Alberto LeandroCláudia Santa Rosa considera lento ritmo de redução do analfabetismo no Rio Grande do Norte
O relatório conclui que essa posição negativa do Rio Grande do Norte na redução do analfabetismo é resultado dos baixos investimentos na educação básica e da ausência de políticas públicas eficazes de combate ao analfabetismo nos municípios. O levantamento mostra que 34 municípios do estado tinham em 2010, segundo os dados do IBGE, taxas de analfabetismo entre 30% e 39%. Além disso, nenhum desses municípios conseguiu decréscimo acima de 49%, quando comparadas as três edições do censo.
Os números do IBGE mostram que a taxa de analfabetismo na população mais jovem de Parnamirim – entre 15 e 24 anos de idade - é de apenas 2,3%, enquanto a dos adultos com mais de 60 anos, que resistem a entrar nos programas de alfabetização por doenças ou outros motivos, é de 27,6%. Levasse em conta a população entre 15 e 59 anos, a taxa ficaria em torno de 4,8%.
O estudo do Observatório da Educação do RN mostra ainda que os municípios com maior poder econômico tem taxas menores. Entre os piores, três foram criados depois de 1996. São eles Fernando Pedroza, com taxa de analfabetismo de 30,9%; Venha-Ver (33,0%) e Jundiá (34,8). Esses municípios eram povoados ligados politica e administrativamente a Angicos (taxa de 26,5%), São Miguel (28,7%) e Várzea (30,5%).
Uma outra constatação que pode ser feita através do cruzamento de indicadores sociais e econômicos. Nos três municípios com menores índices de analfabetismo a taxa média de pobreza é de 11,86%, enquanto nos três com maiores essa média é quase cinco vezes maior: 50,03%.
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