Fátima Bezerra. entre Robinson Faria e Fábio Faria: conversações agora, só em bloco
Nem PMDB nem PSB. O
Partido dos Trabalhadores caminha para uma aliança eleitoral com o PSD
do vice-governador Robinson Faria. O PT decidiu anunciar o fim de
qualquer tentativa de negociação com o PMDB do deputado Henrique Alves e
do senador e ministro Garibaldi Filho, ao mesmo tempo em que se afasta
de qualquer composição com o PSB da vice-prefeita de Natal Wilma de
Faria.
O posicionamento do PT e a definição
pela aliança com o PSD de Robinson Faria foram externados por meio de
notas, a primeira do diretório do partido na capital e a segunda, de
autoria da deputada Fátima Bezerra, pré-candidata ao Senado.
Na nota oficial, o diretório do PT de
Natal, presidido pelo ex-vereador Juliano Siqueira, manifestou seu apoio
à aliança com o PSD, lançando a chapa Robinson Faria para governador e
Fátima Bezerra para senadora. No dia seguinte, foi a vez da deputada
federal emitiu uma nota em que informa que a iniciativa do PT natalense
deverá ser seguida pelo diretório estadual da legenda.
Fátima Bezerra foi além. Disse que foi
o PMDB quem interrompeu, de forma unilateral, as conversações entre os
dois partidos. O PT se dispunha a apoiar o candidato a governador do
PMDB em troca do apoio à candidatura de Fátima Bezerra ao Senado.
Em sua nota, divulgada na última
terça-feira, 25, a deputada petista admite que a possibilidade de uma
aliança com o PSB de Wilma de Faria, alimentada por setores da base
partidárias, é remota e que o PT prevê enfrentar os antigos aliados na
disputa por uma cadeira no Senado.
As notas oficial do PT natalense e da
deputada federal Fátima Bezerra tiveram o objetivo de anunciar,
publicamente, mais do que o encerramento das conversas com o PMDB. Na
verdade, segundo uma fonte do partido, serviram de sinalização tanto
para o PSD de Robinson Faria e o PSB de Wilma de Faria.
Para o PSD o recado é simples: o PT
não deseja ficar refém de sua intenção inicial de se compor com o PMDB e
que após chegar à conclusão da inviabilidade de uma aliança com Wilma,
pretende ratificar a coligação com o partido do vice-governador e
primeiro político a romper com a governadora Rosalba Ciarlini, ainda no
primeiro ano de mandato.
Para o PSB, o recado também é direto. Na nota, Fátima Bezerra lembra que PT e PSB caminham juntos desde o primeiro turno de 2002, com exceção de algumas disputas para prefeito de Natal. Mas destaca que, desta vez, em razão da decisão do PSB de se afastar da base aliada de apoio ao governo da presidente Dilma Roussef, as chances de aliança são mínimas. Por isso – eis o recado do PT e de Fátima – Wilma e o PSB devem se preparar para uma disputa com o PT pela cadeira no Senado.
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