O laudo patológico feito no pulmão e no fígado da fisiculturista de
Osasco (SP) Fabiana Caggiano Paes, 36 anos, também aponta sinais de
asfixia. Essa foi a resposta que recebeu hoje o delegado Frank
Albuquerque, que investiga a morte da turista, da direção do Instituto
Técnico-Científico de Polícia (Itep) na manhã desta quarta-feira (16).
Agora é esperado o resultado do exame toxicológico no corpo da atleta
para conclusão do laudo necroscópico.
Frank Albuquerque diz ter
tido uma conversa informal com o médico legista Cícero Tibério nesta
manhã, que revelou ter ficado pronto o exame complementar de patologia.
Segundo relatado pelo perito, o resultado descarta novamente a
possibilidade de morte natural. "Agora é necessário que fique pronto o
laudo toxicológico, que foi pedido juntamente com o patológico. Ele vai
dizer se houve a administração de algum medicamento que pode ter
alterado os demais exames. Só com os três prontos (necroscópico,
patológico e toxicológico) é que se pode chegar a uma conclusão da causa
da morte de Fabiana".
Segundo o delegado, a previsão dada pelo
Itep para esse novo exame ser concluído é para próxima sexta-feira (18).
"Se ficar pronto nesse dia, então, ele me entrega o resultado final.
Senão, somente na semana que vem".
O laudo final da causa da
morte de Fabiana Caggiano Paes é aguardado por Frank Albuquerque para
que seja refutada a versão dada pelo marido da fisiculturista, Alexandre
Paes, de que ela morreu em consequência de uma queda sofrida no
banheiro do hotel em que o casal estava com a família em Natal, ocorrido
no dia 27 de dezembro do ano passado. Isso porque, o laudo necroscópico
inicial divulgado pelo Itep aponta que a atleta sofrera asfixia
mecânica antes de morrer.
Segundo depoimento do marido o casal
estava hospedado no último dia 27 de dezembro em um hotel no Tirol,
quando Fabiana teria entrado para tomar banho e após cerca de 15 minutos
o marido teria ouvido um barulho da queda e encontrou a esposa
desmaiada debaixo do chuveiro e com o box trancado.
O marido
então teria quebrado o vidro e tentado reanimar a esposa, mas não
conseguiu e teria acionado a recepção do hotel que chamou uma equipe do
Samu. Fabiana então foi entubada e encaminhada para um hospital
particular, mas após cinco dias não resistiu e morreu.
Porém
segundo o delegado, a perícia realizada pelo Itep apresentou indícios de
uma possível asfixia mecânica, o que pode caracterizar um homicídio.
“Segundo a perícia foram encontrados sinais de lesão no pescoço e no
pulmão, como se tivesse sido pressionado, além de haver hemorragia na
traqueia”, contou o delegado.
Frank Albuquer diz ainda ter
suspeitas que o marido de Fabiana Paes tenha uma amante e que isso tenha
motivado um possível assassinato.
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