugar no ranking de investimento anual por aluno.
O ensino médio, no Brasil, é tido como uma etapa problemática por sua alta taxa de abandono e evasão.
Na Finlândia, por exemplo, o gasto por aluno foi de US$ 9.162 (R$ 20.339,64) em 2010. No Chile, cada estudante do mesmo nível de aprendizagem custou US$ 3.110 (R$6.904,20).
No ensino fundamental, a diferença diminui -- o Brasil investe US$
2.778 (R$ 6.142,16) por ano enquanto os países da OCDE desembolsam US$
7.974 (R$ 17.630,51).
O país só se aproxima do investimento médio dos demais no ensino superior: em 2010, foram empenhados US$ 13.137 (R$ 29.168,08) por aluno no Brasil e, em média, US$ 13.528 (R$ 30.036,22) nos países da OCDE.
O relatório destaca ainda que na última década o Brasil aumentou o investimento público em educação, passando de 3,5% do PIB em 2000 para 5,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010. O número, porém, fica abaixo da média dos membros da OCDE, de 6,3% do PIB em educação em 2010.
Emperrado há mais de dois anos no Congresso, o PNE (Plano Nacional da Educação)
prevê a destinação de 10% do PIB brasileiro para a educação. O texto
está no Senado e, das 20 metas estabelecidas, o cálculo da porcentagem
do investimento representa até agora o maior entrave.
A organização mostra também que concluir o ensino superior no Brasil significa um aumento salarial médio de 157%. A diferença de rendimentos entre os trabalhadores que possuem e que não possuem diploma é de 57% entre os membros da OCDE.
Na educação infantil, o Brasil fica entre os cinco piores colocados, com apenas 36% das crianças de 3 anos e 57% de 4 anos matriculadas na escola. A média dos países membros da OCDE é de 67% e 85%, respectivamente.
O relatório "Education at a Glance 2013" ("Olhar sobre a Educação") analisa os sistemas de ensino dos 34 países membros da OCDE, bem como os da Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia Saudita e África do Sul.
A OCDE também é responsável pela aplicação e divulgação dos resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
Entre os 32 países com dados disponíveis e divulgados pelo relatório, o Brasil ocupa o último lugar no ranking de investimento anual por aluno.
O ensino médio, no Brasil, é tido como uma etapa problemática por sua alta taxa de abandono e evasão.
Na Finlândia, por exemplo, o gasto por aluno foi de US$ 9.162 (R$ 20.339,64) em 2010. No Chile, cada estudante do mesmo nível de aprendizagem custou US$ 3.110 (R$6.904,20).
Brasil | Média da OCDE | |
Ensino Fundamental | US$ 2.778 | US$ 7.974 |
Ensino Médio | US$ 2.571 | US$ 9.014 |
Ensino Superior | US$ 13.137 | US$ 13.928 |
- Fonte: OCDE
O país só se aproxima do investimento médio dos demais no ensino superior: em 2010, foram empenhados US$ 13.137 (R$ 29.168,08) por aluno no Brasil e, em média, US$ 13.528 (R$ 30.036,22) nos países da OCDE.
O relatório destaca ainda que na última década o Brasil aumentou o investimento público em educação, passando de 3,5% do PIB em 2000 para 5,6% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010. O número, porém, fica abaixo da média dos membros da OCDE, de 6,3% do PIB em educação em 2010.
Meta
3 - Ensino médio: Garantir atendimento escolar para todos os jovens de
15 a 17 anos até 2016, com aumento da taxa líquida de matrículas no
ensino médio para 85% Leia mais Apu Gomes/Folhapress
Ensino Superior
Apesar de investir quase o mesmo que os demais países no ensino superior, o Brasil tem o menor percentual da população com diploma. Em 2011, apenas 12% da população entre 24 e 64 anos alcançou a graduação. A média da OCDE é de 32%.A organização mostra também que concluir o ensino superior no Brasil significa um aumento salarial médio de 157%. A diferença de rendimentos entre os trabalhadores que possuem e que não possuem diploma é de 57% entre os membros da OCDE.
Outros dados
De acordo com o relatório, 95% das crianças brasileiras entre 5 e 14 anos estavam na escola em 2011. A taxa de matrícula entre 15 e 19 anos aumentou de 75%, em 2007, para 77%, em 2011, mas ainda está bem abaixo da média dos países da OCDE, que é de 84%.Na educação infantil, o Brasil fica entre os cinco piores colocados, com apenas 36% das crianças de 3 anos e 57% de 4 anos matriculadas na escola. A média dos países membros da OCDE é de 67% e 85%, respectivamente.
OCDE
A OCDE é uma organização internacional para cooperação e desenvolvimento dos países membros. Fazem parte da OCDE: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Coréia, Luxemburgo, México, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.O relatório "Education at a Glance 2013" ("Olhar sobre a Educação") analisa os sistemas de ensino dos 34 países membros da OCDE, bem como os da Argentina, Brasil, China, Índia, Indonésia, Rússia, Arábia Saudita e África do Sul.
A OCDE também é responsável pela aplicação e divulgação dos resultados do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
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