PAULO WAGNER, PV
Paulo Wagner,
somando os R$ 347.400 que ele recebeu em salários somando os 13 meses
aos R$ 363.171,83 que ele consumiu da cota indenizatória, gastou ao todo
R$ 710.572,52. Como o deputado federal do PV também participou de 81
sessões deliberativas das 91 realizadas em 2012, pode-se dizer que Paulo
Wagner custou R$ 8,4 mil para cada sessão que trabalhou no ano passado.
Por sinal, como justificou todas as suas ausências, ele não teve
nenhuma falta descontada do salário. Paulo
Wagner chegou a gastar no quesito “fornecimento de alimentação do
parlamentar” quase R$ 15,2 mil em 2012. Foram gastos em restaurantes
famosos de Natal, como o Abade, o Camarões, o Sal e Brasa, e de
Brasília. O mês de julho se destacou como o que Paulo Wagner mais “comeu
fora”. Foram mais de 40 refeições relacionadas na lista de gastos
disponibilizadas pelo site da Câmara Federal. Em algumas, do restaurante
Lago Azul, a conta de mais de R$ 200. Contudo,
esse não foi o único quesito que Paulo Wagner gastou consideravelmente.
O deputado do PV também demonstra ser alguém muito preocupado com sua
imagem. Tanto é que gastou quase R$ 120 mil só com divulgação
parlamentar. É Paulo Wagner também que detém os contratos de valor mais
alto entre a bancada potiguar com empresas de publicidade. Em janeiro,
pagou R$ 7 mil a Executiva Propaganda. Em fevereiro, o valor subiu para
R$ 15 mil, dividido para duas agências, a Executiva e a Aquatro
Comunicação e eventos. Esta empresa ainda mais R$ 8 mil mensais até
maio. A partir de junho, Mauriceia Cavalcante de Oliveira foi a
responsável pela divulgação de Paulo Wagner, no entanto, o valor foi
reajustado para R$ 10 mil entre julho e novembro. Em setembro e outubro,
por sinal, Mauricéia Cavalcante de Oliveira teve a ajuda de Fátima
Cristina Bathke, que recebeu R$ 7 mil pelo serviço. Ou seja: somando só
esses dois meses, o deputado gastou R$ 34 mil em divulgação. E
não foi só com divulgação e fornecimento de alimentação que o deputado
do PV gastou. Ele pagou também valores que podem ser considerados altos
para locação de veículos automotores. Foram mais de 90 mil em 2012 para o
PontoCar.Br, o que dá em torno de algo R$ 8,3 mil por mês, mas chegou a
custar R$ 13,4 mil em agosto.
FABIO FARIA, PSD
Neste ano, os
gastos do colega Paulo Wagner acabaram fazendo Fábio Faria ficar em
segundo na lista dos maiores gastadores da Câmara Federal considerando
apenas os deputados potiguares. Contudo, isso não quer dizer que o
parlamentar do PSD fez economia em relação a 2011, quando foi o “mais
gastador” tendo consumido uma verba indenizatória de R$ 336 mil. Nada
disso. Fábio Faria gastou mais. Cerca de R$ 15 mil a mais (R$ 348). Somando
os valores do salário, Fábio Faria gastou exatos R$ 695,9 mil durante o
ano. E não é que ele tenha gastado em algum mês, neste ano, um valor
muito acima que nos demais. Não houve um pico tão acentuado de gastos. O
que faz o parlamentar gastar muito é que ele mantém uma média mensal
elevada, que se aproxima dos R$ 30 mil. E, vale lembrar, que o mês de
dezembro ainda não foi integralmente computado os gastos dos
parlamentares. Fábio Faria, até o momento, por exemplo, gastou apenas R$
6,6 mil no último mês de 2012. Nos
gastos mensais do deputado do PSD, que é cotado para ser o primeiro
secretário da Câmara Federal caso Henrique Eduardo Alves, do PMDB, seja
mesmo eleito o presidente, se destacam principalmente os valores pagos
por passagens aéreas. Só nos meses de fevereiro, maio e julho, foram R$
45 mil gastos com deslocamento aereo.
SANDRA ROSADO, PSB
Sandra Rosado, do
PSB, passaria despercebida na listagem de principais utilizadores da
cota de apoio a atividade parlamentar se não fosse três meses em
especial: maio, junho e julho. Isso porque com exceção desse período, os
gastos de Sandra foram baixos, próximos até aos R$ 20 mil mensais.
Porém, em maio, a deputada gastou R$ 46 mil; em junho, R$ 41 mil; e em
julho, R$ 50 mil. Assim
como Fábio Faria, os gastos de Sandra foram, principalmente, com
“emissão de bilhete aereo”. Foram R$ 18 mil em maio, R$ 13 mil em junho
e, surpreendentes, R$ 50 mil em julho, um recorde considerando todos os
membros da bancada potiguar. Vale lembrar que julho foi o mês que, em
Mossoró, Sandra Rosado acompanhou o lançamento da candidatura da filha, a
deputada estadual Larissa Rosado, também do PSB; a Prefeitura da
cidade. Foram 12 passagens de Natal-Brasília e Brasília-Natal só nesse
mês, além de outras nove para destinos diferentes, como São Paulo,
Recife e Fortaleza. Se
poderia ser uma das mais econômicas mantendo as linhas dos outros
meses, com esses três, Sandra Rosado ficou entre as mais gastadoras. Foi
um total de R$ 342,6 mil, ou seja, R$ 6 mil apenas a menos que Fábio
Faria.
JOÃO MAIA, PR
O presidente do PR
no Rio Grande do Norte foi também o 4º deputado federal potiguar a mais
usar a cota de apoio a atividade parlamentar. Foram R$ 340,9 mil gastos,
com o pico de gastos registrados nos meses de abril, maio e junho – R$
40,5 mil, R$ 38,6 mil e R$ 39,8 mil, respectivamente. Por
sinal, apesar de não ser candidato, João Maia investiu bastante em
divulgação da atividade parlamentar este ano. Do total gasto da verba
indenizatória, foram mais de R$ 100 mil gastos só com publicidade. O que
representa uma média superior a R$ 8 mil mensais.
HENRIQUE EDUARDO ALVES, PMDB
Líder do PMDB na
Câmara, Henrique Eduardo Alves gastou mais em 2012 do que em 2011,
contudo, os gastos foram praticamentes os mesmos: viagens aereas e
transporte em Brasília. Os, exatos, R$ 8,3 mil que o deputado gastou por
mês com aluguel de veículos, inclusive, foi a primeira denúncia de
sequência de supostas irregularidades que o jornal Folha de São Paulo
divulgou sobre o parlamentar. Isso porque a Executiva (que depois virou
Global, segundo o jornal paulista), pertencia a um laranja e teria
realmente ligação com um assessor de Henrique. Independemente
dessas denúncias e suspeitas, o fato é que Henrique gastou só de verba
indenizatória R$ 332,2 mil, ficando em quinto lugar na lista dos
parlamentares potiguares. Somando com os salários recebidos,o único
peemedebista na bancada potiguar recebeu R$ 679,6 mil. Tudo isso, para
estar presente em apenas 59, das 91 sessões deliberativas realizadas em
2012. Ou seja: Henrique teve uma frequência de, apenas, 64,8% (35,2% de
ausência). Somando
as faltas, foram 32 durante o ano, sendo 27 ausências justificadas e
cinco não justificadas. Se fosse um estudante, dificilmente Henrique
passaria por média, afinal, o número de faltas permitidas é de, no
máximo, 15%.
FÁTIMA BEZERRA, PT
A petista Fátia
Bezerra foi uma das mais econômicas na Câmara Federal, contudo, teve um
dos maiores gastos mensais em março, quando chegou a utilizar R$ 48,3
mil da cota de apoio à atividade parlamentar – no mês seguinte, foram R$
45,5 mil, mas nos seguintes, os valores reduziram para quase R$ 25 mil
mensais. Contudo,
Fátima é mais uma que seria “reprovada por falta”, considerando o mesmo
limite de 15%. Afinal, a deputada petista teve 15 ausências (nenhum não
justificada) e ficou fora de 16,5% das sessões deliberativas realizadas
ao longo do ano. Claro que em muitos casos, assim como Henrique Eduardo
Alves, a falta foi devido ao atendimento a obrigação
político-partidária.
FELIPE MAIA, DEM
Considerado o
parlamentar do ano pela revista Veja, Felipe Maia, do DEM, é o membro da
bancada potiguar – que passou os 12 meses na Câmara – que menos gastou
da sua cota indenizatória de apoio. Foram apenas R$ 296,3 mil, com uma
média anual que ficou na casa dos R$ 24 mil.
ROGÉRIO MARINHO, PSDB
Candidato a
prefeito em Natal em 2012, Rogério Marinho usou a cota indenizatória de
apoio a atividade parlamentar de forma mediana. Não foi o que mais
gastou, mas também não foi o mais econômico. Foram R$ 296 mil gastos de
cota de apoio. Por sinal, no segundo semestre do ano, os gastos foram
reduzindo de maneira considerável, contudo, não se encerraram em
novembro, quando deixou a Câmara Federal com o retorno do titular do
cargo, o ex-secretário do governo estadual de Rosalba Ciarlini, Betinho
Rosado. Em novembro, Rogério ainda consumiu quase R$ 10 mil da cota
indenizatória e em dezembro, outros R$ 267. De
qualquer forma, uma vez candidato a um cargo majoritário em 2012
significa dizer que Rogério Marinho gastou mais que os colegas
potiguares com divulgação? Nada disso. Ele foi mais econômico, por
exemplo, que Paulo Wagner. Foram cerca de R$ 38 mil gastos durante o
ano. Alias, apenas no primeiro semestre. Tão logo saiu candidato (em
julho), não há registros de gastos com divulgação feitos pelo
parlamentar com recursos da Câmara. Com
pesquisa e consultoria, por outro lado, Rogério Marinho gastou
bastante. Foram mais de R$ 78,7 mil durante o ano. Destaque para a
Ideias Assessoria, Pesquisa e Projetos, que consumiu boa parte desses
recursos. Para se ter uma “ideia” do montante, só em setembro, Rogério
autorizou o pagamento de R$ 17,6 mil a empresa – de Brasília. Alias, só a
Ideias não. Vale ressaltar também os R$ 3 mil pagos a Rogério Marinho
pelo trabalho de consultoria da agência de publicidade ArtC, que meses
depois foi contratada por ele para fazer o marketing e a publicidade de
sua campanha
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