O senador Cristovam Buarque
(PDT-DF) disse nesta terça-feira (18) que o aperfeiçoamento do novo
Plano Nacional da Educação (PNE), em análise no Senado, é uma "questão
de vida ou morte” para o futuro do país. Segundo o parlamentar, o texto
atualmente em tramitação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) é
meramente uma lista de metas e intenções para o setor, sem apontar os
instrumentos necessários para garantir avanços.
O
senador comunicou a apresentação de 33 emendas ao texto para mudar esse
perfil. A pedido do relator do projeto na CAE, senador José Pimentel
(PT-CE), o exame do PNE foi adiado e só deverá ser retomado no próximo
ano.
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Tenho uma grande preocupação de termos um segundo plano igualzinho ao
primeiro e com os mesmos resultados: praticamente nenhum. Por falta de
instrumentos para realizar, instrumentos para cumprir as metas - disse Cristovam.
Além
de emenda para a criação da carreira nacional de professor e da
instituição de um piso de R$ 9.500 para a categoria, o parlamentar
propõe, entre outras mudanças, o estabelecimento de um Sistema Nacional
de Avaliação da Educação e de um Sistema Nacional de Inovação.
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Além de a escola ser revolucionada, teríamos que ter uma reforma, uma
refundação da universidade. Teríamos que ter instrumentos para
incentivar as indústrias ao desenvolvimento científico e tecnológico, em
vez de serem apenas imitadoras - afirmou.
Cristovam quer
ainda que a concessão de benefícios sociais como o programa Bolsa
Família seja condicionada ao comparecimento dos pais às escolas dos
filhos.
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Manter a Bolsa Família sem exigir dos pais que compareçam à escola do
filho uma vez ao ano, que seja, é não querer que a Bolsa Família seja um
instrumento de renovação - assinalou.
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